O relatório da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) sobre as reclamações no setor em 2018, divulgado esta segunda-feira, aponta globalmente para mais de 84 mil queixas recebidas relativas a unidades de saúde públicas, privadas ou sociais, um aumento de 20% face a 2017, dados que já tinham sido apresentados em maio pela presidente do regulador no parlamento.
O documento divulgado esta segunda-feira detalha as informações sobre as reclamações, mostrando que 67% das queixas respeita ao setor público, 23% ao privado, 8,9% nas unidades em regime de parceria público-privada e 1,2% no social.
Eu acho que Sócrates, face às quebras do segredo de justiça, tem todo o direito de se defender. Mas falar muito pode levar a contradições como se pode ler no presente texto do Jornal i.
Os empréstimos pedidos ao amigo e o empréstimo pedido à CGD para suprir a falta de liquidez. A venda da casa para suprir a falta de liquidez ainda e sempre. É demasiada falta de liquidez para quem levou uma vida de alta qualidade em Paris. E não saber quanto deve ao amigo. Empréstimos são para pagar.
O que o PS não pode querer é que a Lei atenda ao facto de "ele ser dos nossos". Já no caso Casa Pia foi esse o grande argumento. Receber um dos seus acabado de sair da prisão em plena Assembleia da República, como se o caso fosse político, leia-se, "uma perseguição" ao PS.
Sócrates não se cala porque não quer sair do centro da política, cairia rapidamente no esquecimento mas as palavras são como as pedras, uma vez lançadas não há como as reter. António Costa faz o que pode para sacudir o problema para longe.
E a Justiça não pode perder a credibilidade que lhe resta o que, pode levar os seus mandantes a exageros e a decisões precipitadas. O PS está no meio de uma tempestade perfeita com Sócrates no olho do furacão. E a Lei está acima de todos.
As famílias vão avançar com queixa crime . Esta poderá ser a única forma de as famílias conseguirem saber o que se passou na praia do Meco naquela noite. A queixa deverá envolver não só o "dux" João Gouveia como a própria universidade - Lusófona - e mais pessoas que os telemóveis e os computadores revelaram terem estado presentes ou que sabiam da "praxe". Há ainda outras informações que chegaram aos pais das vítimas por iniciativa de estudantes da universidade que estão contra as praxes.
Este silêncio a que se remeteu o sobrevivente é, evidentemente, estratégico e aconselhado por advogados. Está no seu direito. Mas as famílias também têm o direito de saber o que levou à morte os seus entes queridos. As famílias constituíram-se como "assistentes" no processo levado a efeito pelo Ministério Público e também não se sabe se por essa via conseguiram saber mais e avançar com o processo crime.
Uma coisa parece certa. Não podem morrer seis pessoas sem que se saiba em que condições quando há um sobrevivente. E há que esclarecer tudo . De outra forma as praxes imbecis e violentas continuarão a fazer vítimas.