Quais são os países mais pobres e mais ricos ? Todos os dias há quem queira esconder a realidade. Os países mais pobres na Europa são todos os que saíram da órbita da ex-URSS. Os países ocidentais estão entre os que são mais ricos a nível mundial.
Há desigualdades ? Claro que sim, mas nos países pobres os cidadãos são todos pobres .É solução? Claro que não.
Os mais ricos não são justamente taxados e são também os que mais beneficiam da evasão fiscal.
A raiz da desigualdade reside na incapacidade dos governos de aumentarem os impostos dos mais ricos. “Os ricos não pagam a sua parte justa de impostos. Vejo que se fala em igualdade, participação, justiça e transparência, mas quase ninguém vai direto ao verdadeiro problema, a evasão fiscal”
No futuro devíamos trabalhar apenas naquilo que gostaríamos e termos todos mais poder de negociação. “É extraordinário que agora somos mais ricos do que nunca, temos trabalhos com cada vez menos sentido. Subestimamos a extraordinária capacidade do capitalismo de produzir empregos inúteis”
Ser pobre não é um fatalismo nem é uma falta de ética é apenas falta de dinheiro .
Rutger Bregman defende três ideias-chave: o rendimento básico incondicional, a semana de trabalho de 15 horas e a livre circulação de pessoas.
Há um exército de funcionários públicos a investigar os cinco milhões de contribuintes pobres e da classe média baixa que não têm por onde escapar. Depois, claro, não têm tempo de investigar uns poucos milhares de contribuintes ricos .
Estão a prescrever 8,6 mil milhões de impostos de umas centenas de grandes contribuintes . Por falta de meios ? Não me gozem .
Vejam o que se passa com o IRS dos reformados. A esmagadora maioria tem o rendimento da pensão e as despesas normais para a idade. Ano após ano . Quantos são, dois milhões ? Que espera o fisco para os largar da mão e assim ganhar disponibilidade para os grandes rendimentos ?
Quase metade dos grandes devedores encontram-se na área de Lisboa, onde a Direção de Finanças criou uma divisão com 32 gestores com a função específica de gerir esta carteira. Para além disso, a Autoridade Tributária tem, desde 2013, um gabinete dedicado ao acompanhamento do pagamento de impostos por parte de grandes empresas, entidades financeiras e multinacionais.
Antes tarde do que nunca, trancas à porta depois de roubado. O costume. Vale a pena em Portugal não cumprir.
E não estamos melhor por culpas internas. Desde 2000 que os outros países da Europa avançaram e nós estagnamos. Mas os outros não têm culpa. A culpa é nossa.
Mas há quem queira dar uma ideia errada do país, apontando-o como pobre e desigual e a partir daí entrar pela política do quanto pior, melhor. Como sair da União Europeia sem apresentarem qualquer alternativa. Ou melhor a alternativa era ficarmos aqui sozinhos à mercê das amanhãs que cantam.
Um mito bastante frequente é a ideia de que Portugal é, hoje, um país pobre. Tal ideia não pode ser mais falsa. Portugal é, atualmente, um dos 50 países do mundo com maior rendimento médio por pessoa. Portugal também se sai bastante bem em índices multidimensionais de bem-estar que tomam explicitamente em conta acesso a cuidados de saúde, liberdade pessoal ou criminalidade. E Portugal é dos poucos países do mundo onde a pobreza extrema, tal como a define o Banco mundial, não existe:
Não podemos deitar o menino borda fora com a água do banho
A desigualdade não se combate com o Estado Social mas ajuda a melhorar a vida dos mais pobres.
Pouco interessa a forma de capital ( terras, acções, educação...) no fim a desigualdade vai estar sempre a crescer..E não há forma de eliminar as diferenças? Há, acabando com a diversidade dos seres humanos para sermos todos exactamente iguais ou destruindo a economia. Já foram ambos tentados.
Então o Estado Social não serve para nada? Serve para aquilo que sempre soubemos que servia, para dar educação, saúde e segurança, para que os mais pobres sejam cada vez mais ricos. E são hoje inacreditavelmente mais ricos que aquilo que eram, Em Portugal, hoje, não morrem de fome, de varíola, de cólera ou comidos por animais. Mas isso faz mais ricos os mais ricos e a diferença estará sempre a crescer porque a geometria, no fim, vai ser sempre a mesma.
Desde os princípios do século XIX que se sabe que a distribuição da riqueza segue a chamada rede livre de escala, também conhecida por Lei 80/20 - Lei de Pareto - 80% da riqueza está nas mãos de 20% da população. Não são estes os números exactos mas é esta a tendência natural.
Portugal foi o país onde os cortes foram maiores para os ricos. Entre 2008 e 2012, os portugueses perderam, em média, 6,3% do rendimento disponível (depois de impostos) devido às medidas de consolidação orçamental. O grupo onde se encaixam os 20% de portugueses mais pobres perdeu cerca de 5% do seu rendimento disponível (o valor da queda é semelhante para 60% da população portuguesa), enquanto os 20% mais ricos perderam um pouco mais de 10% nestes mesmos quatro anos.
É, por isso, que contra a vontade de muitos detentores da verdade não há, em Portugal, razões para implosão social.
Quanto mais cultos e ricos menos solidários. Mas se fossem solidários não poderiam ser ricos como é evidente. E se lermos o texto todo percebemos que a percentagem mais baixa de solidários ( 46,5%), corresponde mesmo aos milionários, se seguirmos o raciocínio implícito no título ( quanto mais ricos e instruídos, menos solidários são os Portugueses). A esmagadora maioria nem sequer é rica ( dá-se como exemplo ganhar 4 mil euros).
Pessoalmente, julgo que a filosofia dominante tem a ver com o facto de acharmos que para ser solidário pagamos ao estado metade do que ganhamos.
Ainda há bem pouco tempo, corria nos blogues um texto de um ex-político conhecido e que nos seus tempos de glória considerava que não descansaria enquanto o estado não resolvesse "estruturalmente" a pobreza. Leia-se, a pobreza é uma questão do estado, não dos indivíduos nem da sociedade.
Há por aí uma conhecida historiadora ( pelas "barracas" que dá) que defende o mesmo. Há que resolver "estruturalmente" a pobreza. Nenhuma surpresa, é esta a filosofia defendida por alguma esquerda que acha que o problema é do estado e, por isso, defendem fechar hospitais e escolas das Misericórdias, e instituições de caridade.
Pelos vistos os ricos e menos ricos pensam o mesmo. A pobreza é um problema do estado. Fica entregue!
Como é que os multimilionários se tornam ainda mais ricos num cenário de recessão acentuada? A explicação, como se lê na notícia, está na componente financeira da riqueza: acções, obrigações e outros títulos. A bolsa engordou significativamente em 2013, o que faz com que a riqueza líquida dos multimilionários aumente na mesma proporção.
Mas a bolsa tende a seguir, ainda que de forma imperfeita, o comportamento da economia. Estando a economia em recessão, é difícil perceber como podem as empresas que integram essa mesma economia valorizar-se. A não ser, é claro, que a recuperação de 2013 represente uma melhoria face a um histórico já bastante negativo. Se é isto que está a acontecer, então o crescimento das grandes fortunas deve seguir o mesmo perfil, e os resultados impressionantes de 2013 têm como contraponto uma descida igualmente impressionante nalgum ponto do passado recente.
Com os dados de Dezembro, os valores para o conjunto do ano são bastante impressivos: + 11,1% para as vendas de ligeiros de passageiros, +13,8% para vendas de comerciais ligeiros e + 21% para as vendas de pesados.
Mas mesmo o pior é que vem aí um novo crescimento do PIB no 4º trimestre do ano.
A verdade é que nunca tantos viveram tão bem durante tanto tempo na história da humanidade. E isso é uma verdade indesmentível. Mas há um exército de pobres que chegam todos os dias à União Europeia e aos Estados Unidos.