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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Um Estado centralista que se mete em tudo mas não sabe de nada

Bom seria que o Estado grande e anafado deixasse da mão o que não sabe e não pode fazer e fizesse bem o que só ele pode fazer.

O que se passou na estrada de Borba é, de facto, um problema do Estado e das suas múltiplas incapacidades. Um Estado que dá emprego a imensos “especialistas em coisa nenhuma” mas não tem nos seus quadros quem garanta a segurança das populações ou não meta na gaveta os alertas que lhes vão chegando.

Os incêndios do ano passado acordaram os portugueses para a realidade de o seu país estar dividido em dois. A tragédia de Borba — que só por acaso não teve mais vítimas — vem mais uma vez provar a imensa incapacidade do país centralista, que abandonou o interior à sua sorte, que se autoglorifica na Web Summit com um enorme desprezo (a palavra é “desprezo”, não há outra) para o terceiro-mundismo que ainda marca Portugal.

Ao contrário do que diz o primeiro-ministro, as evidências da responsabilidade do Estado na tragédia de Borba são demasiado claras e chocantes.

António Costa não esteve de férias

Estou convencido que o primeiro ministro não esteve de férias tão desajeitadas são as explicações para a sua ausência do país num momento tão grave. E quem é que nunca teve de ajustar o calendário das suas férias por razões familiares ou profissionais ?

Ver Costa no terreno com a tragédia ainda a desenvolver-se e depois desaparecer é inaceitável. Um enigma como lhe chamou Manuela Ferreira Leite.

O que veio a público sobre a sua participação na compra do SIRESP e da sua entrega à gestão privada explica em muito o inusitado desaparecimento. Covardia ? É curto .

Trata-se com toda a evidência de um movimento táctico com o objectivo de retirar toda a carga possível de responsabilidade ao primeiro ministro. Que o seu rosto não se identifique com a tragédia nem com o ridículo roubo de Tancos.

A preocupação com a sua popularidade mandando efectuar uma sondagem mostra isso mesmo.

E a seguir à tragédia do fogo e do roubo vieram as cativações que mostraram como é falso o défice mais baixo de sempre. E a ligação que logo se fez entre a falta de meios resultantes das cativações e o descalabro dos serviços.

Não, António Costa não esteve de férias e se esteve ainda é pior. O comandante do navio a afundar é o último a abandonar o convés . Mesmo que, como no caso do Titanic, os "metais" continuem a tocar .

 

Só um governo em funções tem autoridade para chamar a Tróika

O PS esteve seis anos a governar mas não quer assumir nenhuma responsabilidade. Nem a bancarrota a que conduziu o país nem a inevitabilidade de pedir ajuda financeira externa às instituições internacionais.

Em completa negação da realidade, vem agora dizer que a oposição é que empurrou o então governo para esse pedido .Ora não foi só a oposição que tentou abrir os olhos a quem nada via, Mário Soares declarou publicamente que foi ele quem mais pressionou Sócrates . E Teixeira dos Santos, ministro das finanças, por mais de uma vez, publicamente, pressionou o então primeiro ministro para pedir ajuda externa.

O que o PS pode dizer é que se não fosse toda esta gente o país teria entrado em incumprimento . Se é isso que lastima então tem toda a razão. O país não bateu bem no fundo mas esteve lá muito perto.

Claro que o verdadeiro problema do PS é fazer-nos crer que, por um lado, a austeridade não era necessária e, por outro, que os resultados positivos da economia, do emprego e das exportações são coisa pouca comparados com a situação florescente que nos deixaram.

Dez milhões de portugueses sofreram na pele a cegueira socialista. Chega .

Agarrem-me !

Por três vezes em quatro anos António Costa ameaça avançar. Tal como nas duas anteriores "assume as suas responsabilidades" que, pelos vistos, se esvaem no primeiro obstáculo. A última vez bastou uma conversa a dois com Seguro. O que terá acontecido para que não tenha assumido as suas responsabilidades? Eu fico em Primeiro Ministro e tu avanças para Presidente da República?

Confrontado com o facto de ser a segunda vez que não avançou para uma candidatura à liderança, depois de esta ter sido dada como adquirida, o presidente da Câmara de Lisboa advogou que "a vida política não é um concurso de vaidades, mas um sentido de serviço em torno de ideias políticas". Esperemos que as tenha agora. O país agradece.

Um Sportinguista gestor e político aconselha : esperem pelo fim da época

António Pires de Lima é um gestor conhecido e com provas dadas. Para além de ser um político respeitado. Em entrevista ao Record diz o óbvio e que aqui tenho frequentemente defendido. Lançar o clube nesta altura numa crise de liderança é uma irresponsabilidade.

Há tudo a perder com esta aventura. Desde logo porque há ainda um objectivo muito importante a alcançar. Chegar a uma prova europeia. Depois já se percebeu que pela mão de Jesualdo a equipa cresceu muito e vai crescer mais. Esta capacidade de a equipa crescer com Jesualdo fez soar as campainhas de alarme a quem tem ambições pessoais. Se a equipa continuar no bom caminho haverá tempo para se encontrar investidores e a sua ambição vai ter que esperar.

Basta de irresponsabilidades! Não se trata de não ouvir os sócios trata-se de dar tranquilidade à equipa de esperar pelo fim da época!

 

 


Autonomia e responsabilidade nos sistemas públicos

Não se cumprem objectivos e não se obtêm resultados mas daí não resulta qualquer consequência ao nível da responsabilidade dos actores. Trazer para dentro dos sistemas públicos os modernos modelos de gestão por objectivos implica uma maior autonomia mas também uma maior responsabilização. Para isso há que assumir que os agentes não são todos iguais e que é preciso desenvolver modelos de avaliação que meçam o cumprimento dos objectivos previamente definidos, negociados e aceites. Na Saúde, na Educação, na Justiça...