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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Para descentralizar é preciso regionalizar ?

A candidata presidencial Ana Gomes defende a regionalização para descentralizar a capacidade decisória e aproximar os decisores dos problemas . Não podia estar mais de acordo só não sei se é mesmo necessária a regionalização com todo o peso de despesa pública que acarretaria.

A proximidade aos problemas de quem decide é fundamental para a tomada de decisão . Estou-me a lembrar da municipalização da escola pública e da autonomia dos hospitais públicos como os sectores prioritários. Maior autonomia com capacidade de decisão e responsabilidade sem esquecer os meios financeiros e de gestão correspondentes.

Tenho é todas as dúvidas que um país com a dimensão do nosso precise de uma regionalização. O povo já disse que não em referendo mas, a candidata quer,  administrativamente, passar por cima dessa decisão do povo em referendo.

O povo em quem mais ordena senhora candidata.

Um estado fortemente centralizado contra a vontade dos portugueses

A grande maioria dos portugueses quer o país mais descentralizado e apoia mesmo a regionalização.

Pessoalmente não apoio a regionalização pela carga de burocracia e de mais despesa pública. Mas aproximar os centros de decisão das populações é determinante para reduzir a prepotência e o arbítrio na distribuição da riqueza. A descentralização pode fazer-se municipalizando desde logo a Educação e a Saúde. Mais autonomia para as escolas e unidades de saúde.

Discuta-se. Chame-se regionalização. Efetiva descentralização administrativa. Organização territorial. O que for. Porque o país precisa. Portugal é um dos países mais centralizados da UE e da OCDE, que tem estudos que mostram à saciedade que a economia cresce na medida da maior descentralização, e que em Portugal as regiões que mais contribuem para o crescimento são as mais atrasadas.

Como aqui já se escreveu, há espaço para um nível de poder intermédio, que aproxime as decisões políticas das populações, que ajude a atenuar as graves disparidades regionais, entre o interior e o litoral, o Norte, o Sul, o Centro e Lisboa, cidade. E há todo um modelo de desenvolvimento a discutir.

Um Rio a espraiar-se

Desde Janeiro que Rui Rio já foi a 26 sítios do país explicar-se. Sem regionalização, sem aproximar decisores políticos dos cidadãos os erros vão continuar.

Eleições legislativas antes das autárquicas são prováveis tendo em vista o andamento da economia. A política de fazer crescer a economia pelo consumo interno é um erro só possível porque o PS a isso foi obrigado para pagar o apoio do PS e do PCP.

Sem reformar o estado vamos continuar a ter esta perigosa opinião dos cidadãos sobre os políticos. É tudo gente sem escrúpulos o que não é verdade. E não vamos conseguir acelerar a Justiça e dar credibilidade à comunicação social. Este estado de coisas atrai os medíocres e afasta os melhores.

Dá particular destaque à incapacidade do sistema judicial, mas põe à cabeça dos problemas nacionais o endividamento que, afirma "mais não é do que o resultado de um conjunto de políticas irresponsáveis e muito pouco sérias ao longo dos anos; acrescidas de gravíssimos erros de um sistema financeiro, por onde passou muita gente irresponsável e alguma de perfil criminoso".

É no investimento e nas exportações que vê o elemento "nuclear" para o crescimento económico saudável.

O estado tem que facilitar o trabalho das empresas e não tomar o seu lugar, pois são as empresas que criam emprego e riqueza.

Por este Rio acima...

Descentralizar é aproximar e fazer parte da solução

Há muita gente que mudou de opinião. As crises têm estas vantagens é preciso mudar, encontrar soluções. A proximidade dos centros de decisão aos problemas, eliminando níveis intermédios de decisão que nada acrescentam é uma das formas. E retirar poder a meia dúzia de iluminados que a partir do ar condicionado tratam de assuntos que não conhecem é outra.

O actual governo está a transferir competências na área da saúde e da educação para os municípios. Com isto envolve os verdadeiros interessados. Municípios, famílias, alunos e doentes. Curiosamente, os municipios PS, a pensar nas eleições, não querem agora o que sempre reinvindicaram.  Pequena política. O governo também está pensar nas eleições. Pois...                                                                                                                                             Rui Rio e António Costa já saltaram para dentro do barco da regionalização. É preciso ter atenção à possível criação de uma classe política que custaria muito dinheiro aos contribuintes e à responsabilidade e controlo dos dinheiros públicos locais. No resto só há vantagens.

Claro que há quem perca poder com a regionalização e esses não querem. Burocratas estatais e sindicalistas estão contra. Não se podia esperar outra coisa bem entendido. E a ideologia que o PC defende também não deixa.

É o lado para onde melhor durmo...