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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A inovação e a investigação nos produtos tradicionais

Economistas houve que consideravam que a inovação e a investigação só podiam ser feitas a partir da ciência e da investigação académicas . Mas houve também quem demonstrasse que não era (é) verdade. A inovação e a investigação podem resultar da concorrência principalmente em produtos e em actividades tradicionais.

Em Portugal temos um grande exemplo. A cortiça . Acossado pela concorrência dos plásticos, o único produto da cortiça - a rolha -- teve que inovar e procurar novos produtos ( as actuais rolhas são produtos inovadores) . A própria rolha teve um impressionante desenvolvimento e pouco tem hoje a ver com o produto que conhecemos há séculos.

O desenvolvimento e a inovação é de tal ordem que hoje há uma parceria entre as fábricas Amorim e o Instituto Superior de Agronomia de Castelo Branco para melhorarem a qualidade da cortiça na árvore e para a primeira colheita poder ser feita ao fim de metade do prazo .

Para isso estuda-se a melhor composição orgânica dos solos e o regadio "gota a gota".

Tudo isto porque a concorrência de outros materiais( com muito menor potencial) estava a ganhar mercado .

Os cada vez mais frequentes períodos de seca estão a empurrar os produtores e empresários em Portugal para a optimização das condições de produção dos produtos tradicionais ( olival, vinha, sobreiro, castanheiro...) e, mesmo para a introdução de novos produtos no país. E também ao nível da produção de carne. Falta a aposta na aquacultura em níveis industriais, o peixe continua a ser apanhado aleatoriamente .

Assim o Estado faça o que deve ao nível das políticas da água , dos solos e do mar e facilite a iniciativa da sociedade civil.

PS : economista Shumpeter

A Alemanha quis substituir as rolhas de cortiça por plástico e alumínio

Estamos a recuperar, há grandes produtores de vinho que estão a voltar às rolhas de cortiça. Milhões de rolhas de garrafas de champanhe vão saltar hoje ao bater das doze badaladas. Mas a cortiça está cada vez mais a chegar a outras actividades como a construção civil , a indústria automóvel e a indústria aeroespacial.

Graças à inovação de uma jovem empresária algarvia, hoje podemos encontrar produtos para o lar e para uso pessoal no dia a dia feitos de cortiça. Na Feira Internacional de Xangai o nosso pavilhão era revestido todo de cortiça e os produtos à venda eram  também de cortiça, com excepção do automóvel electrico português.