Se o Banco de Portugal não fosse independente do poder político...
O relatório da Dívida Pública do PS, BE e Governo, não é mais do que um plano de assalto aos cofres do Banco de Portugal e, ao pretender reduzir os depósitos do Estado, uma rapina aos "cofres cheios" (lembram-se?) de Maria Luís Albuquerque.
Querem, já este ano, 502 milhões de euros das reservas do Banco de Portugal, para tapar buraco no défice orçamental (sim, já estão à procura de um PERES). No próximo ano, mais 850 milhões de euros.
Aliás, Galamba é o involuntário "bufo" desta estratégia: num dos telejornais, convidado a explicar a "restruturação" fala apenas no dinheiro do Banco de Portugal, do primeiro ao último segundo, tal a fobia do menino.
O relatório é, tecnicamente, uma vergonha. Quadros e gráficos parcialmente plagiados do IGCP, três professores universitários a colaborarem num trabalho liceal.
No fundo, os professorecos propõem o seguinte: a gente reestrutura o dinheiro dos contribuintes europeus (que cobram uma taxa de juro média de 2,2%...), livramos os tipos do FMI (com taxas de 4%) e deixamos intacta a massa dos residentes em Portugal (a maioria com taxas de 4%).
Os galambinhas e os professorecos acham, portanto, que os europeus, os espanhóis, alemães, franceses, finlandeses, italianos, são mesmo burros. Que não perguntarão - como fizeram e aplicaram aos gregos - porque não são os privados, independentemente da nacionalidade, a sofrer o primeiro hair-cut dos juros... acham que esta perplexidade vem no relatório?
Oh vens...
Pior. Entre Janeiro e Abril deste ano o custo da Dívida do Estado aumentou para 3,4%. Para comparar: em 2016 foi de 2,8% e em 2015 foi o melhor ano, 2,7%! Acham que os amigos professorecos fizeram uma "análise de tendência" a isto?
Sim, sim...
Nos próximos sete anos vencem seis empréstimos no total de 55 mil milhões de euros com taxas de juro no limiar dos 5%... Os professorecos fizeram alguma proposta de como "rolar" esta dívida? Não... Vamos é lixar os "gajos da Europa"... que nos emprestaram a 2,2%!
Bom, mas para uma parte da jornalada do "politicamente correcto" o relatório, como tem bonecos, é bom. Afinal foi (também) a contar com isso que foi feito...
Mas não esquecer o essencial: O Banco de Portugal.