De candidato da direita e da esquerda a presidente do centro-direita
Há mudanças no discurso de Marcelo Rebelo de Sousa. Passou de candidato da esquerda do centro e da direita para presidente do centro direita. Disse-o no discurso da inauguração do aeroporto General Humberto Delgado.
As escolas com associação vão deixar sequelas. Não só porque a decisão de fechar boas escolas é marcadamente ideológica como mexe em milhares de alunos e professores. E em organizações poderosas junto das populações.
Depois as audíveis recomendações de Bruxelas a que António Costa não dá, aparentemente, ouvidos, não podem ser desprezadas pelo presidente. Mais tarde ou mais cedo vai ter que tomar posição, aliás já ensaiada. O optimismo do primeiro ministro é irritante. À medida que a situação se degradar Marcelo não vai poder agradar a todos.
A semana agora terminada foi a mais difícil até agora para a relação entre Marcelo e Costa. Chegaram os primeiros índices económicos que são todos eles maus ou medíocres. Hoje o BdP dá conta que a actividade económica tornou a cair em Abril, já lá vão dois meses seguidos. Não basta dizer que a culpa é do ambiente internacional que é igual para todos quando, por exemplo, Espanha, mesmo sem governo porta-se muito melhor que nós.