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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Reposição aos professores incomportável

Se fossem considerados de uma só vez os nove anos que a Fenprof reivindica o montante seria de 1 154 milhões . Despesa fixa e para sempre . Insustentável como é bom de ver.

O melhor que se consegue é a reposição ser feita até 2 023 aos cerca de 100 000 professores . Vamos lá ver como é que PCP e BE reagem a este sapo.

António Costa andou a vender facilidades mas, mais cedo do que pensava, a realidade impõem-se . Apesar das vitórias do século cantadas pela geringonça continua a não haver dinheiro.

Em declarações aos jornalistas, no final da reunião desta quarta-feira, Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) acusou o governo de “fazer batota” e falou mesmo em “contas de trafulha“. “O governo reconhece que para as outras carreiras vai recuperar 100% do tempo de serviço, sete anos, e para os professores que recuperar menos de sete anos”, denunciou o dirigente sindicalista.

Sondagem - a surpreendente revelação

Uma larga maioria prefere que se reduza o défice do que fazer as reversões dos salários e pensões. Os salários repostos dizem respeito à administração pública e as pensões aos pensionista como é bom de ver. De fora fica a grande maioria dos trabalhadores - o sector privado.

Contrariamente ao que nos querem fazer crer o país não quer a reposição de rendimentos sem que antes tenha a certeza que as contas públicas estão consolidadas. Temos resposta para as sucessivas sondagens que mostram que PCP e BE não sobem nas intenções de voto.

Perante o desafio de ter de continuar a baixar o défice ou repor salários e pensões, 55,5% do total de inquiridos disse que adoptaria a primeira opção como prioridade. Mais de um terço dos inquiridos, mais concretamente 36,7%, daria preferência à reposição dos cortes nos salários e pensões. 5,4% revelam que escolheriam as duas opções e 2,4% não teria opinião.

Desde que tomou posse, em Novembro de 2015, o Governo liderado por António Costa já aumentou pensões em 2016 e em 2017 e repôs totalmente os salários dos funcionários públicos, que desta forma regressaram a níveis de 2010, ano anterior à chegada da troika a Portugal.

A força dos que preferem o equilíbrio das contas públicas.

 

 

Cavar a desigualdade

A narrativa é sempre a da igualdade. Somos um dos países da UE onde há mais desigualdade mas sempre que há uma oportunidade cavamos ainda mais o fosso.  Se não vejamos : 

De acordo com as contas da consultora, um funcionário público que receba 1.600 euros mensais brutos vai receber em janeiro mais 22,87 euros líquidos (2,08%) do que dezembro, enquanto um que receba 2.000 euros mensais ganhará mais 2,61 euros (0,19%).

Nos ordenados mais altos, um trabalhador do setor do Estado com um salário bruto de 3.000 euros por mês vai auferir mais 50,84 euros líquidos (2,95%) e um outro com um ordenado de 4.000 euros mensais vai levar para casa mais 54,97 euros ‘limpos’ (2,55%).

Quando trabalhava em empresas industriais ouvia muitas vezes quando passava " dá-me o teu aumento que eu dou-te o meu ordenado". Era uma frase que me afligia porque no essencial correspondia a uma injustiça que se justificava por as percentages de aumento se aplicarem a vencimentos base muito diferentes. Quem ganhava mais, mesmo com uma percentagem de aumento mais pequena, passava a ter uma diferença ainda maior para os que ganhavam menos. Nunca houve, nem há, a coragem de congelar os salários mais altos para que os salários mais pequenos possam crescer e a diferença reduzir-se.

As carpideiras de serviço não tardam voltam à carga a apontar a desigualdade. Não fazem é nada para que diminua. Que falta fazem 50E a quem ganha 4 000 euros?

 

Rebelião no PSD

Vários deputados do PSD e também do PS estão contra a reposição da subvenção aos ex-políticos. Ao Observador, alguns deputados do PSD dizem que esta aprovação é “um insulto aos portugueses” e que, além disso é um “erro político” e que, por isso acreditam que a maioria dos parlamentares votaria contra a medida caso fosse dada liberdade de voto. “A partir do momento em que Montenegro aceite a liberdade de voto, a medida estará derrotada”, acredita um deputado.

Deputados que sentem vergonha e ficam incomodados com as decisões injustas da AR é um sinal de esperança. Nem tudo está perdido.