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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O hidrogénio é mais um desastre anunciado

Investir qualquer coisa como 7 mil milhões numa fábrica de hidrogénio quando há menos de um ano se discutia a exploração das minas de lítio. Mas então vamos ter uma rede nacional de energia eléctrica para carregar as baterias de lítio ou vamos ter uma rede nacional de abastecimento de hidrogénio liquido ? O melhor mesmo é ter as duas !

O país já paga custos elevados para acomodar a energia intermitente eólica e solar e em vez de se juntar a Espanha para ligar a rede eléctrica Ibérica a França e à Europa mete-se noutra aventura ? Sem conhecer custos?

Mesmo não estando disponível nenhuma tecnologia competitiva para produzir hidrogénio através da eletrólise da água, o documento que esteve em consulta pública aponta desde já para um investimento de 7.000 milhões de euros (!!!), e numa primeira fase este hidrogénio destinar-se-á exclusivamente ao mercado interno.

Nesse documento, os dados tecnológicos são extremamente vagos, e os dados económicos limitam-se a referir que o projeto não é rentável pelo menos até 2030, e que precisa por isso de subsídios.

Mas “havendo metas obrigatórias de consumo de hidrogénio”, os consumidores irão ser obrigados a pagar o que for preciso por uma tecnologia que se desconhece a fim de todos os promotores envolvidos poderem ter lucro.

Pode espantar o leitor, mas é uma técnica que já deu provas de funcionar.

Uma rede organizada (também) ao nível das autarquias

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Mas bem podem tirar o cavalinho da chuva. A deputada de Castelo Branco que tem o marido ( presidente da câmara) envolvido em negócios com familiares já veio agradecer a António Costa a recondução do mandato como deputada.

Cada cavadela, cada minhoca. E, claro, a imprensa só cava quando há um problema qualquer. Imaginem os milhares de casos deste tipo que não estão associados a problemas mediáticos e por isso não foram escrutinados. A teia de interesses que torna as compras públicas mais caras com menor qualidade, num roubo organizado aos contribuintes e aos utentes dos serviços públicos. Quanto se poderia poupar se as compras públicas fossem efectivamente concorrenciais em vez de serem entregues a familiares de dirigentes do PS? Quantas mais empresas se atrairiam para Portugal com a respectiva redução de impostos? Quão maiores seriam os salários de todos?

Este é o partido que se prepara para ter uma maioria absoluta e que, mesmo não tendo, não lhe faltam parceiros de coligação (do PSD ao PCP) disponíveis para os deixar continuar a gerir esta teia de interesses.