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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A democratização da Rússia exigia uma prosperidade partilhada

O economista prémio Nobel Joseph E. Stiglitz garante . A democratização da Rússia exigia esforços que visassem a garantia de uma prosperidade partilhada, em vez de políticas que geraram uma oligarquia .

Demasiados países do antigo bloco soviético permanecem sob o controlo férreo de líderes autoritários, incluindo alguns, como o presidente russo, que aprenderam como manter uma fachada eleitoral mais convincente do que a dos seus antecessores comunistas . Promoveram o seu sistema de "democracia não liberal " na base do pragmatismo, em vez  de uma qualquer teoria universal da história. Estes líderes alegam que são simplesmente mais eficazes a pôr as coisas em prática.

Isto é verdade quando se trata de estimular  o sentimento nacionalista . Mas no campo económico foram menos eficazes a estimular o crescimento no longo prazo.

Antigamente uma das duas  super potências mundiais, o PIB da Rússia é hoje cerca de 40% do da Alemanha e pouco acima de 50% do da França. A esperança de vida à nascença é a 153ª do mundo logo atrás das Honduras e do Cazaquistão.Não evoluiu para uma economia de mercado "normal" mas antes para uma estranha forma de capitalismo estatal e de compadrio.

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Nós não vamos mudar a Rússia mas podemos mudar o Panamá

A questão dos Papéis do Panamá não terá nenhum efeito nos países totalitários onde não há liberdade de imprensa. Na Rússia, na China, em Angola...não é possível mudar mas é possível fazer alguma coisa no resto do mundo onde há liberdade. É também a opinião de um ex-ministro soviético :

“Eu fiz isto para ser visto pelo senhor [David] Cameron. Porque nós não vamos mudar Putin ou a Rússia. Nunca vamos conseguir mudar uma cleptocracia, já perdi essa esperança há muito tempo”, garante. “Mas, no resto do mundo, podemos pelo menos tentar fazer alguma coisa. Dá para mudar as leis do Reino Unido e passar a obrigar os offshores que tenham propriedade cá a divulgar as listas de ativos todas e os nomes que estão por detrás. Se isso acontecer, não vão poder esconder o dinheiro.”

Eu sei como esta gente trabalha. Eu já trabalhei com esta gente, fui banqueiro e capitalista na Rússia durante tempo suficiente para perceber como eles são. Por cada meia-medida que o Governo tomar, eles vão arranjar várias para dar a volta ao sistema. Portanto, a única maneira é haver uma divulgação total de dados.”

Há presidentes perfeitos

O opositor político critica duramente o Presidente e é morto logo a seguir num dos locais mais vigiados do país mas que, naquele momento, e não noutro, tinha as câmaras de vigilância desligadas e não havia polícia por perto apesar de ser um dos locais mais vigiados do mundo.

Perante o clamor mundial contra o assassinato logo se prendem uns tchetchenos e um deles confessa ser o autor do crime. O sexto suspeito suicida-se. Temos pois um culpado confesso e vivo e um culpado morto e confesso.

Os outros presos têm álibis.  O Presidente também tem alibi. Vários ministros viram-no a trabalhar num dos lugares mais vigiados do mundo.

 

Na Rússia a morte saiu à rua

As amplas liberdades na Rússia permitem que o poder assassine adversários políticos, encerre órgãos da comunicação social e todo o poder se concentre num só homem. Na Venezuela a situação é pouco diferente. Em ambos os países os cidadãos têm imensa dificuldade em se abastecer de produtos de primeira necessidade.

"A 01 de março ele ia encabeçar uma marcha de grandes dimensões [em Moscovo] para demonstrar que existe outra Rússia, que quer a Ucrânia, que respeita os direitos humanos e para quem a palavra 'liberdade' tem significado".São estes combatentes da liberdade que são assassinados ou presos.

Boris Nemtsov expressou também a sua posição sobre a crise económica atravessada pela Rússia. "A causa da crise é a agressão (da Ucrânia), que foi seguida de sanções, e de fugas de capitais, tudo por causa da agressão sem sentido travada contra a Ucrânia por Putin", acusou Boris Nemtsov que, tal como Kiev e o ocidente, considerou que Moscovo enviou tropas para apoiar os separatistas pró-russos no leste, algo que o Kremlin sempre negou.

 

 

A Ucrânia escolhe a União Europeia e a liberdade

A Ucrânia iniciou um processo de desagregação territorial para sobreviver à sua situação geoestratégica. Com ganhos para a sua posição política entre a UE e a Russia. Politicamente, parece ser um passo rumo ao ocidente. A maior autonomia nas regiões separatistas, afastando Bruxelas dos países que estão na órbita da Rússia, garante o equilíbrio. E o gás vai jorrar no próximo inverno e o rublo, a moeda Russa, vai voltar a apreciar-se com o fim do embargo comercial.

Com o Estado Islâmico a ameaçar tudo e todos voltou a negociação política. Putin, que queria chegar a Kiev em duas semanas, vai ter que refrear os intentos para melhor momento. Que pode nunca mais voltar. Para uma primeira impressão só há uma oportunidade e Putin não conseguiu ir além das regiões mais próximas com população de raiz russa. Foi a partir da Ucrânia que os povos povoaram o que é hoje o território russo. Falam a mesma língua e a maioria dos Ucranianos não esquece os anos de protectorado da ex-URSS. Todas as democracias saídas da desagregação da União Soviética uniram-se à UE ou estão a caminho.

 

 

 

Para a Rússia é intolerável a Ucrânia juntar-se à UE

Se nos colocarmos no lugar da Rússia é fácil perceber que a anexação da Ucrânia à UE é intolerável. O Ocidente aproximou-se da Rússia convencido que a interdependência económica esbateria a natureza imperial do estado Russo. Um erro crasso. Foi a partir da Ucrânia que nasceu o povo Russo e a língua é praticamente a mesma. Putin não permitirá nunca ficar sitiado na Praça Vermelha.

  Antes de terminar queria propor-vos uma outra perspectiva, contrária às anteriores. Refiro-me a um ensaio publicado na última edição da Foreign Affairs no qual John J. Mearsheimer, um professor de relações internacionais da Universidade de Chicago, defende a tese de que a culpa de tudo o que se está a passar é do Ocidente e do seu desejo de integrar a Ucrânia na União Europeia, porventura até na NATO, algo que a Rússia sempre considerou intolerável. Vale a pena conhecer os seus argumentos: ( o observador)
The crisis there shows that realpolitik remains relevant -- and states that ignore it do so at their own peril. U.S. and European leaders blundered in attempting to turn Ukraine into a Western stronghold on Russia’s border. Now that the consequences have been laid bare, it would be an even greater mistake to continue this misbegotten policy.

 

 

 

A tragédia de ter um míssil e não ter o resto

O que se pode ler é que a tragédia do avião comercial abatido foi um erro trágico de quem tem mísseis mas não tem nem competência nem tecnologia para o usar. Colocar um míssil nas mãos de um "separatista" à socapa e sem tempo para o instruir dá em tragédia. Porque um exército organizado com cadeia de comando estabelecida tem toda a competência e tecnologia para saber que tipo de avião voa a 10 000 metros de altitude. E, não havendo dúvidas quanto a essa capacidade, a pergunta que se coloca é : quem e o que se ganharia com o abate do avião? As dificuldades postas ao acesso ao local da queda dos restos do avião explicam o resto. E sabe-se quem controla o local.

E é também claro que o míssil veio da vizinha Rússia directamente interessada na guerra não declarada que se trava na Ucrânia. 

Calculo o que seria em páginas bombásticas e em títulos indignados se tais evidências apontassem para o Ocidente.

It seems

  • It seems plausible already to suggest that a regular army (whether Ukrainian or Russian) would usually have identified the radar image of a civilian airliner flying at 33,000 feet, while a group made up solely of local militants (even ones with military experience) would not ordinarily have had the technology and skill to launch such an attack without outside help. It is precisely the ambiguous mixtures created by Mr. Putin’s völkisch version of the “responsibility to protect” that produce such disastrous possibilities. He subverts and calls into question the authority of the government of a sovereign territory, and then blames it for the result.
  • na revista Time, Robert Goyer, director da revista especializada Flying, explica como é que processará a investigação e não duvida de que esta encontrará pistas concludentes: “once they find the chemical signature of the device, they will be able to tell with great certainty what kind of explosive caused the damage and very likely where that charge was manufactured and by whom.” A The Economist argumenta que a evidência já conhecida deixa pouco lugar para dúvidas: “It all suggests a tragic mistake made by reckless incompetents who may or may not have been receiving direct help from Russian handlers, who may or may not have been operating with official approval”.

 

Todos somos Ucranianos

Vieram para Portugal e para o ocidente trabalhar. Fugiram do passado e da ditadura. Todos conhecemos cidadãos ucranianos e os seus filhos loiros que brincam com as nossas crianças. Bem sabemos que, para sua desgraça a Ucrânia, geograficamente, está no inferno. A Rússia tem a energia com que aquece o inverno frio. A Europa tem a democracia e a liberdade.

O que se vê neste vídeo já vimos noutros lugares e noutras circunstâncias. É o povo que derruba estes símbolos.Cerca de 200 000 Ucranianos estão concentrados em Kieve e a oposição ao governo espera reunir um milhão de pessoas,  para reclamar a demissão do presidente Ianukovitch, depois de este ter rejeitado um acordo comercial com a União Europeia, optando por uma maior aproximação à Rússia.

Empunhando bandeiras da Ucrânia e da União Europeia, os opositores ao atual Governo enchem a Praça da Independência, onde foram instaladas várias tendas. "Estamos aqui por um futuro europeu da Ucrânia para os nossos filhos e netos. Queremos que a justiça reine em todo o mundo e que o poder pare de roubar", disse um dos manifestantes, Viktor Melnitchuk, 52 anos, citado pela agência France Presse.

 

Há quem veja um futuro feliz para Portugal fora da União Europeia e do Euro!

 


Rússia ameaça a União Europeia por causa de Chipre

Parece que as guerras começam ou passam sempre pelo Chipre. Esta é uma guerra politica ou financeira ou o que lhe quiserem chamar mas as acusações já chovem de ambos os lados . Entre 41% e 42% das reservas Russas de moeda são euros e serão reduzidas se a UE manter as taxas sobre os depósitos em Chipre. A aplicação de uma taxa sobre os depósitos nos bancos cipriotas, onde empresas e cidadãos russos têm, segundo o governador do Banco Central do Chipre, entre 4,9 e 10,2 mil milhões de euros (incluindo os activos de todas as empresas presentes na ilha), aumentou consideravelmente a tensão entre Moscovo e Bruxelas.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/russos-ameacam-uniao-europeia=f795153#ixzz2OEVXSWIm
Esta situação é capaz de levar a srª Merkell a abrandar na sua cegueira e os outros países ganhem com isso.