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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O Plano de Negócio da GCD aumenta isolamento do PCP

Se a recapitalização da Caixa é feita em condições de mercado então o seu Plano de Negócio não pode deixar de ser implementado segundo as mesmas condições. E isso obriga a considerar uma reorganização do banco, com o objetivo de recuperar a rentabilidade de longo-prazo através de um aumento de eficiência, da redução do custo do risco de crédito e do corte de custos”, referiu o Ministério das Finanças.

Ora, entre outras coisas que o mercado definirá, o corte de custos terá que passar pelo despedimento de trabalhadores, cerca de 2 500 que somará aos 2 700 já despedidos nos últimos anos. Se assim não for não teremos aumento de eficiência nem corte de custos.

O PCP já veio dizer que não está de acordo com a redução de trabalhadores embora, saiba que não pode ser de outra maneira a não ser voltar atrás à CGD dos prejuízos e das injecções de capital sacadas aos contribuintes.

Mas o PS defende que “Todos os planos de reestruturação têm redução de custos, implicam sempre redução do número de trabalhadores e encerramento de balcões, mas isso é transversal a todo o setor bancário em Portugal e no estrangeiro e advém dos desenvolvimentos tecnológicos e de toda a atualização do modelo bancário”.

O BE não diz nada reserva cada vez mais para si ser o pêndulo da balança até que se perceba que PS e BE chegam para governar não precisando do PCP.

A CGD é o maior problema

Se a CGD não pode ser recapitalizada pelo estado, e não pode ser parcialmente vendida aos privados resta a Europa na forma de um resgate. A irritação de Catarina Martins com António Costa vem daqui.

O recurso ao Mecanismo de Estabilidade Europeia poderá ser a solução para o sistema financeiro português. Se forem necessários 20 mil milhões de Euros para o fazer, não haverá outra solução. Mas o recurso ao MEE, ao abrigo do programa de recapitalização da banca, exige uma avaliação da “troika” e uma aprovação do Eurogrupo .Um novo resgate.

Esta será a maior prova à coesão da situação conjunta. E lá teríamos uma situação como na Grécia com PCP e BE a aprovarem a entrada da Troika e a continuação da austeridade. O presidente não se cansa de pedir estabilidade e tem razões para isso.

Julgo que António Costa irá explicar em privado ao BE que a criação de um “banco mau” será a melhor maneira (talvez a única) de salvar a CGD, mantendo-a simultaneamente como um banco público. Julgo que a ideia do “banco mau“ acima de tudo visa recapitalizar a Caixa e resolver o seu crédito malparado.

A nacionalização do BPN em 2008 foi uma (má) lição

Encaram-se muitos cenários no caso BES mas não a nacionalização. Utilizar o dinheiro da Troika guardado para a recapitalização dos bancos que tantos quiseram usar antes e que agora se revela salvador. Esta medida poderá ser acompanhada pela entrada de dinheiro privado . No BANIF resultou. Mas tem que ser já amanhã. O dinheiro da Troika pode ser utilizado de imediato o que é quase tão importante como o próprio dinheiro. Porque estamos perante a maior fraude da história da economia Portuguesa, vamos perder todos. Contribuintes, empregados, contas públicas, accionistas. E as PMEs que tinham no BES o banco que mais as financiava. É preciso salvar o banco mas depois é preciso investigar tudo e todos. Um crime desta dimensão não se faz sem cúmplices. Não lhe chegava ser o "dono disto tudo". O dinheiro desapareceu mas está algures nas off shores e nas fortunas pessoais .