Normalmente, tenho escrito textos que referem esta quadra como um Feliz Natal. Normalmente. Mas, será que é uma época para falar de normalidade? Ou, porém, como vamos definir um tempo normal? Quando é que a vida social tem sido normal. Será quando agimos conforme as nossas ideias e os nossos hábitos e costumes? Mas, os hábitos, como os costumes, não mudam? Será que normalmente significa o que é conjuntural e heterogéneo? Não é por acaso que tenho usado essas palavras nos meus textos de pesquisa. O acaso é a normalidade. A normalidade é o comportamento conjuntural que estrategiza e manipula os feitos, ou factos - decida o leitor -, que constroem o mundo social e divide o trabalho entre todos nós. Estratégia que pode cair em mãos prudentes para virar os acontecimentos em favor do povo, pelo povo e para o povo, por ser a estratégia uma actividade social do povo. Estratégia que varia conforme os objectivos a atingir.
Não foi em vão que os Muçulmanos criaram o mês luar no décimo primeiro mês do ano. Para descansar, para sentir, para pensar, para festejar cada dia que avança nesse décimo primeiro mês e comemorar a capacidade de não comer todo o dia (entre o nascer e o pôr do sol), não trabalhar, não amar, meditar, estar em casa em silêncio com os seus e sair à rua apenas sob a luz da lua que mostrava a sua face, a sua cara, o seu segredo de ter levado vivo aos céus a voz de Alá, o Profeta Mamede ou Muhammed. É assim que falam no Alcorão, é assim que é ensinado nas escolas corânicas, é assim que o comenta o discípulo muçulmano de Aristóteles, Abû Nasr al-Fârâbî (ou Avenassar), para o mesmo filósofo aristotélico do Século Nono da nossa era. Capaz de dizer, na sua tradução de 1964 em Beirute, que a maior capacidade do ser humano é ser social e viver em grupos grandes ou Nações, ou em pequenos como os bairros, os grupos domésticos ou famílias. Todos têm uma mesma capacidade: um corpo que solicita, uma alma que organiza a procura do corpo. Um al-Fârâbî a definir nos seus textos, comentários sagrados para os diversos povos Muçulmanos, que a bondade é o bem absoluto do ser humano por revelar a capacidade de bonomia existente em quem é honesto nos seus sentimentos. Como o seu Mestre Aristóteles gostava de dizer no seu texto escrito em 330 antes da nossa era, para educar o seu filho Ética a Nicomaco: todo efeito tem uma causa e essa causa deve ser encontrada. Se o efeito, diz al-Fârâbî, parece ser a capacidade de viver em sociedade ou Nação, ou Gemeinschaft para nós, derivado do conceito do filósofo alemão Tönnies e usado pelo seu discípulo francês Durkheim como solidariedade mecânica, ou ditada pela capacidade de se estar junto dos outros em paz e alegria e, eventualmente, no lado oposto, com repressão pelos mesmos membros do grupo, caso a justiça não seja atingida. Paz e alegria que existe por causa da natureza humana, ou por causa da educação que o grupo social, sem lei positiva nenhuma a comandar a vida em sociedade, transmite por ter inteligência e saber que uns sem os outros são incapazes de sobreviver. Acrescenta o influente al -Fârâbî que essa capacidade de viver em sociedade se deve há existência da alma com faculdades no ser humano permitindo-lhe o uso do bem e a rejeição do mal. Porém, o mal existe se as pessoas não são corrigidas de forma fraterna e amável, como Mohamed diz que Alá, a sua divindade, manda e faz. Alá diz que o ser humano tem cinco faculdades para ser feliz, amável e conviva dos seus e da sua Nação, a Nação Muçulmana, dividida em grupos, tribos ou clãs. Faculdades simples, como a capacidade de razoar até de forma especulativa; a faculdade de razoar por causa da experiência ou o agir pragmático entre seres humanos; a faculdade de procurar o que o corpo individual diz dentro do corpo social ao qual se pertence; a faculdade de imaginar para progredir a par e passo dos outros semelhantes sem os ultrapassar, com a confiança de que esperar é uma virtude para aprender e ensinar; e a faculdade da sensibilidade para entender o que o grupo social já herdou dos grupos do antigamente e do Profeta que ensinou que há em nós a capacidade de reflectir. Porém, a capacidade de entender os animais, os corpos celestes, o comportamento, a amabilidade, a solidariedade que não precisa lei, porque o Direito foi dado por Alá e o seu Profeta. Ramadão ou Ramadã, também grafado Ramadan (em árabeرَمَضَان) é o nono mês do calendário islâmico. É o mês durante o qual os muçulmanos praticam o seu jejum ritual (suam, صَوْم), o quarto dos cinco pilares do Islão (arkan al-Islam) permite reflectir na base da faculdade apetitiva de querer saber e transferir o sabido por meio da faculdade de entender a experiência ou a razão prática que todo o ser humano tem. Ramadão permite o silêncio necessário para essa capacidade de reflectir e debater em casa o progresso dos peregrinos de esta terra que será, de certeza, entregue a si próprio e aos outros ao se mostrar a capacidade de se ser sensível. Ramadão é a festa da intimidade de si próprio e, na hora do comentário, da troca de ideias entendidas no silêncio e na abstinência do dia, abstinência de adultos e crianças, aprendizagem das duas pontas sociais do grupo. Porque essas capacidades da alma são a semente que o adulto planta na alma dos mais novos e desenvolve porque Alá é grande e sabe orientar aos seus: mal se conhece o bem, se quer fazer, fechado dentro do seu grupo social de clã, bairro ou Nação, o desenvolvimento da racionalidade da criança que leva em si a capacidade de imaginar o que o adulto diz e faz. Porém, Ramadão desde muito cedo na cronologia da vida de uma pessoa, e ao longo da vida toda. Como manda o Alcorão, a palavra escrita do Profeta que falou por Alá. Quanto mais jejum de corpo e alma, maior proximidade à bondade da Divindade. E ai, de quem queira mudar estes costumes que, faz mil e quatrocentos anos se andam a desenvolver em grupos que não precisam um Gesellschaft, lei, contrato, solidariedade orgânica ou de Direito positivo, além das mãos do grupo de convívio, como hoje sabemos por Durkheim, que existe entre todos os povos. Especialmente os europeus que ele estudou a partir dos denominados arcaicos.
2. A intimidade.
Parece como se a introdução fosse muito cumprida. No entanto precisa ser assim por sabermos pouco das festas muçulmanas que acontecem na época das nossas. O Ramadão precisa de intimidade, facto do qual sabemos pouco ou nada. Talvez, apenas, pelas notícias da guerra que têm invadido a necessária intimidade do Ramadão. Para meditar. Ou talvez, um Ramadão demasiado cumprido ao longo do tempo, quer pela invasão soviética, quer pela invasão cristã. Um jejum de introspecção e de alimentos que dificultam o semear de faculdades na alma das crianças e desenvolver as qualidades das do adulto, esse que acaba por se mostrar perante os mais novos, com a incontinência da paz na alma e ensina retaliação e vingança, quer em palavras, quer em acções, quer por falta de Direito punitivo ou por falta do Direito que fica além das emoções, nas mãos de outrem que sabe e não pune porque está escrito pela mão do homem o que deve ser feito para se conviver com os outros, em presença deles, ou na sua ausência. A existência de uma solidariedade orgânica ou pensada para a interacção de grupos sociais que racionalizaram uma troca comercial faz já muito tempo. Dentro da qual cai o Natal ou o Ramadão dos cristãos que separam o Governo da comunidade social de seres humanos. O Natal é a festa da família, de comer, de orar, de trocar presentes, de lembrar a décima segunda lua convertida em sol. O calendário cristão é romano e soube justapor à festa de Jevo ou Júpiter, a mais comemorada na época do Império Romano pela importância da divindade, o dia do Nascimento de Xristos ou Jesús. Comemoração que varia em cada uma das formas religiosas dos cristãos. Os Presbiterianos e Calvinistas ou a maior parte da Europa do Norte, lêem o Livro de Vida ou Bíblia, comentam os Evangelhos e comem em grupos de bairro ou amigos. A dos Anglicanos da Igreja Baixa, assistem à Igreja e comem em família. A da Igreja Anglicana Alta ou da Aristocracia, comemoram com uma festa religiosa, retirando-se seguidamente para casa e comem em família. A da Igreja Romana na Europa, assistem à festa religiosa da meia-noite e comem depois em família ou com amigos íntimos. Varia conforme a confissão analisada. Quando há crianças, é o Grupo Doméstico a procurar a sua intimidade que sabe será curto ao longo do tempo, procurando um convívio de pais e filhos e, talvez, avós. Ou não. Quando há avôs, procura-se a comemoração em casa ou com outros membros da sua geração. Em comum entre todas as formas religiosas cristãs, o facto que faz tempo as juntou: o comércio ou a dádiva a que ficam todos obrigados a trocar. Essa dádiva que o discípulo do invocado Émile Durkheim, Marcel Mauss, denominou a obrigatoriedade do presente que nem por isso se faz de forma alegre ou feliz. Até às vezes, com um certo desapreço, como diz o autor invocado, nas suas conclusões, quando fala da obrigatoriedade da prenda de Natal. Essa que acaba por não ser nem dádiva nem meditação íntima, mas sim, uma obrigação para se ficar gessellchaftemente bem perante os outros e, eventualmente, com um certo apreço pelo auto estima que soube cumprir o que a solidariedade mecânica manda. Onde, pois fica a, intimidade na festa Ramadão e Natal, se é apenas comércio? Intimidade e recolhimento familiar, nem por isso….
3. Feliz Natal?
E como? A seguir a estas ideias? A entender que nos governamos no Ocidente pelo que é mais conveniente e não pelo amor meditado? Onde os pais, mais velhos, são expulsos da festa familiar enquanto os mais novos cultivam a sua geração ao fazer uma intimidade com eles? Ao se saber que temos lares de idosos que ardem e não têm nem licença nem seguro? Ao sabermos que houve um 11 de Setembro (2001) a exprimir a raiva da subjugação e da intrusão dos poderosos dentro da solidariedade mecânica - orgânica dos mais tecnologicamente atrasados que estão a viver um Ramadão de mais de vinte e cinco anos de duração por causa do incremento da guerra de Nações mais forte e melhor armadas? Que o nosso Presidente não foi recebido pelo Buttler inglês da Nação mais poderosa de armas nucleares do mundo? Que a seguir ao Natal vamos ter que cancelar o Visa a juros muitos elevados por causa da guerra? Felizes serão os que vão fugir dentro da Missa do Galo à consoada meio pobre/meio sem prendas que vamos ter? Feliz Natal com a tristeza de sabermos que houve mortos dentro dos símbolos do poder dos Estados Unidos?
Feliz Natal? Com tanto Casal Ventoso e Orçamento Rectificativo ou como seja que se denomine à necessidade de termos moeda porque as indústrias fugiram para a Europa de Leste? Com a globalização? Amargo o real? Feliz Natal com milhões de seres humanos a não comemorarem o seu Ramadão ou porque estão a ser bombardeados ou porque pactuara com o mundo do Natal? Feliz Natal? Só se o leitor tiver ficado elucidado do que significa o Ramadão. E chorar com eles. Com esses que não têm o equivalente em intimidade e em reflexão, como os Cristãos, Romanos ou não, vão comemorar? O leitor comente, tome a palavra e decida sobre as injustiças da vida…na quadra denominada santa e de reflexão...
Vivemos épocas conturbadas. Não apenas por estarmos em falência e o nosso dinheiro de empréstimos de vários sítios, juros altos, prazos curtos para devolver o concedido, sem perdão dos capitalistas que, mal passa um dia, e os juros são incrementados. Como acontece com o berço da moderna e clássica civilização, a Grécia. Constantino, meu amigo e colega de Faculdade, é o 6º monarca da casa da Casa de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg, primo directo de Isabel Windsor e sobrinho do meu Reitor, quem preside o Senado ao que pertenço, Filipe de Mountbatten, comentava que não sabia se os Helenos não queriam monarquia, esta era a punição. Mal pensado. Era educado por um tutor real da nossa faculdade, mais monárquico que o ex. Sem dúvida não sabia educar e o meu colega e estudante, que mora em Maiorca, apreendeu mal e ensinou mal ao povo grego. Eis o outro problema que nos maltrata, a educação em Portugal, como foi na Grécia: escolas que fecham por ter poucos estudantes, tendo que andar milhas para ir às mais próximas. Escolas que encheram por causa da transferência do procurado ensinam privado - Salesianos, Maristas, Dominicanos, Colégio Moderno, impossível de pagar, bem como ter que levar comida de casa para o dia: o lar não pode suportar o ensino e as cantinas, livros para estudar, passam a ser emprestados, trocados, herdados. Nem direitos de autor são pagos hoje em dia e devemos escrever e publicar de forma virtual, para facilitar a transferência de saberes entre gerações. O direito de autor ajudara-me a criar a minha descendência, que dificilmente podem educar aos seus. Festas e tabacos, acabaram, como férias e roupa nova.
Educar não é difícil como metodologia mas sim, como economia. Com um pouco de paciência, nós, docentes de qualquer grau, dizemos, reiteramos, tornamos a reiterar o já explicado. Procuramos alternativas, especialmente para as denominadas Ciências Duras, que de duras apenas têm o nome e a eventual falta de memória. Não pode ser dura uma ciência que tem fórmulas, algarismos, teoremas, geometria. Por outras palavras, um mapa que orienta o pensamento. Nunca abandonei o debate com o meu amigo e salvador da minha vida, José Mariano Gago, que entende o conteúdo das ciências sociais por razões familiares. Livro que lhe ofereço, livro que não lê: não tem um mapa de estrada para andar pelos labirintos do que é pensar no ar. As ciências duras, são essas que, eventualmente, obrigam a usar estatísticas, facto que não devia acontecer na Antropologia, Sociologia, Filosofia, História. Ciências de factos, de dados que se aprendem, enquanto se entende, através do que eu designo de mente cultural, conceito criado e provado por mim nos anos 90 do Século XX. Mente cultural resultante das formas de agir, dos costumes, da história oral, do imaginário que tem uma prova: a economia. Quem sabe economia, mas a economia do povo que calcula em tempos de crise, ao fim do mês há um ordenado à espera: baixo e pouco, não a doutoral que vivemos na academia e não corre perigo. Educar não é difícil. Difícil e…complexo é saber educar. É preciso encantar a criança como as fadas madrinhas e os Peter Pan, para seduzir a sua atenção, sentar-se não no banco do professor, mas andar quilómetros entre eles, olhar nos olhos, saber brincar no meio de uma frase de forma amável e carinhosa para tornar outra vez à frase cortada por causa da brincadeira. Isso é reiterar, com comentários simpáticos sobre a família, gastar dez minutos para comparar Dom Sebastião com as almas em pena, dizer que a República é do povo, pelo povo e para o povo, enquanto a monarquia é para as famílias que tudo têm e nem precisam aprender. O que Constantino dos Helenos, nunca entendeu. Tinha imenso capital, que mais queria? Por acaso, tive como estudante um filho de Isabel Windsor e do seu marido o nosso Reitor, Filipe Mountbatten, primo de Constantino Saxo-Coburgo, da Grécia. Saber ensinar estes descendentes de famílias com posse e larga genealogia, pode parecer um problema se nos lembrarmos dos seus outros trabalhos: Rainha, Príncipe Consorte, Monarca destituído. Eles têm apenas um problema: saber governar ou não. O nosso povo tem outro, como em qualquer outro sítio do mundo: trabalhar para estudar de noite. Os Mountbatten, o Azevedo, os Saxo-Coburgo-Gota, os Espírito Santo, os Hohenzollern, os nomeados antes, os Leite, os Vasconcelos, os Porta, custa-lhes estudar. Mas, quem lhes ensina, pode-se ver dentro de uma salada russa: estão a domesticar o poder soberano, que deve, é e será do povo. Apenas se esquecem e não sabem, que as dificuldades de aprendizagem dos descosidos portugueses nascem do facto de terem que encher a barriga antes da cabeça. E quando a cabeça enche, é com letras e livros que não alimentam nem têm mapas para indicar o caminho do saber que dá asas de liberdade. Objetivo do nosso governo: operariado de baixo custa, não sábios que, por tratar de doentes o dos seus bens, cobram o que hoje ninguém pode pagar. Doentes de capital é que estão, que acabamos por curar com antidepressivos baratos, um deles, o álcool. Ensinar em tempo de falência, é um surto de mentiras e provas inventadas. Saber ensinar é transferir a história quotidiana de trabalho, dar dicas como tornar mais leves essas horas desde as sete de manhã até as cinco da tarde, com meia hora para comer um prato de sopa e beber uma cerveja. Desde a mais tenra puberdade. Saber ensinar é conhecer as relações familiares, de amigos e vizinhos para desenhar um conjunto de conceitos que não aparecem nos livros, ficando-se apto para enveredar pela perca do medo da vida e da submissão dos acima nomeados. Para saber ensinar, o docente deve conhecer primeiro a vida do bairro da escola ou liceu e traduzir os livros Mountbatten, Bragança, para os Coelho, Pires, Pimentel, Redondo e fazer deles cidadãos de bem. Não por respeito à Constituição, mas por respeito a si próprio e à família. Como esse David Machado, hoje em dia Guarda Nacional Republicano e excelente pai e marido, um David de Vila Ruiva da Beira Alta de Portugal, que criou os seus irmãos, cozinhando para eles sopa de cabaço e batatas, sendo hoje em dia, um excelente pai de família que transmite aos seus filhos a mente cultural, como bom policia que é. Saber ensinar é nunca dizer pega no livro e vai para o teu quarto. Teve a paciência de estar com eles e explicar o que as letras juntas significam, ou os números mediam e calculavam para ir em frente na vida. A herança do que eu denomino ensino – aprendizagem é apenas a educação cívica para nós sabermos que os resultados da nossa vida são da nossa parte e não de um país fatimizado, como é o nosso. Essa herança faz do descosido um bom cidadão, sem pretensões, sem guardar dinheiro que não se investe se beber os poucos cêntimos e nunca, mas nunca, pedir aos docentes que punam os filhos porque a letra com sangue entra na Herança dos ministros com nomes gregos que procuram apoio entre os que não sabem que reuniões a fio e relatórios quotidianos, vão lentamente matando os que devem estar sempre frescos para transferir o saber. A herança que deixa o meu governo actual é para os Vasconcelos, Mounbatten, Espírito Santo e não para o povo que é o proprietário da soberania que apenas a delega entre os que não sabem que em escolas frias e distantes, as crianças fogem. Não do saber, mas sim da miséria em que hoje estamos, herdada desde que um português governa a União Europeia e uma engenheira pretende ensinar a ensinar. Sou português, amo o meu país, dou aulas na rua ou no mercado, para ver a matéria viva que transfiro e experimento fugir dos fatimizados ou que eles fujam das ideias portuguesas dos irmãos Grimm. Dos Judas Iscariotes. Do saber falar com monarcas e jornaleiros como pessoas iguais, ainda que eles o não entendam por vivermos numa sociedade de classes dos que têm e podem lucrar, ou dos que nada têm e devem trabalhar, com o pesadelo destes dias, de que um dia fechem a indústria. Educar é a transferência de como lidar com os avatares da vida, vivendo ou sobrevivendo, sem se deprimir ou choramingar pelo leite derramado pelos proprietários do capital….
Raúl Iturra Catedrático de Etnopsicologia da Infância e da Educação do ISCTE-IUL Membro Ativo de Amnistia Internacional e de Human Right’s Watch, do Projeto de Alice Miller sobre a Criança Natural, Membro do Senado da Universidade de Cambridge, UK, que sabe ser forte perante a sua misérias a miséria do mundo com todas as hierarquias anotadas antes, conceitos que permitem dominar aos outros e auto dominar-se… lautaro@netcabo.pt Código para o vídeo
para la familia….y nuestra madre que no se perdía función…
Teníamos pocos años, comparados a los días de hoy. Antes de entretener a la población de Laguna Verde, Irma o Mi Irmita como la llamaba yo, había sido mi Nana. Tomaba cuenta de mí, me cuidaba como un ángel cuida a un niño. Niño que sabía correr pero se caía siempre en los caminos con pequeñas piedras o emperdigados del jardín de nuestra madre en Laguna Verde. Un jardín que ella no cuidaba, estaban los hermanos Galas y un asistente a jardinero, a cuidar de los árboles con duraznos de Zaragoza, el árbol blanco en el invierno, que secaba sus flores en el otoño por ser por ser un almendrero, justo en frente de una de las ventanas de la cocina. Había los pensamientos o amores perfectos, como se llaman en Portugal, las rosas rojas y las amarillas, especialmente la creada rosa de la paz, un injerto de rosa amarilla con rosa roja, creadas al final de la segunda guerra mundial del siglo pasado. La llamaba mi Irmita, porque me ofrecía flores, como narro en otro texto sobre ella que yo comía por instinto de niño de dos años, ella con siete. Me parecía un gigante, como debo parecer a mis nietos pequeños por medir un metro y setenta y cinco y ellos, excepto Tomas en Holanda, hijo de nuestra hija Paula y Cristan van Emden, en Utrecht, su hermana Maira Rose con apenas un metro y treinta centímetros, debemos también ser gigantes para ellos, como los Ilsley en Cambridge, May Malen y Javier, hijos de Camila y Felix, a quién llamo mi Weñe, siendo los dos con nombre mapudungun de los Mapuche de Chile, siendo Malen muchacha bonita y Weñe, lindo rapaz, en castellano chileno. Mi Irmita era una Malen y yo, su Weñe. Era muy joven para trabajar, pero la abuela Rosalba Mella, la Rosalba para nosotros, necesitaba dinero para cuidar a sus huérfanos nietos de un año Jorge y Mi Irmita, con dos, cuando sus padres murieran en un accidente de automóvil. Irma ganaba pocos pesos, pero era su Weñe y no me largaba. Y yo, a ella. Estudiaba mucho en las noches, durante el día me cuidaba. No era por los pesos o chauchas, era porque teníamos un amor fraterno sin igual. Cuando a mis 18 años se me ocurrió hacer teatro-yo estaba siempre a inventar cosas y ella a acompañarme-, comenzamos con la pieza en un acto de los Hermanos Quinteros, Mañana de sol, del comienzo el Siglo XX, representada por nosotros en 1960 en Laguna Verde y en teatros de Valparaíso. Faltábamos a clases, pero nos era importante teatralizar y entretener al pueblo, del cual nos sentíamos y éramos parte. La primera obra que hicimos, nombrada antes, tuvo un grande éxito y nos convidaban a los dos a todos los sitios para actuar. Teníamos que maquillarnos de viejos: dos antiguos enamorados en sus quince años, no se casan entre ellos pero con otros. Los años pasan, quedan viudos y viejos y jubilados con mucho dinero. Se encuentran en un parque, fingen no reconocerse y se cuentan historia de éxito en la vida, lo que parecía evidente porque cada uno tenía empleados que los acompañaban. El escenario era como a Mi Irmita y a mí nos gustaba: simple y vacio: un banco de madera en una plaza sin árboles, parta tomar el sol. Si mi Irmita era linda, maquillada de vieja quedaba mucho mejor, como se ve en las fotos que he colocado en este ensayo. Su cuidadora era la niña Mirta Araya, que ya debe ser abuela, y el mío, mi eterno compañero Juanito González, chofer del Ingeniero mi padre. Duró una semana la representación en Laguna Verde y varios meses en Valparaíso. La ciudad cercana a Laguna Verde, en donde estudiábamos en los colegios privados, María Auxiliadora, de las monjas salesianas ella, y yo, a una cuadra, en los Dominicos. En los recreos nos escapábamos con cualquier pretexto para encontrarnos por dos minutos, hablar todo el tiempo y contarnos buenas noticias-que eran cada día mejor. Éramos alumnos brillantes, ella más que yo. Me enseñó a escribir en prosa y en verso y me explicó la malditas matemáticas, en las que yo siempre fallaba. Ella no fallaba en nada. Al fin del año escolar, ganábamos premios en medallas de plata e diplomas, por ser los mejores estudiantes del curso. Estudiaba yo el 3º y 4º años del secundario, ella el pre universitario. Ganó un premio especial por haber sido la mejor estudiante que nunca había existido en María Auxiliadora: Medalla, Diploma y Dinero, que buena falta le hacía para juntar las chauchas y entrar en la Universidad de Chile para estudiar literatura, poesía y formas diversas de escribir, que ella me enseñaba a mí. Éramos casi dos enamorados, con ese amor fraterno que es una realidad material. Pero no nos casamos. A ella la llevó a Tito Rojas y a mí, a Gloria González. Sus clases terminaban antes, pero ella esperaba por mí para irnos juntos o en el auto de mi padre, con Juanito a conducir, o en lo que allí llaman micros, conducida por Armando Rojas, que quedaba sordo con nuestro parloteo. Cuando había carnaval en Laguna Verde, me disfrazaba con la mejor ropa que el papá me compraba para la ocasión para que mi Raulito exhiba su belleza, decía ella. Nunca se disfrazaba, usaba siempre el uniforme del colegio, vestida con un delantal ofrecido por mi madre. Estaba siempre limpia y olía a colonia, regalo de mi padre. Cuando tuve sarampión, ella estaba todo el día conmigo para no rascarme la cara y quedar con cicatrices. Me leía historias, éramos vecinos de casa, ella entraba en la nuestra cuando quería, como más una hija bien acogida. Nos fuimos a Santiago para acabar los estudios, después me enamoré, casé, fui papá, nos fuimos mi mujer e hija de 9 meses a Gran Bretaña, hasta el día de hoy. Ella había sido madre antes que yo, de Francisca a quién conocí como un bebé regalón en el vientre de su madre. Como a Paula, la segunda, sino me equivoco. La vida nos separó, después de 20 años de andar siempre juntos, ella se fue al Norte a tomar el cargo de profesora de literatura, yo, a las islas inglesas, a la que regresamos cuando nuestro Presidente de la República fue asesinado. Teníamos ideologías diferentes: ella, de la democracia cristiana, yo, socialista y materialista histórico. 30 años después, fui descubierto por José Antonio en la Internet, y no paramos de hablar otra vez y de escribirnos. Tengo un fichero especial en que guardo tus cartas, escritas todas en letras mayúsculas, veía mal tenía diabetes, me explicaba al teléfono. Se fue a vivir con su Weñe José Antonio Rojas Ramírez a Puerto Aysén, con Tito su marido todos los últimos años de su vida. La convidé a Europa, pero no podía viajar, el médico no lo permitía. Sé que, en cuanto escribo, hablo contigo y te acuso, te acuso profundamente: me dejaste solo y abandonado, como mi mujer e hijas. He vuelto a ser el niño solitario que conociste que, para consolarse, escribe. Tengo 69 libros publicados y una cantidad de ensayos en revistas, diarios, un cuaderno en que escribo todos los días, que sobrepasan los mil, para anotar la vida y nunca olvidarme de lo feliz que fui, hasta venir a Portugal. Hay libros míos que ni consigo leer, porque están en chino, vietnamés o en Hindi de la India. Todos publicados en Europa, en el Oriente, en América Latina, excepto… Chile. Sé lo que dicen, soy el autor que compite con ellos, escribo mucho después de investigar y ellos pierden. Soy un autor peligroso para su fama: claro, ellos no escriben… y paso a ser una competencia peligrosa. Neruda decía, sin compararme con él, aún cuando era mi amigo: es el pago de Chile. Él y Gabriela Mistral fueron publicados en México primero y cuando Gabriela Mistral, también mi amiga, fue a Chile 10 años después de ganar el Nobel de Literatura en 1945, Ibáñez del Campo era Presidente de Chile y mandó a imprimir sus libros a correr: Gabriela no era conocida en Chile ni ella lo conocía y en mis 14 años, me mandaron a pasearla por Valparaíso. Cuando paseábamos, ella vaticinó que yo sería escritor, a mi manera. Desde que fui abandonado por mi pequeña familia en Cambridge, sin saber el motivo, no entiendo el por qué, he tenido muchas enamoradas. Enfermo como estoy de cánceres sucesivos, todos operados pero que vuelven por otros sitios, no siendo un hombre de fe ni teísta, no puedo dejar de pedir a cualquier divinidad que me deje el sitio en una nube, sentarme contigo para poner la conversa al día… Me traicionaste y no te lo perdono. Está Tito, lo sé y lo conozco, pero sería una nube como la que separaba nuestras casas en Laguna Verde: dos metros de distancia entre los jardines, que yo saltaba por los peldaños de una pequeña escalera y ya estaba allí, en tu casa. Tus hijos te lloran. ¿Cómo los puedo consolar? ¿Con cartas como ésta, que es solo para la familia? Mañana de Sol, pieza de la que mi madre siempre se acordaba hasta en sus noventa años, ha sido una hierba dañina que se cumplió. Doña Laura, tú, y don Gonzalo, yo, , los roles que interpretábamos, no se pudieron engañar. Tú te aprendías también mi parte del texto para soplarme en caso de descalabro. El descalabro sucedió el 20 de febrero de este año, ¡una violeta que marchó! Con mi cariño irreparable Raúl lautaro@netcabo.pt Parede, Portugal, 29 de Febrero de 2012. Revisto y reescrito a 17 de enero de 2015. Voy a publicar el texto en uno de mis blogs... ¿Por qué no? Es la realidad pura y dura. Escaneé el texto a las 6 de la mañana, hora en que comienzo a escribir. Un beso para ti y tu porotada. ¡Confiesa que la foto que abre el texto es la mejor de tu vida! Enviado a mi nieta May Malen Ilsley, dos días antes de su aniversario que es el 5 de enero, pero se lo festejan hoy por ser el día en que toda la familia se ha juntado para las fiestas navideñas en Cambridge, excepto el papá fundador, por causa de enfermedad. Dear May, this is for you. One day, you will be able to read it. Now, I send you only the photos with some text written in Chilean Castilian... Grandpa Pio- Pio Parede, viernes 17 de Enero de 2015. lautaro@netcabo.pt
La violencia dentro de la familia está a la orden del día. Es lo que se llama violencia intrafamiliar que muchos de nosotros combatimos, sin ningún éxito. Esa violencia puede ser de varias maneras. La que llama más la atención, son los gritos, los golpes, el castigo de mano armada, golpear con un cuchillo o un palo. Estas reyertas se denominan también crímenes. La violencia dentro de la familia es un delito que puede ser castigado con prisión, separación de los hijos de sus padres o, simplemente separar a as familias, levando a cada uno a un sitio diferente: o a la casa de otros parientes, un orfelinato o asilarlos en conventos. Apenas en el año de 2014, 40 mujeres fueron muertas por sus maridos, compañeros o amantes. De esos crímenes, resultaron más de 50 huérfanos en crianzas de menor edad que los abuelos, tíos o padrinos, amparaban y los criaban como hijos suyos. Como es evidente, no se iba entregar a los pequeños al padre o madre que castigaba, hasta porque, después de un juicio en tribunal de menores o en tribunales de adultos si de la reyerta resulta un muerto, no había padres consanguíneos para criarlos. Estaban a cumplir prisión por la violencia ejercida. Es extraño, pero son siempre las mujeres las agredidas. En el mes de agosto de este año de 2014, se organizó un grupo de mujeres que comenzaron por recordar y orar por las madres asesinadas, o las hijas expulsada de la casa por toda y cualquier nimiedad, por los hijos que quedaron sin madre. Esas mujeres juraron vengar la muerte de las madres y traer paz a esos hogares que eran abandonados porque no había adulto que tomara cuenta de ellos. La violencia doméstica genera más violencia. Las casas quedan vacías, el hogar que cobijaba ya no existe, ese grupo de dos, hombre y mujer, hoy en día también en lares del mismo sexo como permite la ley en muchos países del universo, especialmente en la Unión Europea en donde nació la idea, esa familia acaba y los niños y niñas son distribuidos en otras casas o en casas de albergue para hijos/as sin familia. Albergues que también generan violencia porque los adultos que las regentan, toman ventajas de los púberes que allí se encuentran y los violan con el delito de pedofilia. La legislación se puede leer en http://pt.wikipedia.org/wiki/Explora%C3%A7%C3%A3o_sexual#Legisla.C3.A7.C3.A3o . Delito o crimen que describí en un libro con la analista Blanca Iturra Redondo en 2012, editado por la Universidad Autónoma de Chile, sede de Talca: Yo María del Totoral, biografía de una mujer que hoy tiene 40 años, pero que a los diez fue penetrada por un primo adulto de 20 años, y más tarde, por un hombre de 25, con quién casó y tuvo hijos que abandonó, por su incapacidad de amar. Fue curada por la analista y coautora del libro, mi hermana Blanca Isabel Iturra de Toro. Pero hay otras violencias intrafamiliar, como la de chicotear un pequeño/a, dejarlo sin comer durante varios días, o encerar a los más nuevos en su cuarto, como analizo en mis libros de 1998 Como era quando no era o que sou. O crescimento das crianças, Profedições, Porto y en el del 2011: El caos da criança, Horizonte Editora, Lisboa entre otros en otras lenguas para otros países. La pregunta que da el título de este texto, viene de mi propia educación en una casa dulce y sana, no por burguesa o monárquica sino por el cuidado que imponían nuestros padres sobre nosotros: el amor y el respeto a los abuelos, a los tío y tías, a nuestros iguales y guardar la rabia, la soberbia y la altanería, solo para nosotros. Eran los tiempos en que había respeto entre las personas, cariño y cuidado. Con lecciones bien aprendidas, libros de Dickens bien leídos y ayudar en el servicio de la casa aún cuando hubiesen nanas y tías solteras, para cuidarnos y enseñarnos. Respeto y cariño a los padres y hermanos, padres que sabían enseñar los trabajos de casa, en que colaborábamos con las Nanas, las que también nos enseñaban por orden de los papás. Nada de esto está relacionado con a clase social. En todas ellas había violencia doméstico, cuando existían, y existían mucho más entre adultos que bebían más de lo normal. Todas las mujeres asesinadas por sus maridos, son el resultado del alcohol que se bebía en exceso. Por eso, quién manda aquí, es un título que resulta de estos tiempos modernos, en que impera la ideología de la acumulación capitalista. En el milenio pasado, había una mesada o un poco de dinero que se daba a los descendientes para durar y ser administrado durante un mes y así aprender el ahorro y la administración, en cualquier cultura del mundo. Hoy en día, la ideología del neoliberalismo que orienta las acciones sociales, es la que manda, sin oír adultos o a las personas que un día se habían amado. Hay un dictado portugués que dice: Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão , dictado que uso como moto en mi libro A religião como teoria da religião social, primera edición Escher, 1991, segunda edición Fim de Século, Lisboa, 2001
Lo hago mío otra vez para este ensayo. Raúl Iturra, 27 de diciembre de 2004 lautaro@netcabo.pt Es esto lo que quería decir.
Não me parece ser uma realidade, é apenas uma escrita livre. Vamos deixar as leis e a Constituição do Estado. É o dia de começar a preparar o Natal. Antigamente, era o dia de preparar a árvore, com luzes a cintilar, a espera de uma consoada que, no passado, era de bacalhau com repolho, batatas, ovos cozidos e couve lombarda, com vinho ou água-pé, a comida mais tradicional de Portugal nas aldeias, onde normalmente tenho passado a Noite Boa, com os trabalhadores rurais que habitam em elas. Todo isto, caso não se não houver peru, champagne, vinho do Alentejo, carne asada e presentes, como passou a ser a seguir o 25 de Abril de 1974. Havia trabalho bem remunerado, o emprego da força de trabalho estava sempre cheio, a Missa do Galo ou de meia-noite era antes da ceia ou consoada. O Natal era uma festa que não se perdia nas aldeias, começando já no lanche com rebanhadas e filhoses, que se iam comendo enquanto se esperava pela consoada. Nas casas da cidade e da burguesia ou das famílias com mais posses, o Natal era da segunda maneira referida antes. Mas, hoje em dia? Em frente de nós, há um orçamento que ameaça as nossas mudanças. Parece-me estar a tornar à aldeia de São João de Monte, na Beira Alta, perto de Vila Ruiva, onde a consoada eram sardinhas cozidas ao lume, uma para cada as 13 pessoas da família; ou na mesma Vila Ruiva, entre Nelas e Mangualde. Estive na festa da casa dos meus amigos trabalhadores rurais e comi o bacalhau tradicional, e os doces antes descritos, até me fartar. Por ser o analista de Vila Ruiva e escrever sobre eles, fui convidado a várias casas, entre elas, a dos morgados, uso que ainda existe na vida rural apesar da lei de Mouzinho da Silveira, casas com peru e vinho de Borba, presentes para mim e árvore de Natal com velas a arder, em duas casa apenas. Este ano, ninguém tem a coragem de gastar dinheiro em consoadas à laia burguesa, nem os burgueses. Não sabemos o que nos espera em frente das nossas vidas. Com um 30% de desemprego da força de trabalho, despedimentos da função pública, recortes de orçamento para escolas públicas e privadas, um gás e a eletricidade a subir, as medicinas não fornecidas às farmácias e, se aparecem, são tão caras, que em caso de doença, é impossível de comprar pelo alto preço por não serem retribuídas a comparticipação da Infermed. O nosso Natal é sem presentes, sem consoada por causa das poupanças que devemos fazer para um futuro incerto. A imagem tem um grupo de aldeões a se aquecer deste frio que nos mata, enquanto conversam e lembram o Dia da Liberdade, esses tempos em que as rebanhadas e as filhoses estavam na mesa para quem quiser comer antes da tradicional missa do galo. Poder, ainda é possível, mas o futuro próximo, se ainda estamos a espera de um veto para as alças de impostos, que já começaram, antes do orçamento ser lei? Quem não poupa, pode ficar na miséria, o orçamento de 2015 contempla subsídios recortados em treze meses, aumento dos transportes, impostos novos escalonados, passando Portugal a ser um país de pobres em risco de pedintes….Não há Natal este ano. Quem se arrisca em gastos, come o dinheiro poupado para a velhice da força de trabalho, ou para os consultórios médicos vazios que devem fechar por falta de doentes. Hoje em dia, até os magistrados, enfurecidos, por ser da administração pública, fazem greves. A justiça era naturalmente demorada. Hoje em dia, nem justiça existe. O Natal deverá ser em casa e com sopa de pão. Queria escrever um texto mais alegre, mas a realidade o não permite. Acabo de ir as compras da semana, é bem diferente. O compramos o mínimo para matar a fome ou corremos o risco de ser pedintes. Raúl Iturra Dezembro 18 de 2014 lautaro@netcabo.pt .Código para o vídeo: <iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/jqkMbk8eX6Y" frameborder="0" allowfullscreen></iframe> Código para ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=jqkMbk8eX6Y
Corrían los años de 1848. Europa estaba en revolución. Los estados italianos que querían unificación y librarse de la tiranía de la familia Borbón, que reinaba en parte de Italia, como en España. Bajo el comando de Garibaldi, los italianos, especialmente de Sicilia, se armaron e hicieron guerra a los Borbón, llevando como pendón las armas de la casa de Saboya, la más antigua, queriendo los italianos que ellos fueran sus reyes: italianos, antiguos y reyes antes que los Borbón les tiraran el poder en guerra. Pero no era suficiente. No eran solo las armas para un país católico como Italia, sede del Pontificado de la Iglesia Católica en Roma, lo que haría triunfar la revolución en eses país, como en los estados alemanes que también querían solo un Estado, unificando todos los pequeños reinos y principados en el esplendor de Alemania. Reinaba como Papa el Cardenal Giovanni María Mastai Ferretti, con el nombre de Pío IX. Había sido Nuncio Apostólico o embajador del Vaticano en varios países del mundo, entre ellos Chile. Como Papa, simpatizaba con los liberales y quería ver esa unificación. Tanto fue así, que se retiró de Roma y se refugió en una playa, Gaeta, para pensar, porque las revoluciones nunca más acababan. Quería una Italia libre, pero no al precio de la sangre derramada ni al de la pérdida del Estado Vaticano que era, en esos tiempos, toda Roma. Los Saboya retiraron ese privilegio y el Vaticano pasó a ser apenas un barrio largo y extenso de Roma, con todos los beneficios de un Estado. Pío IX no estaba contento por esa pérdida y por los procesos revolucionarios, que no paraban. El experto en la vida del Beato Papa Pío IX, Francesco Giulietta, reveló en un artículo publicado por L'Osservatore Romano, cómo el Pontífice decidió consultar a los obispos del mundo para proclamar el dogma de la Inmaculada Concepción el 8 de diciembre de 1854. Giulietta señala que la revolución que terminó con la proclamación de la "República Romana" en 1848 y forzó al Papa a refugiarse durante nueve meses en Gaeta –la ciudad marítima entre Roma y Nápoles-, tuvo un efecto profundo en el Pontífice, que como el Cardenal Giovanni María Mastai Ferretti, había simpatizado abiertamente con los movimientos revolucionarios europeos. "En este lapso de tiempo, en efecto, Pío IX perdió progresivamente confianza en los procesos de 'revolución' que tenían lugar en Europa y tomó distancia del ambiente católico liberal, comenzando a ver en el movimiento de insurrección, así como en la 'modernidad' de entonces, una peligrosa insidia para la vida de la Iglesia", escribe Giulietta. El experto señala que "comprender lo que aconteció en la forma de pensar de Pío IX en Gaeta tiene una relevancia histórica notable", que sigue siendo "una investigación aún poco explorada". Sin embargo, dice el historiador, sí consta que el tiempo del Papa en Gaeta fue fundamental para la decisión de proclamar el dogma mariano de la Inmaculada Concepción. "De manera un poco romántica en Gaeta, la tradición oral narra que fue la prolongada oración del Beato Pío IX frente a la imagen de la Inmaculada Concepción de Scipione Pulzone conservada en la espléndida Capilla de Oro del complejo de la 'Annunziata', la que lo convenció de la bondad y fundamento del dogma mariano", dice Giulietta. El historiador Baunard narra de Pío IX que contemplando el mar agitado de Gaeta escuchó y meditó las palabras del Cardenal Luigi Lambruschini: 'Beatísimo Padre, Usted no podrá curar el mundo sino con la proclamación del dogma de la Inmaculada Concepción. Solo esta definición dogmática podrá restablecer el sentido de las verdades cristianas y retraer las inteligencias de las sendas del naturalismo en las que se pierden'". Según Giulietta, el tema del naturalismo, que despreciaba toda verdad sobrenatural, podría considerarse como "la cuestión de fondo" que impulsó al Papa a la proclamación del dogma. "La afirmación de la Concepción Inmaculada de la Virgen ponía sólidas bases para afirmar y consolidar la certeza de la primacía de la gracia y de la obra de la Providencia en la vida de los hombres". El historiador señala que Pío IX, pese a su entusiasmo, acogió la idea de realizar una consulta con el episcopado mundial, que expresó su parecer positivo, y llevó finalmente a la proclamación del dogma. Es desde ese día en que se celebra la concepción de Jesús, como un ser humano descendiente del Espíritu Santo y de María su madre, que nunca conoció varón. Siendo hoy la conmemoración de las palabra ex cátedra de un Papa que es la única persona infalible del mundo para los cristianos, se conmemora este día, en conjunto con otro dogma: siendo una mujer impoluta, al morir años después del día de la Ascensión a su Padre, Dios, por su propio poder, ella fue Asunta o Asunción con cuerpo y alma al lado de su hijo, por el poder de Dios. Si es así o no, lo importante que el dogma fue declarado materialmente y consta en la historia y que todas las otras narrativas, son resultado de los sentimientos de fe de los seres humanos, que deben ser respetadas. Esto explica el día que conmemoramos hoy: una política lleva a un estado de fe llamado de mujer inmaculada y las revoluciones acaban en la vida material pr el dogma de Pío IX Raúl Iturra 8 de diciembre de 2014-12-08 lautaro@netcabo.pt
Devo confessar que, anos passados, pensei dedicar a minha vida a política. Era advogado e sabia a lei, com una certa profundidade. O meu desejo era dedicar a minha vida a defender criminosos ou Direito Penal, e assim fiz. Salvei muitos da cadeia. No entanto, reparei que a parte mais importante da legislatura era a constituição que divide o país entre os que entregam a sua soberania a outros, que agem por eles. O país é gerido por essa lei fundamental, que o divide entre judicial, executivo e legisladores. A confiança do povo é entregue a um grupo de cidadãos que fazem da sua vida um eterno mandar. Temos falado, desde Novembro de este ano que acaba, apenas de um caso, que cansa já. O escândalo não está nos crimes e enriquecimento hipotético. O perigo está no poder que possuem, nos impostos que mandam pagar, na obrigação de pagar às finanças parte do que ganhamos, a manipulação dos salários e o seu saber da lei e de como contorna-la. O escândalo é depositar a nossa soberania em pessoas em que confiamos, mas não sabemos o uso que farão do poder, que a constituição protege com direito a imunidade. A imunidade é o que garante que trabalhem para o povo, mas sem o povo que é ouvido mas não protegido. Hoje estamos em frente de uma fraude não provado. A imunidade protege as ações desleais. Acreditava na frase de Lincoln que o o governo é do povo, para o povo e com o povo. Ideia que o levou a ser assassinado, como o caso do mártir internacional Salvador Allende no Chile ou John Kennedy nos Estados Unidos de América, baleado ele e, mais tarde o seu irmão Robert Kennedy, quando corria para as presidenciais dos Estados Unidos. Ou Martin Luther King, quem defendia os direitos dos afro-americanos e foi silenciado por una bala no meio de um discurso público. O escândalo é que o poder divide entre os imunes à lei, e todos nós que devemos prestar contas das nossas atividades às finanças primeiros, no parlamento depois, e perante os juízes, eventualmente, que lançam uma pesada mão sobre as atividades políticas. O caso Marquês, como é denominado o de Sócrates, até cansa não só de ouvir, bem como oculta outros possíveis latrocínios ocultos pela imunidade. O caso Marquês, já farta. É preciso expurgar outros para saberes porquê entram pobres ao poder e enriquecem em quanto exercem o poder político e governam sem o povo. O escândalo está em exercer poder sem prestar contas, apenas a sua ideologia e a Procuradoria-Geral de uma república. Ainda bem que não segui a carreira da política e mantive-me como um simples cidadão, dedicado à ciência. O escândalo do governo de um povo é a imunidade dos que exercem poder. É o que o caso Marquês me leva a pensar. Escrito após o estudo deste caso com minucia e interesse para que o governo seja como Allende e Lincoln diziam: do povo, com o povo e para o povo. Como Marx ensinou e muitos imunes praticam, especialmente a esquerda do governates. Raúl Iturra 7 de Dezembro de 2014 lautaro@netcabo.pt
Não há pior esmola que a do um cego que quer ver. Não apenas quer ver. Quer também que o seu caso se julgue e ser visto e ouvido por todos por causa da arbitrariedade da sua prisão, e o escândalo como foi feito. Nós, juristas, cometemos tropelias sem saber que fazemos mal. Estou a referir, naturalmente, o caso de um antigo Primeiro-ministro que foi caucionado com pena de prisão enquanto se realizavam diligências para provar a sua culpabilidade ou inocência, em diversos crimes, como referi no texto de ontem. Nós juristas e cidadãos, não suportamos ver um bom governante ser interrogado por um magistrado de direito criminal durante quatro dias, sem descanso nem consideração. Hora após hora, tres dias ou quatro de interrogatório sobre matérias que não conhecemos. Nós e psicanalistas, não queremos ver um compatriota ser punido com tanta interrogação. Nós, juristas e pais, louvamos o filho que advertiu o hipotético prisioneiro, telefonar seu pai e advertir que si aparecia por Lisboa, seria encancerado. Nós, juristas e escritores, vivemos essa dor de ver um homem justo, até prova em contrário, ser considerado culpado de factos que estão a ser investigados, sem que, após mais de dez dias, se encontrem provas acusatórias. Nós juristas, enfim, sabemos que a investigação pode-se realizar com o ilibado de faltas, em liberdade. Nós, juristas, sabemos que temos corpo y que esse corpo está garantido para circular em liberdade, até se evidenciar que era un delinquente. Esto é o habeas corpus: a nossa pessoa, palavra grega que significa máscara para ocultar a cara de quem fala e não se saber dos seus sentimentos e que muda conforme as palavras ou ideias que profere, vemos no detido apenas sempre a mesma máscara, porque não viste nenhuma, usa a cara que tem, como garante a constituição. Realiza os factos do seu trabalho, como a Lei Fundamental garante, anda pelo mundo, conforme os seus meios, como cidadão livre. Os tempos do Império Romano caíram em desuso faz séculos, para precisar, quando Roma passou a ser Bizâncio e os cidadãos recuperaram a sua liberdade. No Império romano, apenas os nascidos en Roma eram seres livres, tinham corpo para andar e usar livremente, sempre que não for o caso de entrar en atividades delinquentes, atentando com a liberdade dos outros. Foi de Roma e da Revolução, que nasceu a liberdade ou o direito a ter corpo e usa-lo-lavra latina que significa ter-habes. Nós, juristas, analistas e escritores, respeitamos o habes e o garantimos com a lei, até prova em contrário. No caso que falo, o habes tem sido ignorado e, pior ainda, o habeas corpus passou a ser um não direito, nunca usado pelos magistrados. A lei não é uma orientação para a justiça, é apenas uma manipulação conforme os interesses de cada juiz, a sua ideologia e a sua senilidade no saber. Furiosos estão os que confiam na Constituição, furioso está quem escreve estas palavras, por ver um governante bom, ser injustiçado. Sem prova nenhuma, o habeas corpus ou o uso do corpo que se tem em liberdade, a interposição do recurso não apenas foi diferida, bem como a punição cresceu sem provas para dois anos de pesquisa, com um inocente cidadão en prisão de alta segurança. Sem visitas e até dois anos de sentença de prisão, tribunais ignorados, julgamento inexistente: uma vida que quer ser vista arruinado. Mas, enquanto mais se some-te a calvário, menos confiança na lei, mais credibilidade em ser um caso político para os que não querem ver pessoas de centro esquerda, governar. Habeas corpus, torno a dizer significa "que tenhas o teu corpo", e é uma expressão originária do latim. Habeas corpus é uma medida jurídica para proteger indivíduos que estão tendo sua liberdade infringida, é um direito do cidadão, e está na Constituição. Os magistrados deviam ir a prisão por esta canalhada.
Raúl Iturra 4 de Dezembro de 2014. lautaro@netcabo.pt
No artigo 34º da Constituição do Estado português, como na do Estado espanhol, define magistrados ad-hoc, para decidir casos de cidadãos em prisão por mais de 48 horas sem que se estabeleça a sua culpabilidade ou inocência. Essa é a lei e o tribunal é arbitral: corresponde aos magistrados decidir se o recurso é ou não aceite ou se existem forte indícios da sua culpabilidade que obrigam a detenção preventiva. No dia 20 de Novembro de este ano de 2014, quinta feira, o filho mais velho de José Sócrates solicitou ao seu advogado telefonar a seu pai a Paris, para advertir que se aparecia em Lisboa, seria detido por suspeitas de crimes que hoje em dia todo o mundo conhece: vai ser acusado pelos crimes de branqueamento de capitais, fraude fiscal, corrupção nos casos BES, BPN, SLN, Monte Branco, Face Oculta, Vistos Gold. Para proteger os seus cidadãos, especialmente os que têm ocupado altos cargos na hierarquia de um governo, como Primer-ministro, líder de um partido, parlamentário e outros que todo o mundo conhece, a lei protege os habitantes de Portugal com esta forma arbitral de acelerar a ação da justiça, que tem a fama de ser lenta no Estado português. Bem podia José Sócrates, quem fora Primeiro-ministro tres vezes, passar meses detido enquanto se procuram provas para estas acusações que, até o dia de hoje, não têm tido base de sustentação. O primeiro em visitá-lo na prisão de alta segurança de Évora que Sócrates mandara construir na sua primeira eleição como PM, foi o antigo Presidente da República Mário Soares, a ex-mulher do ainda no convicto acusado, deputados do PS e amigos, tendo aparecido também o Dr. Almeida Santos, antigo Presidente da Assembleia de Portugal e Presidente honorário do Partido. Amigos, advogados, familiares e altas patentes dos governos socialistas, incluindo un Pastor Luterano, têm ido a Évora para o visitar. O cante e dança alentejana, elevado recentemente a património imaterial da humanidade, dançou para ele na rua em frente da prisão. Não sabemos se o recurso vai prosperar ou não, corresponde ao Magistrado ad-hoc decidir, mas mais de 20 advogados têm-se somado a este recurso que, conforme a lei penal, cabe invocar a seu advogado. Sócrates sabia o que o esperava, mas sem temor apareceu na Portela e foi de imediato levado em frente de um Magistrado de investigação criminal, quem o interrogara sesta à noite, sábado, domingo e segunda decretando a medida de coação que todos sabemos, sem provas nem indagações. Se o recurso prospera, seria indicio da inocência do acusado. Se não prosperar, o antigo Primeiro-ministro passaria meses em cadeia, até que um dos cargos ser provado. A lei tem sido dura com o indigitado alto mandatário e todos pensam que o recurso não será aprovado. Sócrates sente-se livre e inocente, como há escrito em duas cartas pública endereçadas para os meios de comunicação e para a cadeia de TV RTP 1 Há um corpo de aderentes socráticos que faz vigília, por turno, frente a prisão de Évora, visitada também pela antiga e atual governadora da cidade. Nenhuma de estas atividades tem demovido o juiz de instrução criminal, das suas provas de coação, o que faz duvidar que o recurso prospere. A uma forte inquina contra o prévio a o atual, Primeiro-ministro, que faz suspeitar de existir ideias e ideologias políticas dentro da indagação, o que não separa o político do foro criminal, como manda a lei. Se for do foro politico, o tribunal que julga e a Assembleia; do criminal, o ministério público. Esperemos com paciência socrática essa decisão, que, de não ser aprovada, poderia manter o arguido anos en prisão, enquanto se pesquisa a us inocência ou culpabilidade. Talvez apenas uma mudança de governo e de Assembleia, poderiam mudar este tratamento para un injustiçado Sócrates. Raul Iturra 3 de Dezembro de 2014. lautaro@netcabo.pt
José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa GCIH (Vilar de Maçada, Alijó, 6 de setembro de 1957) é um político português. A sua história é sobejamente conhecida, especialmente durante estas semanas mais recentes. Para quem não a conheça, a pode ler em http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_S%C3%B3crates Originalmente, na sua juventude, fez parte dos jovens membros do Partido Social Democrata. Estudava em Coimbra Engenheiria e passou para o Partido Socialista, até ao dia de hoje. Governou Portugal como Primeiro-ministro entre o 3 de Março de 2005 até o 24 de Junho de 2011. Foi antecedido por Pedro Santana Lopes e sucedido por Pedro Passos Coelho do PSD em coligação com o partido Social Democrata presidido por Paulo Portas como Vive Primeiro-ministro. Tenho estudado a sua historia, por demais interessante e comentado no jornal Correio de Manhã durante duas semanas. Acabado o seu governo, passou a ser militante do PS, solicitou licença para aprofundar os seus estudos em Paris. Diz ter solicitado um empréstimo à Caixa Geral de Depósitos para solver os seus estudos em Paris, onde habitou uma casa mansão no bairro mais caro de Paris, que pagava com dinheiros transferidos pela sua mãe e dos seus trabalhos na empresa de engenharia criada por ele e sócios em Paris. Avultadas sumas de dinheiro eram transferidas pela sua mãe a sua conta de Paris para o seu sustento. Desde o ano do escândalo a Face oculta, começou a ser investigado. De ode vinha tanto dinheiro para a sua vida, pagar motorista e usar carros de marca para o seu transporte. A historia é pública e conhecida, só ver a TV e ler or jornais, sabemos de imediato que foi acusado de fraude ao fisco, branqueamento de capitais e corrupção durante o seu governo. Não há provas destes factos. O processo está na etapa de investigação pela justiça: um juiz inquisidor bem como a Procuradoria-Geral da República. Por temor a interrupções no julgamento inquisitório e destruição de provas, juiz inquisidor, Carlos Alexandre, determinou medida de coação que levaram, após de quatro dias de inquérito presencial, o arguido a prisão em Évora, uma prisão de segurança máxima inaugurada por ele em 2006. A história some e segue, como é possível ver em todos os meios de informação, até o cansaço. Há o recurso de habeas corpus que manda que qualquer detido não pode permanecer em prisão mais de 48 horas sem ser visto por un juiz de instrução criminal. Sócrates não teve que esperar. A sua chegada a Portugal estava anunciada para a sesta feira do 14 de Novembro, e apareceu. A sua chegada era esperada pela panóplia da média, como repórteres e televisão e um conjunto de guardas de segurança que o levaram de imediato perante o juiz -sesta, sábado domingo e segunda- o melhor Primeiro-ministro de Portugal foi caucionado para a pena de prisão enquanto a investigação continuava. Mais nada se acrescenta sobre a história por ser tão conhecida. Entrou na prisão de Évora o dia 17 de Novembro as 3 da manhã. Sabemos que tem sido visitado por antigos Presidentes da República, governadoras civis de Évora, mulher, filhos e uma lista de visitas que ele próprio fabrica porque há os que não quer ver e também quer descansar e ler. A minha questão neste pequeno texto, é apenas uma: porque se sabia o que lhe esperava, uma detenção, não fugiu para outro país? Penso eu que fugir era comprometer a sua honra e declarar culpa que, até agora, não tem sido provada. É verdade que há o computador Magalhães do Governo que apagou todo os dados sobre o engenheiro. É verdade também que desde Junho deste ano, como comentador da TV, tinha começado a aparecer acusações sobre a honestidade de comportamento como governante e ele tinha que se defender da forma habitual simpática de acusações não provadas, ou, simplesmente, inexistentes. Passou ma semana em silêncio, até o dia de escrever uma carta enviada para o jornal o Público, em que acusa da humilhação que sofreu com o escândalo em que foi convertida a sua prisão. Acusa os médios de comunicação de perseguição. O que pensará quando está só? No escândalo feito e em separar o PS do caso da sua pessoa. Ele continua PS, mas não quer envolver o partido, menos ainda o candidato a PM, em assuntos organizados contra a sua pessoa, que, entretanto, nada se tem provado, mas a pesquisa continua, sem nenhuma relação com os seus investigadores. Lamento esta instância. Se culpado, apenas um julgamento em tribunal pode decidir. Existe a presunção de inocência de todo cidadão garantida pela Constituição, apelo no qual me acolho para não sentir mais essa cabala organizada contra ele para que os ambiciosos de poder possam agir impunemente, porque como diz a Dra. Leite de Vasconcelos, para o governo somos números e valor. Para Sócrates fomos sempre pessoa que nos defendera. Há uma permanente vigília na cadeia de alta segurança de Évora para Sócrates saber que o povo o acompanha. Sócrates não fugiu por ser inocente, até prova em contrário passado por tribunal de julgamentos. Raúl Iturra 28 de Novembro de 2014 lautaro@netcabo.pt