Cristiano Ronaldo é um atleta extraordinário que joga futebol. Se tivesse escolhido um outro qualquer desporto seria também uma estrela.
Tem técnica, força e velocidade. Marca golos com os dois pés e com a cabeça. Completo. Há quem marque tantos golos como ele e que finte como ele mas nenhum é tão completo. Marca livres que dão golos com uma frequência que ninguém iguala. Tem uma grande potencia no pontapé que combina com uma grande subtileza no drible e no passe.
É como Ronaldo diz : 13 anos ao mais alto nível, golos e troféus, não enganam e a jogar sempre sem castigos e sem lesões. É um atleta de grande nível que joga futebol.
Todos falam de três a dois os golos do Rei Mundial de futebol! E o 1 da Luz em Lisboa, não marca 4? O Portugal, tão constrangido, esquece que o jogo ganho en Estocolmo começou em Portugal?
O rei do futebol não apenas sabe jogar melhor do que qualquer um outro, bem como é o rei da ginástica do jogo da bola: acrobacia, saltos, corre como uma gazela, nunca joga só, sempre em equipa com os seus colegas o do seu clube ou da seleção portuguesa. O Rei da Bola, Cristiano Ronaldo por acaso, passa sempre a bola ou a Cuentrão, ou a Almeida, a Nani para que marquem, mas eles em frente do rei, não marcam, devolvem a bola para o rei marcar e incrementar a sua glória.
Começou nos seus 14 anos, como jogador da juventude do Sporting de Lisboa, passou aos 18 para o grupo dos adultos e as 28, ninguém o tem parado. 44 Golo marcado por ele, quando Pauleta com 46 escore é considerado o melhor goleador. Qual é o prémio para um jogador ginasta, de corpo como elástico, de velocidade impossível de atingir pelos outros, capaz de andar em frente apesar das dores que sentia no jogo de Estocolmo este 19 de Novembro de 2013. Data que é histórica, data que mostra um rei da bola a meter dois golos um trás o outro, com um intervalo de meio minuto entre o terceiro e o quarto-considerando o da Luz como o primeiro, correndo veloz para o quinto quando o apito do árbitro tocou e esse quinto que ia entrando, estava já fora de tempo. Todo o estádio ficou em pé, e nós em casa: a elasticidade do craque é contagiosa e mexemos o corpo a sua velocidade. Se até o outro excelente jogador de bola, Zlatan Ibrahimovic da Suécia, rendeu-lhe homenagem, porque um assunto e o jogo, outro a capacidade de ser senhor e reconhecer as derrotas sem mágoa nem ciúmes.
Até o mais alto mando dos nossos governantes enviou um cable de parabéns, Assunção Esteves, a nome do povo que ela representa por fazer da República uma afamada mundial. Não temos mercados, não temos dinheiro, a produção está em baixa, mas temos um Cristiano, professor dos seus colegas seja na Madeira onde começou em criança, ou em Lisboa, em Manchester, em Madrid e na nossa seleção.
Todos saltamos essa noite porque o amor à corrida contagia até os mais velhos como eu, incapacitado quase de andar, mas que o rei me obrigou, por contágio, a correr pelos corredores da minha casa, larga e ampla, sem bengala não segurança nas paredes. Estava frio, mas até os º graus acabaram pelas formas contagiantes da corrida de um Ronaldo.
Que não tem mulher, que não tem mãe para o seu filho, que é manequim de várias empresas, não interessa: é a vida pessoal dele que não é a nossa. Tem, como todo cidadão, os direitos que, dentro da lei, pode exercer como entenda.
Em 2010 todos criticavam a sua paternidade solitária. Mas, isso não é bola, não é público é dele que nos ensina outras habilidades e faz de Portugal uma República afamada que, queiramos ou não, abre os mercados porque é o país do rei da bola, que abre as fronteiras que todos querem ultrapassar, entrar, estar, saber. A nossa história tem passado a ser pública graças a o nosso Cristiano. Todos querem saber a nossa forma devida que cria, organiza pessoas como o rei da bola, mais uma vez, Ronaldo.
De ciência, parece que sei e ensino e escrevo, de bola, apenas aprendi com Cristiano Ronaldo. Graças a ele, comecei a estudar bola, futebol, a sua história, os seus começos, a saber que é um jogo espartano, grego clássico, que procura ser duro e avançado para pensar e assim andar trás um balão que é matemático e tem a sua razão e as suas regras. É um xadrez. Não é só correr, é preciso pensar antes e saber ser solidário e recíproco, para saber o que vemos. É um ogo de massas, mas com Ronaldo, passou para a ciência do saber e da matemática.
Obrigado, Cristiano Ronaldo pelo que nos ensina, pela humildade que impinge em nós um novo saber. É a minha homenagem ao meu novo professor. Sim, tenho vários mestrados, doutoramentos, catedrático em várias universidades de três continentes. Mas, todo esse saber é curto se não aprendo a Matemática do Corpo, a Aritmética da Solidariedade, o saber solidário recíproco que o rei da bola me ensina e, sem ele saber, me obriga a estudar.
Todo este texto não é apenas uma homenagem, é um muito obrigado pelo que, ainda atempadamente, posso aprender para saber materialmente a Matemática do cálculo de partilhar a vida com os outros e fundar um clube familiar de craques, que começou com um pai e um padrinho e deve continuar por Cristiano Ronaldo Júnior. Nem dá para acreditar, mas é a verdade que vivemos e nos faz felizes no meio de hecatombes económicas e políticas que passam e acabam se vemos o rei jogar.
Ronaldo não é só um grande jogador de futebol. Dos melhores de sempre. É, também, um extraordinário atleta. Quem corre àquela velocidade com a bola nos pés, durante cinquenta metros e no final tem força e estabilidade física e emocional para rematar com violência, só pode ser um atleta de eleição. E faz aquelas correrias vezes sem conta, mostrando uma capacidade cardio-pulmonar e muscular muito acima da média. A um nível aonde muitos poucos atletas chegam.
Ronaldo se não fosse jogador de futebol podia ser um dos melhores do mundo em velocidade pura ou, mesmo, como saltador em comprimento e em altura.
Há muito que não me emocionava a ver um jogo de futebol mas hoje foi demais. Depois de todos os pategos que vivem à custa do futebol e de jogadores como Ronaldo terem tido os seus quinze segundos de fama, Ronaldo respondeu-lhes à altura do génio que ele é. Uma banhada como há muito não se via. Oh, Blater, toma e vai-te curar!