A cada vez maior desigualdade na distribuição da riqueza explica a cada vez maior divisão na sociedade civil americana. Não nos podemos esquecer que a pujante economia americana compara mal com o estado social europeu.
O grande problema dos EUA é a enorme desigualdade na distribuição da riqueza e no acesso à educação (logo, ao emprego) e à saúde. Nas últimas décadas, apesar da prosperidade crescente, dezenas de milhões de pessoas foram deixadas para trás, tanto entre as minorias – que continuam a ser alvo de racismo e violência policial, como se viu no chocante caso de George Floyd – como entre muitos americanos brancos que hoje vivem pior do que há 30 ou 40 anos. Em 1973, os 1 por cento mais ricos detinham 8 por cento do rendimento nos EUA (excluindo ganhos de capital); em 2010, esta fatia já tinha aumentado para 17%. Hoje será ainda maior. Como a História demonstra, nenhum sistema económico e social consegue sobreviver durante muito tempo quando as desigualdades se tornam socialmente insustentáveis, porque a partir de certa altura as pessoas que ocupam a base da pirâmide chegam à conclusão de que nada terão a perder com o derrube da ordem vigente.
Há quem diga que na hora do aperto a sociedade fica toda a olhar para o estado à espera de ajuda. Mas então se o estado saca 50% da riqueza criada, manda fechar as empresas, reduz rendimentos e fecha as pessoas em casa, a quem é que as pessoas vão pedir ajuda ?
É a velha ideia de que o Estado cria riqueza e que o dinheiro dos contribuintes é do Estado. Ora a verdade é que não cria riqueza nem o dinheiro é do Estado, foi-lhe entregue pela sociedade civil para o gastar bem em proveito da sociedade e fazer a poupança que os contribuintes, esbulhados de 50% do seu rendimento, não conseguem fazer.
Os problemas que os países pobres enfrentam nas crises são muito mais graves que os enfrentados pelos países ricos. Estes últimos têm almofadas financeiras prudenciais, incentivam a poupança aos contribuintes e têm dívidas de 60% do PIB enquanto Portugal, por exemplo, tem uma dívida de 120%.
E, é também por tudo isto que ao sair da crise a desigualdade é ainda maior, os países ricos têm dinheiro ajudam quem precisa, e também são os países que acarinham os empresários, que incentivam a criação de riqueza enquanto nos países pobres são cunhados como ladrões. O lucro é o diabo em pessoa.
Mais Estado, mais impostos, mais subsídios, mais dinheiro esbanjado. Mas se o Estado reduzir impostos os patrões já podem aumentar salários. Se ainda não perceberam trata-se de uma soma algébrica. É o Estado que mantém a pobreza dos cidadãos não é mais ninguém. Experimente-se por uma vez liberalizar a economia, deixar criar riqueza e acarinhar quem cria riqueza e postos de trabalho.
Vinte e cinco anos de estagnação com 20 anos de governação socialista não bastam ? É que quem usa as mesmas medidas à espera de resultados diferentes é idiota .
Lido por aqui - não sei se é mesmo a opinião de um economista chinês, mas traduz bem a realidade actual e o caminho que há anos vejo estar a ser trilhado (há anos que o digo, apenas com a nuance de que acrescento que será cíclico, como as marés):
Opinião de um professor chinês de economia, sobre a Europa:
1. A sociedade europeia está em vias de se auto-destruir. O seu modelo social é muito exigente em meios financeiros. Mas, ao mesmo tempo, os europeus não querem trabalhar. Vivem, portanto, bem acima dos seus meios, porque é preciso pagar estes sonhos ...
2. Os industriais Europeus deslocalizam-se porque não estão disponíveis para suportar o custo de trabalho na Europa, os seus impostos e taxas para financiar a sua assistência generalizada.
3. Portanto endividam-se, vivem a crédito. Mas os seus filhos não poderão pagar 'a conta'.
4. Os europeus destruíram, assim, a sua qualidade de vida empobrecendo. Votam orçamentos sempre deficitários. Estão asfixiados pela dívida e não poderão honrá-la.
5. Mas, para além de se endividar, têm outro vício: os seus governos 'sangram' os contribuintes. A Europa detém o recorde mundial da pressão fiscal. É um verdadeiro 'inferno fiscal' para aqueles que criam riqueza.
6. Não compreenderam que não se produz riqueza dividindo e partilhando, mas sim trabalhando. Porque quanto mais se reparte esta riqueza limitada menos há para cada um. Aqueles que produzem e criam empregos são punidos por impostos e taxas e aqueles que não trabalham são encorajados por ajudas. É uma inversão de valores.
7. Portanto, o seu sistema é perverso e vai implodir por esgotamento e sufocação. A deslocalização da sua capacidade produtiva provoca o abaixamento do seu nível de vida e o aumento do... da China!
8. Dentro de uma ou duas gerações, 'nós' (chineses) iremos ultrapassá-los. Eles tornar-se-ão os nossos pobres. Dar-lhes-emos sacos de arroz...
9. Existe um outro cancro na Europa: existem funcionários a mais, um emprego em cada cinco. Estes funcionários são sedentos de dinheiro público, são de uma grande ineficácia, querem trabalhar o menos possível e apesar das inúmeras vantagens e direitos sociais, estão muitas vezes em greve. Mas os decisores acham que vale mais um funcionário ineficaz do que um desempregado...
10. (Os europeus) vão-se desintegrar diretos a um muro e a alta velocidade...
O Bloco de Esquerda taxa tudo o que mexe e que cria riqueza. O apetite voraz do Bloco de Esquerda pela taxação de tudo o que esteja associado à criação de riqueza é lendário, mas não se suspeitava que nesse secreto desejo punitivo entrassem até as pequenas serrações.
Agora quer aplicar uma taxa sobre as subscrições de Netflix e outras plataformas semelhantes. A seu tempo o BE foi contra a UBER, contra a AIRBnB e agora contra a Netflix. Qualquer empresa que traga alguma disrupção ao sistema tem o BE à perna.
Com taxas e taxinhas o BE saca e está contra tudo o que melhore a nossa maneira de viver. O mais conservador dos partidos portugueses está à esquerda, esqueçam o CHEGA e o CDS .
Considerar que quem cria riqueza é necessariamente ganancioso é desprezar a origem do que pode ser a resolução da apregoada e real carência de tantos outros.
Distribuir o que não existe é impossível. Prometer o que não pode ser dado é imoral. Anunciar medidas de efeitos benéficos, sabendo de antemão que não existem recursos para o fazer, é inaceitável.
Não se pode colocar em segundo plano a capacidade de crescimento económico, o aumento da produção que cria riqueza que possa ser distribuída mais equitativamente entre todos.
No que diz respeito ao crescimento da economia este governo é uma tremenda oportunidade perdida. Como já foi assinalado por diversas entidades o país corre para continuar a ser um dos países mais pobres da União Europeia.
Ora sem uma maior riqueza não é possível melhorar os apoios sociais aos mais pobres . O que se passa na Saúde, na Educação, no Território e nos transportes públicos é disso uma prova indesmentível.
Se o país precisa de uma nova obsessão então que seja à volta de metas ambiciosas de criação de riqueza. Porque temos que nos contentar com 3% do PIB? Porque não podemos criar caminhos para metas maiores?
Para tal acontecer é preciso mudar muita coisa: erradicar uma carga burocrática monstruosa, mudar uma administração pública paralisante e ganhar uma mentalidade nos policy makers que ponha um maior crescimento do PIB como algo sagrado! É preciso isso para a seguir construirmos políticas sociais mais sólidas ou para pensarmos o território e a sua coesão. Nunca acreditei em políticos que falam, falam e falam sobre áreas sociais sem demonstrar primeiro como se aumenta a riqueza ou que falam em descentralização sem construir antes um modelo de desenvolvimento.
O estudo calculou que a riqueza dos multimilionários aumentou 13% ao ano em média desde 2010, seis vezes mais do que os aumentos dos salários pagos aos trabalhadores (2% ao ano).
O mesmo relatório indicou que em 2017 a riqueza desse grupo aumentou 762 mil milhões de dólares (622,8 mil milhões de euros), uma verba suficiente para acabar mais de sete vezes com a pobreza extrema no mundo.
Embora nunca tantos viveram tão bem durante tanto tempo pelo menos na União Europeia.
O PCP e o BE não perdoam a Belmiro de Azevedo as prateleiras cheias das suas lojas onde o povo encontra os produtos em excelentes condições e a baixos preços. É que se o PCP tivesse ganho em 25 de Novembro as prateleiras das lojas estariam vazias tal como estão nos paraísos comunistas.
E também não lhe perdoam ter criado milhares de postos de trabalho, ter distribuído os produtos dos agricultores portugueses e ter fornecido o país de produtos estrangeiros . Mas o pior é que fez tudo isto após o nascimento da democracia, não precisou da ajuda do Salazar. E o indesculpável é que Belmiro é filho de uma costureira e de um carpinteiro e nasceu em Marco de Canaveses.
Os comunistas nunca aceitarão que a Democracia dá lugar a oportunidades que alguns sabem aproveitar, criando postos de trabalho e riqueza. E sem dever nada ao Estado.
Mas os comunistas querem-nos fazer crer que a riqueza já existia e que Belmiro apenas se apropriou dela. Nada mais falso .
E Belmiro lançou-se na indústria instalando fábricas no interior do país e em vários países do mundo. Criou dezenas de milhares de postos de trabalho. Como poderão os comunistas alguma vez entender e perdoar tal coisa ?
O actual governo limita-se a satisfazer as clientelas políticas do BE e do PCP e não avança com nenhuma reforma profunda. O problema é mesmo como diz Catarina Martins. O país está alinhado com a bitola do BE e isso é muito poucochinho. Já vamos no terceiro orçamento e já não há margem para dúvidas.
Ficam aqui algumas perguntas cujas respostas nos vão dizer qual será o nosso país no futuro. Se esta apagada e vil tristeza ( pobre, desigual e eternamente de boina na mão) ou se competente, amigo da criação de riqueza e oferecendo iguais oportunidades.
Estão os candidatos disponíveis para debater a possibilidade de garantir às famílias a opção por diferentes modelos de educação, saúde ou habitação, como garantia de uma maior igualdade de oportunidades entre todos os cidadãos?
Consideram possível reduzir os impostos sobre o trabalho e sobre as empresas, para garantir mais qualidade de vida e mais emprego ou, por exemplo, assumir compromissos de 4 anos de estabilidade fiscal?
Preveem fazer alguma reforma das instituições como, a título de exemplo, reduzir o número de deputados ou implementar círculos uninominais, de forma a criar uma ligação mais forte entre deputado-eleitor?
Propõem soluções para uma verdadeira reforma do Estado, em que a Administração central seja responsável pela regulação e a Administração local pela execução das políticas concretas e que verdadeiramente melhoram a vida das pessoas? Quererão mais proximidade e participação nas políticas públicas? Terão propostas para uma maior valorização da Administração pública?
Pensarão implementar políticas para uma governação mais participada, em que os cidadãos possam ser ouvidos nos processos decisórios e legislativos? Quais seriam, por exemplo, as suas opiniões sobre um Orçamento Participativo do Estado?
De que forma pensam os candidatos atrair as melhores e mais competitivas start-ups e multinacionais do mundo? Porque não aproveitar o Web Summit de Lisboa e avançar com um plano para um Portugal Web Country, procurando incentivar as indústrias mais dinâmicas, inteligentes e também as mais sustentáveis (ou low-carbon)?
Será possível, na perspetiva dos candidatos, assumir uma opção pelo pleno emprego? Pretenderão consolidar o tecido empresarial português e garantir mais apoio no acesso ao financiamento às PME, apostando mais em critérios de qualidade e viabilidade de cada negócio?
Que visão de futuro têm para o ordenamento do território, com especial preocupação com a floresta? E para chamado “turismo da co-criação” e de valor acrescentado, valorizando o nosso património cultural e a biodiversidade? Como poderemos encaminhar parte das atividades turísticas das nossas maiores cidades para o turismo histórico, rural e de natureza, de forma a promover a coesão territorial?
Terão os candidatos propostas para reforçar os serviços nos centros de saúde, garantindo mais especialidades e maior proximidade aos cidadãos no acesso à saúde?
E, como já deu para perceber que o governo de Costa está satisfeito com o atual sistema de segurança social idealizado por Vieira da Silva, que caminho propõem ambos os candidatos para garantir a sustentabilidade da Segurança Social e apostar na integração e no diálogo intergeracional, a par da implementação de políticas de envelhecimento ativo?
"“Com efeito, um dos contributos mais relevantes para as revisões efetuadas em 2016 e 2017 foi a incorporação dos resultados finais para 2015 das Contas Nacionais Anuais (com informação mais detalhada e robusta), que determinou alterações ao nível da composição do PIB, o que tem implicações nas estimativas para os períodos mais recentes,” respondeu fonte oficial do INE, ao ECO.
É que em termos absolutos o PIB em 2017 está a correr para 2008...
Como desmontar uma boa notícia em dois tempos: "A nossa economia é das que menos cresce, estamos no fundo da tabela. Em vez de ganhar gás, estamos a perder gás."
O investimento público, que este ano estava previsto subir 21,5%, subiu 1,2% no primeiro semestre.