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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Há por aí gente com as pernas a tremer

José Maria Ricciardi não manda dizer por ninguém. O processo BES vai trazer a público muita coisa feia e muita gente poderosa que enriqueceu com as ilegalidade praticadas no banco e no grupo BES. O que está publicado no Expresso é arrasador para Ricardo Salgado que diz ter destruído com dolo e ilicitudes o grupo Espírito Santo. Prevê que haja ramificações do caso brasileiro "Lava Jacto" em Portugal por causa da PT e da OI.

Era um sistema que alimentava muita gente de forma imerecida .

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Se não fosse por mais nada este governo valeu a pena por dizer "não" a Salgado

Daniel Bessa, ex ministro das finanças de Guterres não o faz por menos. O "não redondo" que Passos Coelho e Maria Luís deram a Ricardo Salgado foi o momento "zero" da nova ordem económica . As elites portuguesas já não são as mesmas que abocanharam o estado durante todo este tempo.

Não tenho nenhuma dúvida de que o acto fundador – para o melhor e para o pior com todas as consequências que aí estão – partiu de Passos Coelho e Maria Luís que disseram ‘não’ ao Dr. Ricardo Salgado”, afirma Daniel Bessa no Conversas Cruzadas.

“Um ‘não” proferido quando o Dr. Ricardo Salgado lá foi e não foi sozinho. Até conheço quem o acompanhou nessa diligência, mas não vou dizer. Até não foram só dois, mas saíram de lá com uma ‘nega’ redonda. O regime caiu aí”, sustenta o economista.

Álvaro Santos Almeida concorda com Daniel Bessa, mas vai mais longe. “Se não fosse por mais nada este governo teria valido a pena só por esta decisão”, nota o professor de economia da Universidade do Porto.

Há quem não queira ver que estamos perante uma limpeza de um regime apodrecido que nos conduziu a uma desigualdade indigna, a uma economia que não produz riqueza e a uma dívida colossal. Depois dizem que não compreendem o resultado das sondagens.

Ricardo Salgado avisa que não há almoços grátis

Ricardo Salgado não está preso porque apresentou uma caução de três milhões de euros. E sabe-se hoje que uma das suas empresas funcionava como um saco azul  por onde passaram trezentos milhões para pagar favores. As cartas de Salgado são públicos avisos que não cairá sozinho. Para se ser "dono disto tudo" é preciso beneficiar de cumplicidades e de comprar favores.

As cartas de Salgado enervam políticos e gestores que falam por ele.  Se ninguém recebeu também ninguém pagou ora essa.

A ideia é mostrar que receber comissões da compra de submarinos é normal. Mesmo que sejam 30 milhões é normal . E que a Caixa Geral de Depósitos (banco do estado) não financie tal negócio também é normal.

E a falência do grupo ficou a dever-se à falta de apoio do estado que, anteriormente, era normal prestar. Tivesse o estado feito o que devia, como sempre , e nada disto tinha acontecido.

A táctica é a mesma de quem está impedido de escrever cartas e de dar entrevistas. É preciso lembrar, manter a pressão, não deixar cair no esquecimento público. Os destinatários, alguns mesmo involuntariamente, fazem o serviço.  É a chantagem de Salgado. Se ele quiser sabe-se tudo. 

Quem é esta gente Mário Soares ?

Cumplicidades ? Nenhumas. Favores ? Nem pensar .  Depois da Câmara de Lisboa sabemos agora que um dos grandes mecenas da Fundação de Mário Soares foi Ricardo Salgado.

É cada vez mais claro que ninguém sabia nada até há três anos atrás. Um circuito fechado, que unia o poder político com o económico e com a cumplicidade actica da comunicação social impedia que se soubesse o que corria mesmo à frente do nariz de nós todos.

As escutas destruídas, os processos arquivados, as empresas públicas destroçadas são apenas a ponta que se vê dum regime abocanhado por corporações de interesses instaladas. Os que montaram e desenvolveram este estado paralelo dão-se agora como donzelas desiludidas.

Bastaram três anos para que uma Troika odiada, mas independente da rede, furasse o cerco e mostrasse o lamaçal.

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A noite das facas longas

Ricardo Salgado deu uma versão muito pouco credível do que se terá passado no Grupo Espírito Santo. José Maria Ricciard está a desmontar a narrativa ponto por ponto. Não julga ninguém mas recusa-se a ser embrulhado numa "governance" que foi exercida centralizada e unilateralmente por Salgado.

Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, já reagiu por carta que fez chegar à Comissão Parlamentar desmentindo várias afirmações de Salgado. A carta já é pública.

Cavaco Silva, como seria de esperar, já veio dizer que as conversas que teve com Salgado são "reservadas". Mesmo lá de longe, do México, o Presidente não deixou de ouvir atentamente o que se passa na AR.

Há muito dinheiro que desapareceu misteriosamente. Muitas interrogações sem resposta, e  muita matéria do foro criminal. Muita gente que permanece calada ou que diz o mínimo possível. Os advogados acertam estratégias. E se eles falam ?

 

 

 

O Primeiro Ministro recusou-se a ajudar o BES

Ricardo Salgado queixa-se que contrariamente ao habitual o governo não quis envolver-se no processo. Fá-lo com azedume. Isto depois de ter recusado a recapitalização com dinheiro que o governo colocou à disposição da banca e que só o BES recusou. Hoje sabe-se que tinha uma boa razão para a recusa. Queria bem longe a Troika.

Eu ainda julguei que a este nível mesmo as batotas requeriam alguma sofisticação mas, o desvio de somas astronómicas, fazia-se rasurando o nome do titular da conta. O BES transferia uns milhões para uma dada conta, rasurava-se o nome do titular e devedor, o banco ficava sem saber a quem pedir o dinheiro, levava o débito de milhões a "imparidades" e já está. 

Passivos que passavam em poucos meses de dois mil milhões para seis mil milhões sem razão aparente e sem que as contas registassem as operações correspondentes.

Chega a envergonhar quem assiste à actuação do banqueiro. Não sei, não me lembro, a legislação Angolana não deixa, está em segredo de justiça. O Banco de Portugal não avisou, os auditores não disseram nada.

É um caso para a justiça, uma D. Branca de braço dado com o "espírito santo" .

 

Mário Soares não esquece o amigo Ricardo Salgado

A campanha está na rua. Primeiro a entrevista de Proença de Carvalho advogado de Salgado. Hoje Mário Soares dá a entender que foi o governo que se meteu com o banqueiro. Logo à noite todo um programa .  E vamos estar atentos porque a ideia é os contribuintes substituírem os accionistas no pagamento dos prejuízos e adoçar a Justiça. 

                 “Meteram-se num grande sarilho”. A frase, em jeito de aviso, é de Mário Soares, e é dirigida ao Governo. Numa reportagem da RTP, que vai para o ar no Telejornal deste sábado, o fundador do PS – principal responsável pelo regresso da família Espírito Santo a Portugal e pela privatização do seu banco, diz que o sarilho foi a alegada intromissão no BES e no Grupo Espírito Santo (a quem Passos negou uma ajuda, como noticiou em junho o Observador). E o aviso tem seguimento: “Quando ele falar, e vai falar, as coisas vão ser diferentes”.

Bem dizia o Brilhante : E se ele fala ?