Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

Cá está a União Europeia a renegociar a dívida

Extensão do prazo dos empréstimos para trinta anos e com isso aplanar ao longo do tempo as amortizações da dívida e manter a taxa de juro em níveis razoáveis. É esta a tão desejada renegociação da dívida.

O BCE vai emitir obrigações europeias com vista a oferecer a Portugal linhas de empréstimo a 30 anos com vista a beneficiar o país trocando-as com as obrigações a curto e a médio prazo.

A Comissão Europeia vai emitir obrigações em nome da União Europeia para facilitar a extensão das maturidades dos empréstimos feitos a Portugal através do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF). Este passo consiste na implementação da decisão do Conselho Europeu em 2013. A extensão destes empréstimos deverá diminuir o custo com juros e alisar o perfil de maturidades da dívida portuguesa.

Todos nos lembramos daqueles arautos da desgraça que rasgavam as vestes exigindo o perdão da dívida . Não pagamos .

A prorrogação dos prazos do empréstimo já tinha acontecido no passado. Em 2013, o então ministro das Finanças, Vítor Gaspar, negociou no Eurogrupo o prolongamento das maturidades dos empréstimos ao lado do seu colega irlandês. Estima-se que essa renegociação tenha gerado poupanças de 2,2 mil milhões de euros a ambos os países. Na altura, foi concedido aos dois países mais sete anos para reembolsarem o Mecanismo.
 

A montanha pariu um rato

É fácil falar em soluções . Veja esta : 

"

Se o Banco de Portugal não constituísse mais provisões até 2023, entregaria ao Estado qualquer coisa como mais 5,75 mil milhões de euros até lá. Como a dívida pública fechou o ano de 2016 em 241 mil milhões de euros, o impacto desta operação seria de 2,4% no stock de dívida ao longo de sete anos. Como comparação, recorde-se que só durante o ano passado a dívida do Estado aumentou 9,5 mil milhões de euros. Portanto, a central questão das entregas do Banco de Portugal durante sete anos cobriria apenas a dívida nova que fizemos durante sete meses em 2016.

Deste tipo de expedientes já tivemos a nossa dose durante muito tempo. A nossa história orçamental é fértil em operações que não são mais do que fracos paliativos, que apenas disfarçam alguns dos sintomas sem combater a doença."

E não esquecer que o grupo de trabalho do PS e BE para a renegociação da dívida estava cheio de sábios .

 

PS, PCP e BE a renegociar a dívida dos banqueiros

São mais de 2 mil milhoes de euros de perdas para os contribuintes. O Governo renegociou a divida dos bancos ao Fundo de Resolução, pelo empréstimo de 3,9 mil milhões de euros, injectados no Novo Banco em 2014. Deu, agora, em Março, aos banqueiros uma taxa de favor, de 2%, fixos, sem spreads e comissões, nos primeiros cinco anos, bem acima do juro pago pelo Estado quando pede emprestado à banca internacional.
Isto, para um empréstimo a 30 anos, sem amortizações, em que o capital - os tais 3,9 mil milhões de euros - só é pago no último ano...Ou seja, receberemos, ao valor actual, pouco mais de 1,5 mil milhões de euros...
Isto é de tal forma vergonhoso que ao fim de dez anos - imagine-se - o custo com o empréstimo sobrevide por si só... é "auto-pagável"!
Pois, o BE e o PC, que andavam a refilar por uma restruturação da Dívida Pública, acabam de reestruturar a dívida dos... banqueiros!