O que é a Eutanásia e a Distanásia ? O direito à escolha é absoluto ? E porque se discute, no meio de uma pandemia não controlada ?
Importa rejeitar uma visão binária e maniqueísta dos que querem apresentar a eutanásia como a única solução boa para evitar o grande sofrimento e conseguir uma morte que dizem digna, respeitando as suas opiniões mas rejeitando as críticas que fazem em relação a outras alternativas que não podem ser esclarecidas usando a velha tática da amálgama para desqualificar realidades diferentes.
A morte digna é um conceito sem sentido usado pelos que não se preocupam em garantir a dignidade da vida até ao último instante. O que não fizeram e é urgente fazer é garantir o acompanhamento e as condições que evitem situações que conduzam as pessoas por causa da dor a pedir a eutanásia. Quem tem responsabilidade na situação atual não tem autoridade para votar a favor da eutanásia sem uma consulta à população. Se o Estado o fizer é claramente imoral.
É proscrita a distanásia ou obstinação terapêutica que é o recurso a tratamentos inúteis ou ineficazes para o doente. Foi criada na Lei uma Rede Nacional de Cuidados Paliativos que inclui tudo o que possa dar apoio ao doente e eliminar o sofrimento, controlando qualquer dor insuportável, até à sedação progressiva ainda que por virtude do duplo efeito dela possa resultar a sua morte. A Lei prevê ainda uma sedação permanente para os casos de prognóstico vital breve.
As opções são todas más. Com um mau acordo, sem acordo ou daqui a dois anos. O referendo como a opção mais consistente ganha força.
Ian Blackford, líder parlamentar do Partido Nacionalista Escocês (SNP), exigiu que Corbyn esclareça se o segundo referendo que apoia vai ou não conter a opção do Remain. "A Escócia não votou pelo Brexit e não devemos ser arrastados para fora da UE contra a nossa vontade. Permanecer [na UE] é de longe o melhor acordo de todos - e a única maneira de proteger empregos e os níveis de vida".
Em declarações à ITVNews, Emily Thornberry, deputada do Labour e próxima de Corbyn, declarou que deve haver um segundo referendo e que esse deve pôr frente-a-frente a opção de permanecer na UE e o acordo conseguido por May nas negociações com a UE27. Thornberry disse que faria campanha pelo Remain e que Corbyn também. Algo que ainda estaria para se ver.
Se não estivessem em jogo decisões de grande importância para o Reino Unido a saída da União Europeia não levantaria os enormes problemas que está a levantar. Contrariamente ao que os Brexiteres deram a entender sair da UE não é fácil, é difícil .
As intenções dos brexiters eram tão irrealistas como as do Tsipras inicial: queriam o bolo e comer o bolo ao mesmo tempo; queriam estar na UE sem os deveres da UE. Tal como a esquerda Tsipras, a direita Boris Johnson mentiu aos seus concidadãos em relação aos efeitos da saída da UE. Mentiu ou era (é) radicalmente ignorante ou inconsciente em relação à realidade. Acha que a glória oitocentista (que julga ter à sua frente) compensará a imensa miséria criada pelo Brexit, ainda para mais num contexto de fragilidade europeia perante os gigantes asiáticos. O resultado final desta negação da realidade é o acordo de May: procura o impossível, manter as ligações legais e económicas com as regras da UE sem a presença de Londres nos fóruns que decidem essas regras – o absurdo final de um processo absurdo e irracional desde o início. A irracionalidade é a marca da democracia direta. Já têm saudades do “défice democrático”?
A revolta dos escoceses perante o princípio de acordo entre Londres e Bruxelas pode ser resumida na intervenção de Sturgeon no Parlamento de Edimburgo, na quinta-feira: "A União Europeia é uma união de países independentes e vejam como se manteve do lado da Irlanda ao longo dos últimos dois anos. Em contraste, como disse à primeira-ministra ao telefone, o governo britânico ignorou a Escócia, marginalizou a Escócia, deixou de lado os interesses da Escócia e agora está não só à beira de nos tirar da UE contra a nossa vontade, ou de nos tirar do mercado único contra os nossos interesses, também está à beira de pôr a Escócia em verdadeira desvantagem competitiva com a Irlanda do Norte."
Face às dificuldades em se chegar a um acordo razoável para o Reino Unido e para a União Europeia há cada vez mais políticos a avançarem com a possibilidade de um novo referendo. Amanhã na reunião do Partido Trabalhista esta questão vai ser colocada aos congressistas.
Um segundo referendo é o cenário preferido pela maioria dos trabalhistas britânicos — segundo uma sondagem recente, mais de 75% dos trabalhistas querem esse segundo referendo.
Corbyn explicou que, na sua opinião, seria preferível pedir eleições antecipadas, mas se a decisão dos congressistas for no sentido de pedir um segundo referendo, esse será o cenário pelo qual o líder trabalhista irá lutar nos próximos tempos.
O que as negociações sobre o Brêxit têm mostrado é que o Reino Unido enfrenta problemas sérios se sair da União Europeia com a Irlanda do Norte e a Escócia maioritariamente a quererem o " remain".
Os cenários em discussão estão a milhas do prometido não só para Londres mas para todo o país e a previsão é que o país possa perder 500 000 postos de trabalho se o Brexit se realizar.
Há cada vez mais vozes a exigir um segundo referendo mesmo entre aqueles que estiveram do lado do "leave".
É claro que seria bom para todos. Esperemos que o bom senso prevaleça.
À medida que os ingleses se apercebem do custo da saída do país da União Europeia crescem as manifestações a exigirem segundo referendo..
As conversações entre o país e a UE pouco têm avançado dada a dificuldade dos dossiers . A primeira dificuldade é que já todos perceberam que ninguém ganha nada com o Brexit e isso é difícil de explicar aos cidadãos . E a segunda dificuldade é que não é possível ter sol na eira e chuva no nabal.
Acresce que são as gerações mais novas as que vão viver sob uma situação que não votaram . Os mais velhos deixam uma situação que não vão viver . Talvez isto faça entender as dificuldades das conversações.
Porque fosse qual fosse o resultado acabaria com as dúvidas por muitos anos. É o próprio Nigel Farage, principal defensor do Brexit que o afirma.
Tony Blair, ex-primeiro ministro inglês também propõe novo referendo porque acha que na altura do primeiro a população não tinha toda a informação.
É, claro, que a informação a que se referem é a que sai das reuniões difíceis entre a UE e o Reino Unido, que vão mostrando as enormes dificuldades de concretização, os prejuízos para as partes e os problemas que se estão a levantar na Escócia e na Irlanda .
Estão a chegar à conclusão que perdem todos com o Brêxit
O referendo sobre o Brexit realizou-se em Junho de 2016, tendo o "sim" vencido por 51,9% dos votos. Desde então têm sido realizadas várias sondagens, e os resultados não são conclusivos. Mas Farage não é o primeiro a falar sobre uma segunda sondagem. Nem ficou sozinho nessa análise, com responsáveis de Partido Trabalhista a defenderem a realização de um segundo referendo, como o caso de Andrew Adonis."Nigel Farage quer um referendo sobre o acordo da sra May. Concordo. Venha ele!", afirmou também através da sua conta do Twitter.
Há muitas dúvidas sobre a saída do Reino Unido da União Europeia. Já se fala num referendo ao acordo que resultar das negociações o que, na prática, seria um segundo referendo ( indirecto) ao brexit.
"Ninguém votou para ser mais pobre, mas é isso que todos nós vamos ser. O 'Brexit está a ficar fora de controlo e longe dos interesses dos trabalhadores. É por isso que nós, o povo, devemos voltar a assumir o controlo com um voto final sobre o acordo", disse a antiga líder trabalhista.
Esperemos que este processo sirva de exemplo a irresponsáveis de países bem mais pobres que o Reino Unido e que, na sua santa ignorância, exigem a saída da Zona Euro.
O Primeiro-Ministro Italiano já reconheceu a derrota e prepara-se para apresentar a demissão ao Presidente da República. Se não for possível juntar uma maioria parlamentar haverá novas eleições legislativas. Se os partidos anti - Europa ganharem teremos um referendo sobre a adesão à União Europeia.
É, assim, a democracia, o povo é realmente quem mais ordena e, por isso, não haverá nenhum drama mesmo que o resultado seja um Italêxit . Já houve um Brêxit e a Europa continua .
Com estas ameaças a União Europeia vai reforçar-se, flexibilizando e facilitando a solução dos problemas dos mais frágeis . Já o pode fazer porque muito foi já feito ao nível das finanças públicas e na consolidação dos bancos.
É necessário libertar investimento público e privado e por a economia a crescer, pois esta é a única via para pagar a dívida. E a dívida de Itália é das mais altas senão mesmo a mais alta. A nossa também anda no top 5 com a agravante de as taxas serem bem mais altas que as de Itália.