Quem pede a requisição civil dos sectores privado e social da saúde são os partidos que querem acabar com eles. Não é por acaso.
O estado de emergência é uma tentação para aqueles que desejam acabar com a livre iniciativa e a livre expressão . O estado de emergência é um problema grave porque tira direitos, impõe deveres e nunca mais saberemos quando a situação normal volta .
O Estado em todo o seu esplendor marxista/Leninista . Nem que seja só por um mês . Aberto o apetite nunca saciado virá a reivindicação da nacionalização tantas vezes exigida da Banca e, para já, das grandes empresas do regime. De seguida a requisição civil de quem fugir aos ditames dos iluminados.
PCP, BE e uma parte do PS exigem a requisição civil de sectores da saúde que desdenharam até o país estar à beira do pântano. Agora já são necessários para salvar vidas . Os doentes não interessam para nada, a ideologia comanda a vida e a mortes.
A extrema esquerda não consegue conter-se e já fala na requisição civil dos hospitais privados. A seguir ao estado de emergência a requisição civil . Para quem acha que PCP e BE são partidos democráticos o canto da sereia mostra como estão enganados.
E também já apareceu " Um gabinete de monitorização" uma espécie de "economia planificada" tipo ex-URSS . O assalto dos mesmos de sempre está à vista.
Os inimigos da Democracia não perdem tempo nem a oportunidade .
No dilema entre segurança e liberdade é necessário manter uma certa desconfiança em relação ao exercício do poder por parte do governo e mais ainda na ausência de travões constitucionais. A este respeito, seria importante que o intervencionismo estatal, anunciado para os próximos meses, não resultasse em ainda maior intervenção do Estado.
Deste modo, o apoio estatal, deveria incidir essencialmente no pagamento dos salários das pessoas colocadas em “lay-off”, no alargamento do âmbito e das condições de atribuição do subsídio de desemprego, e no alívio da tesouraria das empresas através da redução da carga fiscal.
O Estado deveria também facilitar o financiamento da economia através do reforço do sistema bancário de garantias mútuas, mas sem impor condições irrealistas quer às empresas quer aos bancos. Tudo o mais levará à criação de outros problemas.
António Costa esteve bem ao opor-se às propostas do PCP e do BE . Eu sou um social-democrata disse o primeiro ministro na Assembleia da República.
Não se esqueçam de lhe dar a maioria absoluta. Ele é capaz de quase tudo.E o Presidente da República faz de conta que não vê.
“A mobilização das Forças Armadas afigura-se claramente ilegal, não só pela utilização dos militares como fura-greves fornecidos a custo zero à associação patronal que constitui uma das partes em conflito, mas por se fazer sem que tenha sido decretado o estado de sítio ou o estado de emergência exigidos pela Constituição e a lei. O Governo somou à requisição civil uma requisição militar, disponibilizando os militares às empresas privadas”, lê-se no abaixo-assinado onde surgem também os nomes do economista e colunista do PÚBLICO Luis Aguiar-Conraria, do politólogo André Freire ou da historiadora Raquel Varela.
Um governo poucochinho que governa para uma parte da população, os funcionários públicos e os pensionistas que vivem, maioritariamente, em Lisboa e Porto.
Os serviços mínimos aplicam-se a Lisboa e Porto onde estão os eleitores o resto arde como em Pedrogão, Tancos, Borba/Vila Viçosa. Um país preso por arames onde falta o essencial por falta de investimento e das medidas difíceis de que este governo foge como o diabo da cruz. E os que correram a comprar os novos passes de transporte estão nas filas de espera nas bombas de gasolina . E as listas de espera na saúde perduram ( 47% do total dos serviços foram assegurados pelo SNS o restante pela saúde privada e social) .
A sociedade civil agita-se . Aparecem sindicatos independentes que fogem ao controlo dos sindicatos partidários. Na saúde ( enfermeiros). Na educação. Nos transportes. Nos portos (estivadores).
António Costa como uma barata tonta fingiu que o pré-aviso de greve não era com ele( como habitualmente faz) e em menos de 24 horas vê o país parado por uma greve de poucas centenas de pessoas. O culpado deve ser o governo anterior.
Com os professores está cercado pelos partidos apoiantes que , segundo nos vendeu, garantem uma governação estável. Mas tudo aponta para que até a estabilidade financeira das contas públicas se rompa por aqueles que sempre desejaram que o governo evite a subordinação aos ditames de Bruxelas. Verga aos professores e aos sectores que se seguirem e o défice aumenta .
Com a dívida em alta, um PIB poucochinho, contas externas degradadas, sobra a taxa de juro mínima que o BCE ofereceu. Houve gente que sonhou com mais deste governo homeopático.
Requisição civil da saúde privada, já ! é esta a exigência que os comunistas fazem a António Costa .
Não só a requisição civil tem circunstâncias obrigatórias para ser requerida como não se percebe que, estando o SNS no estado calamitoso em que se encontra por culpa das cativações do governo ( como afirma o PCP) se vá entregar nas mãos do autor do desastre anunciado a parte do sistema que ainda funciona.
Mas para os comunistas portugueses o racional não é para aqui chamado. Interessa a ideologia mesmo que os doentes morram em listas de espera . Faça-se pois, na saúde privada, o que se está a fazer na saúde pública.
A vaga de greves que afecta os cidadãos e a economia deve fazer-nos pensar. Vemos um Governo quase inactivo a deixar apodrecer as situações até ao limite, como no caso da Autoeuropa , e questionamos se tinha de ser assim. Vemos que uma centena de estivadores prejudica durante mais de um mês a imagem de Portugal como país acolhedor para o Investimento directo estrangeiro e questionamos se tinha de ser assim. Vemos uma greve dos enfermeiros que testa os limites da proporcionalidade e questionamos se tinha de ser assim. Vemos uma constelação de greves sem razões compreensíveis para a generalidade das pessoas que são afectadas e questionamos se tinha de ser assim. Não tinha de ser assim se entre os mínimos serviços (raramente respeitados e razoavelmente definidos) e a "bomba atómica " da requisição civil , existisse uma regulamentação sensata do direito à greve. Não existe . A greve é um direito quase sem restrições . Não se exige um pre-aviso devidamente publicitado para que os afectados possam preparar-se . Não se exige que os motivos sejam transparentes e bem definidos para que sejam percebidos . Não se exige que a greve não seja a primeira solução e que tenha de haver gradualismo e tentativas de conciliação. Não se exige a proporcionalidade entre os interesses defendidos e os ofendidos , designadamente quando estão em causa direitos básicos dos cidadãos ( saúde, educação, segurança , transportes ). Não se proibem formas abusivas de greve como as " "trombose" , " rotativas" ou " intermitentes" . Em suma, a falta de uma regulamentação gera um ambiente de " Far West " laboral que prejudica os cidadãos , as empresa e o país, em benefício de grupos sociais mais organizados e políticamente mais apoiados . A tudo isto acresce um Governo que preferiu ( até agora) subestimar este problema para não prejudicar a sua imagem de esquerda . Até quando ?
Trabalhadores da companhia e outros cidadãos estão contra a greve. A estes a comunicação social não trata por "um conjunto de personalidades", título que reserva para qualquer lista onde entre Mário Soares, Manuel Alegre e António Pedro Vasconcelos. Que estão sempre em todas contra o governo, este ou outro que eles não controlem.
À lista das "personalidades" faltam quatro notáveis para chegar aos "69" curioso número, enquanto à lista de trabalhadores e contribuintes não falta ninguém para chegar aos 500. Redondo.
"Os sindicatos queriam mandar na TAP" diz João Cravinho, para justificar a sua requisição civil. Pois, é isso mesmo o que os sindicatos querem continuar a fazer. Mandar enquanto todos os outros portugueses pagam.
Entretanto, o Metro, está em greve e já anunciou outra para a próxima semana, tudo para defender o "serviço público" que deixa os contribuintes " a penates". E a Refer vai pelo mesmo caminho. Roubam o Natal aos contribuintes para eles ficarem à lareira. Serviço público.
As personalidades já estiveram no "lado de lá" quando o governo era "legítimo e patriótico". Os trabalhadores, os verdadeiros, os que trabalham e não fazem política sempre estiveram do mesmo lado.
O Engº João Cravinho diz que no seu tempo era muito diferente. Era o interesse nacional que estava em causa, pelo que se infere que agora não é o interesse nacional. Até porque o país está a sair de uma crise de que os seus camaradas são responsáveis. E , pelo sim pelo não, o melhor mesmo é isto correr mal. Compreendido.
“Mas tenho a certeza que o Governo tomará todas as medidas que considerar adequadas para garantir, na medida do possível, aquilo que a lei confere, a normalidade em serviços que são tão importantes para o país como é aquele que é servido pela TAP”. Mas isto foi dito pelo actual primeiro ministro, é muito diferente. No tempo do PS era mesmo o interesse nacional . Quem não percebe a diferença não percebe nada e nunca compreenderá o respeito que o Engº tem pela greve.
No verão de 1997 a greve era "um abuso" agora é um direito patriótico".