Todos os dias o BE acrescenta linhas vermelhas às ajudas ao Novo Banco.
O BE está a acrescentar todos os dias linhas vermelhas à questão do Novo Banco", acusa João Paulo Correia. "O Bloco foi sempre contra que o Estado emprestasse ao Fundo de Resolução. Agora o Governo ultrapassou essa questão e o BE acrescentou outra", critica o deputado em declarações ao Negócios.
Vamos buscar o dinheiro aonde ele esteja como diz Mariana Mortágua e ser radical é isto mesmo. Os outros que se adaptem ao que o BE pensa e exige.
O PS tem que seguir em frente e deixar o BE a falar sozinho. Por muita bravata que tenha vai ter que aprovar o orçamento nem que seja por se abster. O BE não pode e não quer ser responsabilizado pelas decisões difíceis que a presente situação exige. Ser radical é isto mesmo.
São soluções perigosas que destroem o banco", dramatiza o deputado, lamentando que as outras frentes da negociação do Orçamento do Estado, que "têm avanços", não estejam a ser valorizadas.
Rui Tavares começou por implementar no partido uma matriz ideológica socialista, mas, com a eleição directa de Joacine para cabeça de lista em Lisboa, o discurso mudou para radical.
É que o ativismo radical, de que Joacine Moreira se reclama seguidora, é uma ideologia provocatória que se baseia na subversão de todos os consensos, por meio de práticas como o desafio, a vitimização, a encenação e, no limite, a desobediência civil. E se tal é legítimo em ditadura, quando as liberdades estão condicionadas, deixa de fazer sentido em democracia, onde estas são garantidas.
O ativismo radical de Joacine Moreira subverte estes princípios salutares, com o objetivo de impor exclusivamente a vontade das minorias, condicionando todos os que não se revêm nas suas ideias, acusando-os prontamente de racistas, preconceituosos, homofóbicos, e por aí fora.
Sem as posições disparatadas do BE e do PCP quanto à UE e ao Euro, a esquerda na Grécia tem fortes possibilidades de chegar ao governo. É uma experiência que ainda não tivemos mas que a democracia assegura. E é muito importante, porque vai mostrar se as políticas que vier a apresentar fazem parte da solução. Desde logo porque sai do seu espaço de conforto, de contestação e de propostas irrealistas como temos em Portugal. Governar é a arte do possível e a esquerda radical Grega para ser tomada a sério, vai ter que ser aceite pelas propostas concretas que apresentar. E isso é muito mais difícil do que vender sonhos. E até pode ser que leve a esquerda radical do resto do sul da Europa a juntar-se à volta de um conjunto de políticas credíveis. A "experiência-piloto" de um Governo de esquerda radical na Europa vai acontecer na Grécia, "porque o Syriza está mais próximo do poder do que os outros movimentos de esquerda alternativos europeus". "Acho que nos devemos manter na UE, mas temos de mudar o quadro europeu", realça. "Há muitas ferramentas para mudar o sistema dentro do sistema", observa, destacando a importância da "colaboração" com outros movimentos de esquerda do Sul da Europa."
Ora nem mais, saltar para dentro da piscina. Só assim se sabe se a água está ou não fria. Esta "experiência piloto" vai representar para o PCP e para o BE uma ameça temível.