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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A descer para cima

Da série: a descer...para cima"

"O Banco de Portugal revela ainda que a dívida pública líquida de depósitos das administrações públicas registou um aumento de 4,6 mil milhões de euros em relação a 2016, totalizando os 223 mil milhões."

Lembram-se de em meados de 2017, eu ter escrito um artigo a explicar os "pagamentos" de dívida ao FMI? Que eram uma mera troca de dívida e de credor mas que na realidade não havia dívida a ser paga?

Lembram-se quando o governo e os jornais e jornalistas a ele afectos, faziam paragonas e aberturas de telejornais a dizerem que o governo estava a pagar e a fazer baixar o total da dívida, e eu aqui dizia que era mentira, que eram meros expedientes de efeito temporário e que a dívida continuava a subir?

Lembram.se quando o governo ao longo do ano, somente falava dos períodos em que a dívida baixava, e não explicava que era só momentaneamente e por curto espaço de tempo, e escondia a sua subsequente e obrigatória subida?

Lembram.se de eu ter explicado que tais oscilações não passavam do regular processo de vencimento de dívida antiga, pagamento, e seu necessário e subsequente refinanciamento, mas que no final do ano é que se fariam as contas?

Lembram-se de eu vos ter garantido sem a menor dúvida que no final do ano de 2017, o total da dívida seria maior que o valor final de 2016?

Lembram-se de um ter dito que no mínimo teríamos no final de 2017, entre mais 4 a 6
mil milhões de acréscimo na dívida líquida?

Pois como podem verificar, o BdP confirmou hoje, exatamente tudo o que então falei e previ.

Já agora, aproveito para relembrar, que, independentemente das manobras contabilísticas e da propaganda que o governo irá fazer ao longo de 2018, com a ajuda da CS ao seu serviço, com os famosos "pagamentos" de dívida, e com os períodos em que a sua oscilação for de descida, mas ocultando os períodos de subida, garanto-vos que no final de 2018, o total da dívida líquida, irá ser superior ao total registado no final de 2017. No mínimo serão mais 1,5 a 2 mil milhões.

Mas poderá até a ser muito mais, consoante o que ainda irão ter que injectar na CGD, no fundo de resolução bancária, e......no Montepio.

Sim falei Montepio. Preparem-se para a brutal factura que mais tarde ou mais cedo, virá à superfície.

É só uma questão de tempo. Podem dar as voltas que quiserem, que só andam a tentar ganhar algum tempo para atrasar o estouro que ali já aconteceu há muito tempo, mas que andam somente a tentar varrer para debaixo do tapete. O lixo está lá, sabe-se que está lá, mas andam todos a fazer de conta que não sabem que ele está lá.

Caros contribuintes, em 2018, preparem as vossas carteiras, para verem mais uns milhares de milhões do vosso dinheiro a voar pelo sorvedouro e autêntica máquina, estatal, de fazer dívida que é o Estado português.

Vai uma aposta?

Mais uns milhões para a RTP

Rui Mendes Ferreira
41 min ·
SAPO Vídeos
·
 

Fechem-na, privatizem-na, vendam-na, ou ofereçam-na grátis! Porra.

Mas por favor, haja alguém com coragem para retirar esta canga (a somar a muitas outras) de cima de nossos pescoços, e de uma vez por todas. Porra!

Esta miserável e inútil empresa só de Taxas cobradas na factura da EDP, roubou-nos em 6 anos, mil milhões de euros.

E chamo a vossa atenção, que nestes montantes, não estão ainda incluídos as centenas de milhões de euros, saídos dos cofres do dinheiro público, provenientes dos nossos impostos, que andam há dezenas de anos a ser literalmente para lá despejados, desbaratados e esbulhados, através do Orçamento de Estado.

Só através do OE, e das dívidas desta empresa que o erário público teve que assumir, foram já vários milhares de milhões de euros. Têm sido milhares de milhões de euros, desde que passaram a existir televisões privadas que conseguem fazer exactamente tudo o que a RTP faz, muito melhor e a mais baixo custo.

Pensem bem no seguinte:

Mil milhões confiscados directamente dos nossos bolsos, só em 6 anos. para sustentar um cancro do regime, ao serviço dos interesses e da voz do dono que num dado momento governa, e autêntico albergue de boys, chulos, e parasitas.

Sabem quantos hospitais se podiam construir em 6 anos, com mil milhões de euros, e que ficariam pagos em 6 anos, sem empréstimos, e sem mais dívidas para as seguintes gerações? Sabem quantos centros de saúde comunitários podiam ser construidos e manter a operar?

Sabem quantos médicos mais podiam ser formados e contratados, com mil milhões de euros? Para que de uma vez por todas, todos os cidadãos tivessem acesso a um médico de família?

Sabem quantas consultas, quantos tratamentos, quantas operações, podiam ser realizadas com mil milhões de euros? Para que de uma vez por todas deixássemos de ter listas de espera e doentes anos seguidos à espera de uma consulta ou de um tratamento ou de uma operação,

Sabem quantas camas mais podiam existir nas enfermarias, com mil milhões de euros? Para que de uma vez por todas deixássemos de ter a pouca vergonha que são as centenas de doentes em macas nos corredores dos hospitais?

Pensem bem em tudo isto, nas opções que já há muito devíamos ter feito, e nas decisões que por cobardia, ou interesses pessoais e partidários, ninguém quer tomar.

A dívida a descer para cima

Pensamento do dia: "Descer....para cima".

De acordo com a dupla Costa & Centeno, a dívida pública diminuiu 2,4 mil milhões de euros, em resultado de terem pago mais uma tranche da dívida ao FMI.

Até aqui, tudo bem. Mas o problema é que também só ficaram por aqui, e nada mais falaram sobre o restante.

A saber:

Esta redução de 2,4 mil milhões é só face ao valor do mês anterior, ou seja, são variações pontuais que existem obrigatoriamente em função das datas de vencimento das tranches de dívida antiga. São movimentos e oscilações normais ao longo de um ano. Assim sendo, mandam as regras, que o que se deve medir, é a variação da dívida que um país tem no início de cada ano (transitada do final do ano anterior) e o seu valor no final desse mesmo ano.

Ora neste caso, Portugal, chegou ao final de 2017, com uma dívida muito maior, que a que tinha acumulado no final de 2016. Logo, em correcto rigor, ao fim de mais um ano de governação, o país aumentou ainda mais a sua dívida, contrariando a tese de que a tem estado a conseguir fazer diminuir.

As diminuições registadas, são meramente pontuais, e têm sempre sido antecedidas ou sucedidas, por novos aumentos de dívida, e sempre de montante superior, aos montantes dos pagamentos que foram realizando. E irá continuar a ser assim, até que exista um deficit anual nos gastos públicos.

Em termos líquidos, face ao valor no início do ano de 2017, e o registado no final desse mesmo ano, a dívida aumentou mais de 4 mil milhões de euros.

A dívida pública líquida de depósitos das administrações públicas ficou em 222,2 mil milhões de euros em novembro, menos 620 milhões de euros em relação a outubro, mas mais 3,5 mil milhões de euros face a novembro de 2016. Ou seja, não desceu, mas sim aumentou o que devemos a outros.

E como se não bastasse, os activos em depósitos das administrações públicas diminuíram 1,8 mil milhões de euros. Ou seja, as reservas de caixa que o Estado tinha, são hoje muito menores que no final de 2016. Para explicar um pouco de forma mais simples, estes valores de caixa são as tais famosas "almofadas" que o anterior governo tinha deixado nos cofres públicos. Eram no tempo de Passos Coelho, perto de 20 mil milhões de euros, e no final de 2017, já nem 8 mil milhões lá existiam na caixa.

Mas então, sendo assim, como é que os pagamentos ao FMI não baixam em termos líquidos a nossa dívida? É simples a explicação: é que os pagamentos que o governo tem andado a fazer ao FMI, andam a ser feitos com recurso a dinheiro que andam a pedir emprestado a outros credores. Na prática, andamos a pagar a uns, com dinheiro pedido emprestado a outros. Por isso as variações mensais, de descida e subida, mas no final de cada ano, a dívida está sempre maior, e não menor, como nos andam a tentar impingir.

Mas então se andamos a pedir a uns, para pagar a outros, não devia o montante total da dívida no mínimo manter-se o mesmo no final de cada ano? Em termos simplistas deveria ser assim, mas não é o nosso caso.

É que aos valores dessa dívida, temos que também pagar aos credores os valores dos juros entretanto devidos. Ou seja, para pagar ao FMI, fomos pedir emprestado a outros credores, mas tiveram que pedir emprestado um montante superior à dívida inicial do FMI, para que pudessem pagar o montante do empréstimo, acrescidos dos valores dos juros. Logo, andar a pagar a outros, com dinheiro emprestado por outros, irá sempre fazer a dívida acumulada subir, pois quer FMI quer quem empresta para pudermos pagar, naturalmente estão a cobrar sempre juros desse dinheiro. E por isso, ao final de cada ano, o valor da dívida, irá ser sempre maior e não menor. Acresce a esse valor dos juros, também o valor da nova dívida gerada pelos deficits anuais nas contas públicas.

Em resumo, o actual governo, quando pagar 1 euro a um credor, faz notícia disso, mas não explica ao seu povo, que para pagar esse 1 euro, foi pedir emprestado a um outro credor, 1,25 euros, e entretanto fez uma nova dívida de mais 0,25 euros, e no final, em termos reais, chegámos ao final de mais um ano de governação, com uma dívida pública maior e não menor.

Há quem chame a isto "descer para cima". Mas o mais correcto seria chamar de "EMBUSTE". ou de "engana tolos".

Posso desde já avançar com uma previsão: independentemente de todos os pagamentos de dívida pública, e todas as variações nos saldos, que acontecerem ao longo de 2018, e fale o governo o que falar, ou prometa seja lá o que for, garanto-vos com 100% de certeza, que no final do ano de 2018, início de 2019, a nossa dívida pública, líquida, acumulada, irá ser maior que a que temos no final de 2017. Tudo o que vos digam diferente disto, é nada mais que conversa de treta.

Um bom ano para todos os meus amigos, reais e virtuais.

Como é que ninguém se tinha lembrado disto ?

Arménio Carlos quer que o governo negoceie a estratégia da Fábrica alemã...

Rui Mendes Ferreira

4 h ·
 

"Os amanhãs que cantam"

Na sua peregrinação rumo ao paraíso socialista, onde prometem abundância de leite e do mel, gratuito, onde tudo virá sem esforço algum nem trabalho, o camarada Arménio, disse hoje que que irá solicitar ao governo, que passe a obrigar a Autoeuropa, a produzir carros elétricos.

O camarada Jerónimo e Arménio, não descansam até que não consigam expulsar os sacanas dos alemães, esses grandes exploradores capitalistas, consigam voltar aos tempos da economia planificada e aos saudosos "planos quinquenais" da ex URSS, que, como é sabido, tão bons resultados geraram.

Os sócios da CGTP, e demais malta dos amanhãs que cantam, se não tomam juízo, nem carrinhos de linhas ou de rolamentos, lá irão produzir, num futuro que se afigura cada vez mais próximo.

Mas os camaradas podem sempre exigir que a fábrica seja nacionalizada, que lhes seja entregue a sua gestão, e depois podem geri-la a seu belo prazer, aplicando lá todas as suas teorias ideológicas, e de gestão, e em pouco tempo estarão a exportar, como nunca, paletes de carros........carros de bois, ou carroças, para a Venezuela, Cuba, e Coreia do Norte.

Vai ser assim tal e qual. Vai uma aposta?

O PCP louva comunistas multimilionários

O comentário de hoje: "Sem comentários"

2017
Deputados do PCP votaram contra o voto de pesar pela morte de Belmiro de Azevedo.

PCP vota contra voto de pesar do Parlamento pela morte de Américo Amorim.

Novembro 2016
"Partido Comunista Português, expressa ao povo de Cuba, ao camarada Raúl Castro e restante família de Fidel, os sentidos pêsames e a solidariedade dos comunistas portugueses".

Jerónimo de Sousa disse:
«o PCP presta homenagem à sua excepcional figura de patriota e de revolucionário comunista evocando o exemplo de uma vida inteiramente consagrada aos ideais da liberdade, da paz e do socialismo em que, com os seus companheiros de armas, numa epopeia que passou por Moncada e pela heróica guerrilha da Sierra Maestra, libertou Cuba de uma cruel ditadura e que, enfrentando a agressão e o bloqueio dos EUA, uniu e mobilizou a energia criadora dos trabalhadores e do povo na construção de uma nova sociedade liberta da exploração e da opressão imperialista, uma sociedade socialista, solidária com a luta libertadora de todos os povos do mundo».

Março 2013
O Partido Comunista Português, expressou o seu profundos pesar pela morte de Hugo Chavez e envia condolências ao povo Venezuelano. Destacando Hugo Chavez pelo processo "progressista" dos direitos e de bem estar, e pelas conquistas revolucionárias. "Podem estar certos de contar com a solidariedade de sempre dos comunistas portugueses".

2011
O PCP expressou esta segunda-feira, através de uma nota à imprensa, as suas condolências ao povo norte-coreano e à direcção do Partido dos Trabalhadores da Coreia pelo falecimento do seu dirigente máximo Kim Jong-Il, noticia a Lusa.

Enquanto se discute o orçamento o problema é o Infarmed

Rui Mendes Ferreira

1 h ·
 

Pensamento do dia: Chapeau Costa

E como num passe de magia, passámos a ter toda a comunicação social, comentadores paineleiros de profissão, politicos, e a generalidade do Tuga, a devotar a sua total atenção, a analisar, a dissecar, e a produzir comentários, à transferência do INFARMED para o Porto, e subitamente, já todos esqueceram, nem ninguém diz ou escreve nada mais, sobre o facto do actual governo ter conseguido colocar, novamente, o país numa situação de contas públicas presas por arames, e somente a um pequeno passo de eminente descalabro.

Neste momento, basta uma ligeira subida dos juros, ou um pequeno decréscimo no crescimento do PIB, e uma subida acentuada no preço do petróleo, para que o castelo de cartas, sobre o qual o actual governo tem vindo a construir a base da sua política económica, para entrarmos de imediato numa situação de incumprimento, de enorme deficit externo, e a necessitar novamente de recorrer a ajuda externa, vulgo: FMI ou UE, ou Troika,.

Mas eis que agora, andamos todos preocupados, é com as famílias dos 700 funcionários públicos que irão ser transferidos para o Porto e a fazer contas a quanto custará ao erário público essa transferência, e já ninguém repara que só em 2018, a redução para as 35 horas de trabalho semanal na função pública, vai custar aos contribuintes quase 300 milhões de euros. Repito, 300 milhões de euros só em 2018.

Em 20 anos, e numa estimativa conservadora, os custos acrescidos da redução para as 35 horas, irá custar aos contribuintes, entre 8 a 10 mil milhões de euros.
Vou repetir: as 35 horas, em 20 anos irão custar quase 10 mil milhões de euros, a adicionar a todos os custos já existentes.

E tb já ninguém se preocupa em ir fazer contas ou tentar perceber ou pelo menos só querer saber, que o sistema de promoções automáticas -sem que a isso corresponda qualquer aumento de responsablidades ou da carga de trabalho - que os professores e o demais sector publico ou já tem ou exige ter, irá gerar uma factura não só para um ano, mas sim uma factura anualmente crescente e perpétua, e que os custos de 630 milhões que nos falam, reportam só a um pagamento, e só a uma pequena parte do sector publico, e que depois passa a ser também um custo anual, crescente e perpétuo.

Já ninguém mais se preocupa em saber, só para vos dar uma ideia da grandeza dos custos futuros, de tal sistema de promoções automáticas, que, em 20 anos, irá gerar um acréscimo nas despesas com funcionários públicos, superior a 120 mil milhões de euros. Valor a adicionar às despesas já existentes.

Vou repetir: o actual sistema de promoções automáticas, que os professores e demais função pública exige, em 20 anos irá produzir um acréscimo nas despesas públicas, na ordem dos 120 mil milhões de euros. Se a isso somarmos os acréscimos dos custos das 35 horas, estamos a falar de 130 mil milhões de euros. E o mais grave, é que é uma despesa com crescimento anual e perpétua.

Para que enquadrem a brutal dimensão deste valores, representa mais de metade de toda a divida publica soberana. E estes valores, terão que ser pagos, ou por mais dívida pública, o que fará crescer ainda mais a dívida acumulada, ou então vão ter que ser pagos pelos contribuintes, através de recolha mais impostos, confiscados aos trabalhadores do sector privado, e às empresas, num aumento, anual, continuo e perpétuo, que iremos igualmente deixar em legado a todas as seguintes gerações de contribuintes.

Tudo isto, para que uma criatura, que não conseguiu ganhar umas eleições, que julgava conseguir ganhar com facilidade, consiga manter-se agarrado ao poder.

Mas eis que o Costa, consegue retirar mais um coelho da sua cartola do embuste, e consegue em mais um brilhante passe de mágica, colocar o país inteiro, a falar da ida do Infarmed para o Porto, e já ninguém mais se interessa com as despesas públicas, nem com o facto de nos estarem a arrastar novamente, para o caminho da miséria, da pobreza, e da escravatura do endividamento e da despesa pública.

E por isso, rendo-lhe aqui a minha sincera e merecida homenagem e, digo:
"tiro-te o meu "chapeau" camarada Costa".

Offshores - Esqueçam a CAIXA

Rui Mendes Ferreira

Com algum atraso, é certo, mas prometido é devido

Offshores Parte II

No seguimento do meu anterior artigo, sobre este assunto.
Uma vez mais, chamo a atenção que somente procurarei apresentar informação e factos, e tentarei unicamente, explicar um pouco, às pessoas menos conhecedoras destes assuntos, como se processam estas coisas, o que está convencionado, e o que é legal e o que é ilegal. Nada mais. A parte mais subjectiva de opiniões, e respectivas análises, políticas ou de outra natureza, irei deixar ao critério de cada um.
Muito se tem falado dos valores transferidos para “Offshores” durante o anterior governo. Mas vamos lá então analisar os números, desde que existem registos oficiais destes movimentos:
De 2009, até à queda do governo de José Sócrates, e entrada em funções do governo de Passos Coelho, os registos na Autoridade Tributária, apresentam as seguintes saídas: 2009-1100 milhões de euros, 2010-3000 milhões de euros, e até meados de 2011-4600 milhões de euros, para um total de 8700 milhões de euros. Dos quais temos que ressalvar o seguinte: não conseguiu encontrar valores relativos a 2008, nem estão incluídos nestes valores os capitais saídos através de transferências pelo Offshore da Região Autónoma da Madeira, pois antes de 2012 não eram incluídos, e em 2008 , por não ser ainda obrigatório, o então governo de José Sócrates, não manteve registos destas operações, ou se as manteve, não as divulgou. Temos então um total de 8100 milhões de euros, só em 3 anos, sem a Madeira, sem 2008, e sem que se tenha ainda confirmado se durante estes anos, já existia o problema informático que o actual Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais diz estar na base das falhas encontradas referentes aos valores de 2012 a 2015.
Quanto a valores referentes ao período do governo de Passos Coelho encontramos os seguintes: 2012-990 milhões, 2013-1180 milhões, 2014-120 milhões, para um total de 2290 milhões. Tendo entretanto estes valores sido corrigidos em mais 9800 milhões, referentes aos anos de 2015, e já com as correcções feitas aos erros encontrados por motivos informáticos, segundo versão do actual Secretário de Estado, para um total de 12.090 milhões de euros, e já com 4 anos totalmente incluídos.

Entretanto, também estes valores já foram objecto de novas correcções, face à detecção de problemas informáticos, que de acordo com o actual Secretário de Estado, estão na origem de nem todas as operações terem sido reportadas ao governo. Também já conseguimos saber, que os valores em falta no reporte, se devem, uma vez mais, a pagamentos de importações, e a repatriamento de capitais de empresas estrangeiras a operar em Portugal.

Uma vez mais, também aqui, até ao momento, ainda não existe qualquer confirmação, se tal também aconteceu durante o período do governo de José Sócrates, pelo que só podemos aguardar até que tal esteja devidamente verificado.

Ora se compararmos os capitais movimentados através de Offshores entre o período de José Sócrates e o período de Passos Coelho, nos primeiros 3 anos de cada um, foi no tempo de Sócrates que mais capitais saíram, com a agravante de não estarem lá incluídos, ainda, os movimentos do Offshore da Madeira, nem sabermos ainda, se durante os anos de 2008 a 2011, já existia o problema informático que entretanto foi detectado. Logo, os números reportados ao governo de Sócrates, serão sempre muito superiores aos 8700 milhões que para já estão registados.

Quanto aos mais de 9 mil milhões detectados adicionalmente, saídos durante o governo de Passos Coelho, mais de metade deste valor, é referente ao pagamento por parte da Altice, aos brasileiros da OI, para a compra da Portugal Telecom. Não são capitais nacionais, mas sim franceses, que entraram e saíram, e foram depositados numa conta em regime de Offshore, por indicações da empresa brasileira. Retirando este valor, ao total, do período da governação de Passos Coelho, o valor correcto deverá ter andado pelos 7200 milhões de euros, por 4 anos, que comparam com os mais de 8700 milhões só de 3 anos da governação de Sócrates, e sem os valores do Offshore da Madeira, e sem a verificação pela AT se os valores reportados estão correctos ou se tb apresentam omissões devido a problemas informáticos.

Mesmo adicionando os novos valores já corrigidos, na realidade, iremos ter sempre valores nas duas governações, muito idênticos, considerando o mesmo número de anos, para cada um das partes.

Como podem ver, as questões dos valores, e sobre quando e como saíram mais capitais, em boa verdade é até negativa para o governo de José Sócrates. Mas tudo isto, é um assunto irrelevante, pois tal como anteriormente referi, o que interessa é sabermos se a AT, quer para os valores da governação de Passos Coelho, quer para os valores da governação de José Sócrates, fizeram a sua função, para a qual, nós contribuintes lhes pagamos.
Todo o resto, é fumaça e espuma, jogos e demagogia política para entreter e enganar o Zé Povinho. E sobre a AT ter ou não feito o seu trabalho, até ao momento ninguém nos informou absolutamente nada.
Nota: Nos registos de saída de capitais, verifiquei que mais de 90% são pagamentos das nossas importações. Por exemplo, as importações que fazemos da China, os pagamentos são remetidos para contas sediadas no Offshore de Hong Kong, e é assim, por indicação dos fornecedores da própria China. Não há nada de ilegal nisto. Há uma factura de compra, e Portugal limita-se a pagar e a depositar onde o fornecedor internacional dá indicações que pretende receber.

O mesmo se verifica quanto às nossas importações de petróleo. A Galp recebeu as facturas, e fez o pagamento para as contas nos locais que os seus fornecedores indicam. O mesmo se verificou com as nossas compras de milho e trigo aos Estados Unidos, onde recebemos as facturas, e pagamos onde o fornecedor mandou depositar, que na maior parte dos casos é no Panamá. E foi assim, é assim, e continuará a ser assim que se irá processar, nos pagamentos em tudo o que Portugal importa. O cliente somos nós, e temos que pagar ao fornecedor, depositando os montantes, nas contas que o fornecedor nos indica.
Outra grande parcela são capitais detidos por estrangeiros, e que optaram por sair do país. Também aqui, nada de ilegal existe. Um exemplo: a Auto Europa exporta para todo o mundo, e ao receber dos seus clientes, simplesmente transfere esses capitais para as contas da casa mãe, e onde quer que tais contas estejam sediadas. Desde que paguem os impostos devidos, são movimentos perfeitamente normais.
O ideal, seria, pois, que as nossas governações criassem um país e um regime legal e fiscal atractivo para que os donos esses capitais, ou parte deles, sentissem segurança e confiança e benefício em os reinvestir no nosso país, mas sobre isto, nada temos feito, e também já vimos que não será com o actual governo que o iremos fazer.
Para recapitular, a montanha na realidade e em rigor, pariu um rato, e capitais nacionais, saídos para o exterior e com fuga ao fisco, caso existam, são com toda a certeza valor muito baixos ou mesmo irrelevantes. Mas, se algo devem devem pagar, que sejam obrigados a pagar, mas isso é trabalho e responsabilidade da AT.

Mas se eu fosse governo, não contaria com estes valores para ajudar ao deficit, pois com toda a certeza, que não darão nem para pagar os custos de uma semana das 35 horas semanais na função pública. Vai uma aposta? ;)

É um assunto, que é sempre bom, ver ser, correctamente esclarecido e auditado, para que fique tudo devidamente transparente, e sem criar dúvidas junto do povo português, e em especial junto dos contribuintes.

Resumindo, é importante a publicação dos valores entrados e saídos, é. Mas mais importante, é sabermos que a AT tem andado a fazer correctamente o seu trabalho de controlo e fiscalização, e não se o o Secretário de Estado A ou B colocou no portal da AT o reporte de tais valores.

Mas continuo a achar, que tudo isto não passa de uma manobra para retirar a atenção do que se passou na Caixa Geral de Depósitos, e para que o actual governo, não seja obrigado a ter que esclarecer tudo o que por lá se passou e ainda passa, e acima de tudo, para tentarem evitar de dizer ao povo, quem são os caloteiros que roubaram mais de 6 mil milhões de euros à CGD, ou seja aos contribuintes, quem foram os directores e administradores responsáveis por tais empréstimos ruinosos, e feitos à margens das regras prudenciais, e quem foram os governantes que lhes deram cobertura.

Isto sim, é que é um roubo e buraco de enormes proporções, e é sobre estes, que o povo português deveria estar a direcionar toda a sua atenção, e até raiva, e não a movimentação de capitais, de forma legal, reportada e feita pelos seus legítimos donos, e que na melhor da hipóteses implicará valores devidos ao fisco a que até o Jorge Jesus diria serem "peanuts", e para os quais, existe na AT gente devidamente competente para tratar de encontrar e receber tais valores que possam eventualmente estar em dívida.

Mas pelo que vou vendo, lendo e ouvido, uma vez mais, o zé povinho, que nem uma criancinha, prefere beber a espuma e deixar o líquido no copo.

Espero ter conseguido explicar este processo, os números envolvidos, e a informação correcta que está por detrás destes valores.

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Ah, sim, 2016 foi um ano de sucesso ?

Rui Mendes Ferreira :

Pensamento do dia:
As contas públicas da governação socialista, explicadas de forma tão simples, que até um socialista as conseguirá entender. Ou não!

De forma muito simples, para que seja bem fácil de entender, eis o resultado económico que a governação do actual governo, produziu para o país e o povo português, no ano 2016:

O PIB cresceu 1,4%. Considerando o PIB em mais ou menos 175 mil milhões de euros, basicamente a produção de riqueza interna, pelo nosso país, aumentou 2,4 mil milhões de euros.

Mas a dívida pública, ou seja o endividamento do nosso país, feito pelo actual governo, em nome do Estado, ou seja, em nome do contribuintes, aumentou 9,2 mil milhões de euros.

Ou seja, para aumentarmos a riqueza em 2,4 mil milhões, o nosso Estado, através do governo, gastou muito para além do que tinha, e ainda teve que ir pedir emprestado a outros países, mais 9,2 mil milhões de euros.

Mas, enquanto o tal acréscimo 2,4 mil milhões da criação e geração de riqueza, foi quase toda ela produzida pelo sector privado, já a totalidade do aumento do endividamento da nação, foi todo gerado pelo Estado, para sustentar a despesa do sector público.

Por mais que o sector privado, empresas, e trabalhadores, tenham trabalhado e produzido, em 2016, a mais que em 2015, o nosso Estado, não só comeu tudo isso, como ainda foi pedir emprestado a outros países, para poder sustentar o apetite voraz do dos gastos públicos.

Subtraindo 2,4 mil milhões a 9,2 mil milhões, a situação real, foi um empobrecimento líquido do país em mais 6,8 mil milhões de euros. Não só ficámos mais pobres, como ainda continuamos a fazer dívidas e a deixar facturas para os nossos filhos, netos, e bisnetos pagarem, aquilo que o Estado, e os gastos públicos, andam a consumir hoje.

E apesar destes resultados miseráveis, dizem as nossas esquerdas, que 2016 foi um sucesso.

Por mais riqueza que um qualquer país produza, se continuar a desbaratar muito mais que o que produz, como é o nosso caso há 43 ano consecutivos, irá continuar a ser sempre um país miserável, mal governado e a escravizar perante o Estado, os seus cidadãos.

Perceberam, os custo das "governações de sucesso" ou é necessário um desenho? Como dizia há uns anos atrás, o camarada Guterres: "é só fazer as contas"

Nada foi escondido da Autoridade Tributária

Rui Mendes Ferreira

11 h ·
 

O artigo do dia:

"quem não off shora não mama", ou "tu off shoras, e eles off shoram".

Sobre as transferências de capitais para as off shores.

Anda por aí a malta socialista, toda em polvorosa porque parece que saíram 10 mil milhões de capitais para fora do país, durante o anterior governo, e supostamente sem que ninguém tivesse dado conta disso, e como se estas transferências fosse ilegais, resultantes de fugas ao fisco, sem controle, e perdendo-se o rasto destes capitais

Ora nada mais falso e errado.

Se temos actualmente conhecimento destas transferências, é porque elas foram devidamente registadas, e controladas pelo nosso sistema bancário, e porque foram atempadamente e correctamente reportadas à Autoridade Tributária. O próprio Banco de Portugal, tem que ter conhecimento e registos destes movimentos de capitais. E se ha registos, é porque estes capitais estavam devidamente identificados e legalmente contidos no nosso sistema financeiro.

Mais, transferir ou possuir capitais depositados em bancos em regimes de Off Shore não é nem ilegal nem crime nenhum. Desde que tudo esteja devidamente registado e reportado, e os capitais não sejam de origem ilegal e tenham pago na sua origem os respectivos e legalmente devidos impostos, nada há a opor.

Actualmente, para se proceder a transferências desta natureza, e destes montantantes, dentro do nosso sistema bancário acreditado, é obrigatório o cumprimento estrito de um sem número de normas internacionais.

Toda a informação tem que ser devidamente registada, no que concerne à origem, destino e titulares dos capitais em questão. E nada foi escondido da AT.

A AT pode requerer ou não uma verificação dos dados, e tem 15 anos para o poder fazer, junto dos bancos e junto dos titulares dos capitais. No passado este prazo era de somente 4 anos, e foi o anterior governo de Passos Coelho que alargou este prazo para os actuais 15 anos.

Quanto aos capitais, se estavam devidamente indentificados no nosso sistema bancário, então é seguro e garantido que terão sempre pago os respectivos impostos devidos.

Portugal fazendo parte da UE e como tal, sendo subscritor de algumas convenções internacionais, está obrigado a praticar a livre circulação de capitais, e como tal, compete totalmente aos seus legais titulares, fazer a sua movimentação para onde e quando o bem entender.

Mais, assim como existem transferências para o exterior, de capitais por esta via, também entram capitais exactamente pelas mesmas vias e pelos mesmos procedimentos.

O que interessa para um país, em termos de saúde financeira, é que o saldo entre saídas e as entradas, seja positivo, pois isso na prática representa um aumento de entrada de riqueza e de liquidez para o nosso sistema bancário e para o país.

Mas se estamos perante uma situação em que saem mais capitais que aqueles que entram, então o que nos deviamos estar a perguntar e a preocupar, deveria ser porque motivos e razões tal tem estado a acontecer

Por alguma razão, os donos desse capital e demais investidores, entenderam que seria melhor ter o seu dinheiro depositado em bancos de outros países. E os motivos pelos quais as pessoas e as empresas optaram por levar o seu dinheiro daqui para fora, é que os nossos politicos e governantes deveriam tentar saber, e com isso é que se deveriam preocupar.

Por algum motivo os donos daqueles capitais entendem que não somos um país credível, não confiável, com governos e governações inimigas dos capitais e investidores, e tn deixaram de confiar na solidez honestidade e seriedade dos nossos bancos e dos nossos banqueiros.

Isto é que deveria estar no topo da agenda, dos nossos políticos e não se o governo A ou B soube ou não da saída destas capitais. Tal conhecimento é irrelevante, pois a sua decisão de saída em nada depende do governo.

Aos governos, governantes, e politicos, compete é criar condições atractivas, clima de confiança e de seriedade, e condições fiscais, para que os donos dos capitais, se sintam bem vindos, bem tratados, seguros, e interessados em manter por cá o seu dinheiro. E não é com gente no governo a aumentar cada vez mais as cargas fiscais sobre empresas e empresários nem com gente a dizer que não pagamos a dívida pública que devemos, nem com gente a dizer que há que ir retirar dinheiro a quem o andou a acumular (poupar ou ganhar), nem com gente a recusar eliminar o deficit nem a querer contas públicas em ordem, que se constrói um país credível e seguro para os investidores, empresas e empresários.

Mas pelo que vejo, nada disto faz parte da agenda política, nem das preocupações do povo português. Porque saíram não interessa. O que interessa mesmo é andarmos a discutir se os gajos da AT sabiam ou não sabiam.

E até que assim seja, Portugal irá continuar a ser um país e a ter uma economia, de onde sairá mais capital do que aquele que entra ou cá fica.

Mas como é assim que queremos, é assim que será.

Nota: Amanhã irei escrever a segunda parte deste artigo, onde irei apresentar os valores transferidos para Off Shores fora de Portugal, por cada ano, desde 2009 até 2014. E garanto-vos que irão ter enormes surpresas, daquilo que vos têm andado a ocultar ou a tentar manipular. ;)
Rui Ferreira

Então o consumo também está a pique ? por Rui Mendes Ferreira

Da série: "o motor gripado"

Então camaradas, o consumo privado não era o motor com o qual prometeram que iriam conseguiu acelerar o crescimento da economia?

Lá teremos que voltar às exportações, à contenção de consumo interno de bens importados, à contenção no endividamento, e a termos que trabalhar para voltarmos a conseguir excedentes na balança externa, como única forma de crescimento saudável, correcto e sustentável.

Isto só comprova que afinal, a tão falada reposição de rendimentos, não passa de um mito, alavancado em permanente mentira.

Se o actual governo diz que não houve aumento de impostos, e que houve uma reposição líquida no rendimento disponível das famílias, mas apesar disso o consumo privado diminuiu consideravelmente, então os níveis da poupança, teriam que obrigatoriamente ter registado um aumento.

Ora acontece que, a poupança não só não aumentou, como ainda diminuiu para os níveis mais baixos de sempre. Logo, se o consumo, diminuiu e não houve poupança, é porque não houve de facto, reposição nenhuma de rendimentos, pois o que deram, foi de imediato retirado mas em maior volume, e por isso o consumo e a poupança apresentam menores valores que durante o governo anterior.

Podem continuar a dizer as mentiras que quiserem, mas estes indicadores, são como o algodão. Não enganam.