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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A Grécia regressa três anos depois de Portugal

Foi uma romaria de políticos da extrema esquerda à Grécia . Ia ser, confrontar a UE, negociar a dívida com "hair-cut", com as pernas dos alemães a tremer...

Depois veio a realidade. Três resgates depois e muitos milhões de empréstimos a Grécia voltou aos mercados com sucesso, cumprindo rigorosas medidas de contenção orçamental .

E a sua economia já está a crescer arrastada pelo crescimento da economia da Zona Euro.

Claro que ainda há muito caminho a percorrer, o mesmo caminho que Portugal tem percorrido nos últimos três anos .

Cumprir o programa da troika, fomentar investimento e crescimento e preparar a saída, com novas emissões e uma almofada financeira. As viúvas do BE calaram-se há muito, zangaram-se mesmo com o seu ídolo Tsipras mas, agora estão a apoiar o governo PS que controla o défice e executa os termos do Tratado Orçamental.

Verdade seja dita que o PCP não alinhou na romaria antes lançou um manifesto para "uma saída de Portugal do Euro" que morreu à nascença.

Até à próxima crise ficamos assim. Uma UE mais coesa, uma Zona Euro com as suas conhecidas fragilidades corrigidas e podemos esperar mais vinte anos de paz e progresso.

Entretanto na Venezuela tida como o "novo sol" do socialismo os cidadãos morrem à fome ou às mãos da polícia.

Um país ligado à máquina

Basta falharem dois factores externos, não controláveis pelo governo para que novo resgate nos atormente. Mas, no entanto, a ideia que nos querem fazer passar é que tudo está nos melhores dos mundos. Infelizmente não está. 

Os riscos também vêm de fora. “Portugal está a beneficiar — assim como toda a zona euro — de uma economia mundial mais forte, enquanto o seu elevado nível de endividamento privado e público apenas é sustentável graças à política monetária ultra expansionista do BCE”. Porém, “se um (ou ambos) destes fatores sair da equação, os problemas significativos do país deverão tornar-se mais evidentes outra vez“, argumenta o banco.

Neste cenário, sugere o banco alemão, o país pode ficar novamente privado do acesso ao mercado, tal como aconteceu quando foi obrigado a pedir ajuda internacional em 2011.

"Portugal está a beneficiar assim como toda a zona euro — de uma economia mundial mais forte, enquanto o seu elevado nível de endividamento privado e público apenas é sustentável graças à política monetária ultra expansionista do BCE.”

A possibilidade de um novo resgate não está afastada

Quem o diz é Francisco Veloso o futuro director da escola de negócios do Imperial College afirma que a retirada dos estímulos pelo BCE e uma subida das taxas de juro de Portugal vão testar a solidez da actual solução governativa e obrigar o Executivo a tomar medidas.

Franciso Veloso, director da escola de negócios da Universidade Católica, considera que a retirada dos estímulos monetários do BCE vai levar a uma forte subida das taxas de juro exigidas pelo mercado na dívida portuguesa. Isso "vai criar uma prova de fogo ao actual governo e à actual solução governativa", afirma no programa Conversa Capital, uma entrevista conjunta do Negócios e da Antena 1. ( ver vídeo )

É no que dá uma economia a crescer poucochinho, uma dívida monstra e uma já elevada taxa de juro . Diz quem sabe .

francisco-veloso.png

 

Sem o BCE estaríamos à beira de novo resgate

Até agora foi a fase das medidas fáceis, a partir de agora PCP e BE são um escolho para o governo . A tentação para o PS ir para eleições é grande, este é o melhor momento . Vale a pena para ser o partido mais votado na Assembleia embora sem maioria absoluta ? A ansiedade de Catarina Martins sobre o tema é bem evidente .

É das coisas mais estranhas ver o Governo mais à esquerda que tivemos ser aquele que mais sacrificou o investimento público. Outra contrapartida foi o aumento de impostos, nomeadamente os indiretos. Por último, houve alguma ginástica orçamental — que todos os governos fazem — que permitiu superar 2016, mas vai tornar mais difícil 2017”, avisa o economista.

Depois da polémica da Taxa Social Única, ficou claro, na opinião de Vítor Bento, que quando se fala nos apoios ao governo socialista por parte dos partidos mais pequenos, este “cenário de instabilidade dificilmente poderá perdurar” porque “implicará um desgaste para o próprio Governo”.

Ontem chegou a primeira factura

Rui Mendes Ferreira

1 h ·
 

A 4ª Falência vai chegar? Não vai, já cá está.

Após Portugal ontem ter colocado dívida a taxas perto dos 4,5%, muitos são os que desde ontem, começaram a fazer cálculos, e previsões, quanto à provável data de uma nova falência.

Não percam mais tempo a fazer esses cálculos e previsões, pois desde ontem que deixou de ser necessário.

Ontem foi a data técnica de entrada na 4ª falência. Ainda que não oficializada ou formalmente comunicada, mas já de forma técnica.

O governo sabe-o, os mercados agora tb já sabem, o FMI tb já sabe, a Troika idem, e os nossos parceiros da UE idem. O PS sabe-o, o PCP e o BE também. Os únicos que ainda não sabem, é uma esmagadora maioria do povo português. Mas lá diz o velho ditado popular, sobre quem são sempre os últimos a saber....e a verdade, é que o povo português, tem andado a optar livremente, por ser o ultimo a saber, ou mesmo a nem quererem saber de todo.

Agora, já só precisam é de começar a contar os dias a partir de ontem, não para entrarmos em nova falência, pois essa deu entrada ontem, mas sim para ver quantos dias o governo actual, irá demorar, até ter que vir a público, fazer a já habitual comunicação oficial de nova falência, e virem a público formalizar novo pedido de ajuda internacional, vulgo "Resgate".

As evidências foram comprovadas ontem, e as justificações são simples, que para o caso são duas, e que irei tentar explicar de forma o mais simples possível:

1) Em termos reais, os juros que ontem pagámos, já estão superiores ao que Sócrates pagava antes de pedir ajuda.

Segundo os técnicos, e estudos apresentados por alguns bancos centrais, bancos de investimento, e até 2 agências de rating, o apoio do BCE, está a contribuir com uma redução artificial das nossas taxas, na ordem dos 2% a 2,5%. Esta ajuda, resultante da compra de dívida pelo BCE, irá terminar o mais tardar em fins de Março início de Abril.

Ao somar a esta redução artificial, às taxas que ontem pagámos, já entrámos praticamente numa taxa de juro potencial de 7%. Ou seja os tais 7% que forçaram Teixeira dos Santos a declarar uma situação de pré falência e o pedido de ajuda.

Ora acontece que em 2010/2011, a inflação da UE andava na ordem dos 4%. Logo em termos reais quando em 2011 batemos nos 7%, descontando o efeito da inflação, a taxa real era de 3%. No entanto, actualmente a taxa de inflação da zona euro, está nos 1,5%. Quer isto dizer, que em termos reais, com as ajudas do BCE ontem contratamos dívida na ordem dos 3%.

Mas sem o efeito BCE, a taxa potencial real, ontem bateu já nos 5,5%. Ou seja, já estamos com 2,5% acima das taxas que levaram Teixeira dos Santos a recorrer a ajuda externa.

2) Agora tomem nota dos seguintes valores: FMI 3,50%, EFSM 2,9%, FEEF 2,0%, Média: 2,8%.

Estes valores que acima apresentei, as são as taxas que Portugal está a pagar ao FMI e à UE pelos quase 80 mil milhões de euros que pedimos emprestados no programa de resgate de 2011. Os 3,5% é a taxa mais alta, que é cobrada pelo FMI. As restantes são as cobradas pelos Fundos de Estabilidade da Zona Euro, que integram os programas de apoio financiados pela UE.

Ou seja, ontem, pela primeira vez desde que pedimos ajuda à Troika e ao FMI, Portugal, passou a pagar juros já muito mais altos, do que aqueles que a Troika nos está a cobrar, e muito mais altos do que nos iriam cobrar se ontem tivéssemos optado por pedir novamente ajuda externa à UE.

Portugal, ontem, preferiu ir pagar quase 4,5% de taxa de juro a um sindicato bancário do que pedir à Troika e à UE, entre 2% a 2,9%.

O empréstimo de ontem, de 3,000 mil milhões de euros, por 10 anos, a uma taxa de 4,25%, vai custar a Portugal, 1,548 mil milhões de euros só em juros. Com as políticas de governação, durante o anterior governo, numa mesma situação, a taxa de juro era de 2,75%. Ou seja, iríamos pagar para o mesmo empréstimo, ao fim de 10 anos, 934 milhões de euros. Ou seja, o actual governo, e o modelo de governação e as suas políticas, já nos está a gerar uma factura adicional de 614 milhões de euros, em juros, relativos somente ao empréstimo de ontem.

Se tivéssemos optado por recorrer a novo pedido de ajuda à UE, o mesmo empréstimo iria ter um custo de juros, entre os 600 e os 800 milhões de euros na pior das hipóteses. Mas o governo actual, ontem, optou por ir pagar quase 1.600 milhões de euros.

Não deixa de ser interessante verificar que o PS, secundado pelo BE e o PCP, ao longo dos 4 anos da anterior legislatura, acusavam o anterior governo de se deixar explorar pelos "agiotas" da UE, da Troika e do FMI. Desde ladrões, a exploradores, a agiotas, a abutres, entre muitos outros impropérios, ouvimos o PS, BE e PCP a adjectivar a UE e o FMI, porque nos estavam a emprestar dinheiro a juros entre os 2% a 3,5% e a uma taxa média total de 2,8%. Os mesmos que agora, preferem ir pagar juros nos mercados a 4,5%, do que pedir nova ajuda à UE a 2,8%.

Após estes factos, muitos de vós devem estar a fazer a si próprios a normal pergunta: "mas então se podemos ir pedir a 2,8%, porque é que o actual governo, ontem preferiu ir pedir a quase 4,5%, sendo que essa opção irá obrigar o povo português a pagar mais 600 milhões de euros em acréscimo de juros, do que os que iria pagar se tivesse recorrido a ajuda da UE?

É de simples resposta: para Portugal poder pedir novamente ajuda à UE, teria que cumprir um novo programa de medidas, e ser obrigado a fazer muitas alterações na forma como nos governamos, e o governo iria ser obrigado a fazer as reformas estruturais, que quase todos se têm recusado a fazer. O actual governo,já só está a lutar pela sua sobrevivência. Não pela do país, nem pelos interesses superiores da nação e do povo português.

Quando um governo em funções, prefere pagar mais 600 milhões do que admitir que as políticas que defendem e estão a implementar, estavam totalmente erradas, isso tem sempre um custo. Ontem já chegou a primeira factura, no valor de quase 1600 mil milhões de euros, dos quais no mínimo 600 milhões podiam ter sido evitados. Mas já entrámos na fase de não retorno, em que o governo de José Sócrates também entrou, e a partir de agora, muitas mais facturas deste género virão.

Vai ser assim, até o dia em que o actual governo não conseguirá mais esconder a situação e adiar as soluções. Mas até lá, já muito mal ao país foi feito. Uma vez mais.

Quando um país já tem os mercados a cobrar taxas já muito mais altas que as do FMI, e mais do dobro do que as cobradas pelo Fundo de Estabilidade Europeu, e mesmo assim esse país opta por pagar quase o dobro da taxa de juro num dado empréstimo, é o último passo que se dá antes de se declarar nova falência. Mas a falência já lá está.

Ela chegou ontem, e só não foi formalmente anunciada. Mas tecnicamente já aconteceu. Como eu disse logo no início......agora é só contarmos os dias até ao seu anúncio formal, seguido de novo pedido de ajuda à UE e mais uma vinda da Troika e do FMI.

Três coisas ficaram desde ontem garantidas: a 4ª falência em 40 anos, a necessidade do FMI e a Troika terem que regressar a Portugal, e um novo programa de resgate, desta vez bem mais duro, brutal e exigente, de tal ordem que o povo português, ainda irá sentir saudades e falar bem do anterior programa a que estivemos sujeitos entre 2011 e 2015.

Vai uma aposta?

As razões para o resgate já estão aí todas

A entrar em 2017 sem aprender nada com 2010. Os portugueses começaram a alargar o cinto. O consumo está a crescer à custa do crédito bancário pessoal . Crédito para compra da habitação, de automóveis já colocaram as compras ao nível de 2010. Em contrapartida, os indicadores de actividade económica e de clima económico que traduz a confiança dos empresários, estão a degradar-se.

Este novo aumento da procura está novamente a fazer-se à custa das importações . E os desequilíbrios daí resultantes levaram-nos ao pedido de ajuda internacional.

Não há ninguém ao nível do Ministério das Finanças ou do banco de Portugal que alerte quem de direito para este estado de coisas e que implemente medidas ao nível fiscal ou bancário que travem o excesso de consumo que está de regresso e em força ?

Com uma previsível subida das taxas de juro e o eventual fim da compra de títulos da dívida pública por parte do BCE vamos ter problemas sérios em 2017 - o que quer dizer que não aprendemos nada em 2010 .

PS : com Nicolau Santos -Expresso

Portugal corre o risco de um novo resgate a qualquer momento

Portugal corre o risco de um novo resgate?

Pode precisar a qualquer momento. Esta é a noção que não temos muitas vezes, mas a qualquer momento isso pode acontecer porque se as taxas de juro amanhã dispararem – repare que elas já passaram os 3,5% — chegando aos 4%, então isso será inevitável. E é com base nisso tudo que às vezes fico perplexo como é que o sistema político português e europeu não equaciona estas questões, não redefine as políticas que segue. Se olharmos para o que Shakespeare diz de que há método na loucura, aqui realmente parece que é isto que acontece. Tem de se alterar completamente a política económica.

O que é que devia mudar?

As empresas não são olhadas como deviam ser olhadas. E quem cria riqueza são as empresas, não é o Estado. O Estado consome mais de metade da riqueza que o país produz. Se não houver um foco nas empresas, no relançamento da economia, do emprego ou do investimento, vamos ter sempre uma situação anémica.

PS : os juros a 10 anos estão hoje em 3,7%

Controlar o défice aumentando a dívida pública

Não haverá resgate graças à Europa. Graças à política de compras do BCE, e à agenda política eleitoral em 2017 com eleições na Alemanha e na Holanda. Costa e Centeno têm pouco a ver com o único resultado positivo que conseguem apresentar.

Mas o governo está a cometer erros enormes. Como tem sido dito, escrito e repetido, não faz reformas, insiste num modelo errado de crescimento económico, agrava a ditadura fiscal sobre os portugueses, ataca a propriedade privada, reforça o poder das corporações que querem um Portugal pobre e dependente, e usa e abusa de habilidades orçamentais para “controlar” o défice, aumentando a dívida pública. Ou seja, o governo está a promover uma tripla transferência de recursos: das poupanças para o consumo, dos sectores privados para a função pública, e das futuras gerações para as actuais. Mau, injusto e imoral.

Há um risco cada vez maior associado ao nosso país

A eventualidade de um novo resgate existe. Nos últimos 18 meses essa eventualidade cresceu muito. Centeno foi honesto.

"Mas, mesmo sem quaisquer agências de rating, bastaria ver como o diferencial entre as taxas de juro portuguesas e as de qualquer outro país relevante têm aumentado ao longo dos últimos 18 meses para entender que os mercados atribuem um risco cada vez maior ao nosso país. Num ano e meio, sem que o BCE o conseguisse contrariar, a diferença entra taxa de juro da dívida portuguesa e a espanhola foi multiplicada por cinco, tendo aumentado de 0,4 para de 2,2 pontos percentuais."

Note-se que a Espanha está sem governo há quase um ano e mesmo assim os mercados têm mais confiança. O que é preciso mais a Portugal para mudar de caminho ?

Novo resgate parece inevitável

Não atirem ao mensageiro, na verdade ir preparando o povo, o bom povo, para mais sacrifícios até é um serviço que se presta ao governo e aos seus apoios " agarrem-me que eu vou-me a eles". Porque os apoios não vão a lado nenhum, engolem como todos os outros e o resto são cantigas.

Um artigo publicado esta segunda-feira no diário financeiro alemão Handelsblatt vai ainda mais longe. Sob o título "Pressão sob Portugal aumenta", Sandra Louven escreve que "Portugal está a caminho de outra crise financeira, devido ao elevado endividamento, baixo crescimento e bancos frágeis." E diz mesmo: "Um novo resgate da União Europeia parece inevitável", uma afirmação a fazer lembrar 2011. O artigo, reservado a assinantes, refere a subida das taxas de juro de Portugal e a já citada entrevista de McCornick à Reuters.

Portugal já está no radar internacional pelas piores razões.