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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Bater com a cabeça no chão nos hospitais públicos não é coisa que preocupe o BE

O escarcéu que se levantou quando se soube que num hospital com gestão privada os doentes repousavam em camas instaladas no refeitório, não teve correspondência nas anunciadas mortes de doentes em hospitais públicos por caírem da cama e fazerem traumatismos cranianos.

O facto de tal drama ter acontecido a um conhecido dirigente do PCP trouxe a questão para as primeiras páginas dos jornais, sabendo-se agora que há muitas dezenas de tais quedas por ano. O BE nunca se interessou em denunciar tais factos. Compreende-se, acontecem em hospitais públicos.

É claro, que o que está na origem de tais dramas é a enorme procura de cuidados hospitalares muito acima da oferta instalada. Quem deita a primeira pedra aos profissionais que todos os dias têm que enfrentar situações que estão muito para lá da sua capacidade ?

Mas o BE ( e também o PCP) estão muito preocupados em reduzir a oferta privada assim aumentando a pressão sobre hospitais onde morre gente que cai das camas .É que há 1,8 milhões de pessoas com seguros de saúde que recorrem aos hospitais privados, centenas de milhar de consultas e outras centenas de milhar de actos cirúrgicos executados. Há maior ajuda a um SNS subfinanciado e subutilizado na sua capacidade instalada?

Mas resolver estes problemas sistémicos que mexem com interesses instalados e proteger os mais débeis da equação é coisa difícil de fazer.

Falar em ideologias idiotas é fácil .

A evolução do desemprego é uma boa notícia.

Em Fevereiro registou-se a maior queda do desemprego nos últimos 28 anos. É uma boa notícia. Mas atenção nada de embandeirar em arco é que há cuidados a ter na leitura dos gráfico :

O número de desempregados inscritos no final do mês (o chamado "stock") é influenciado não apenas pelo mercado de trabalho mas também pela execução dos programas de emprego e pela evolução do número de desempregados de longa duração, que podem deixar de ter incentivos para se inscreverem.

Na comparação face ao mês anterior, apenas a região de Lisboa registou em Fevereiro um novo aumento em cadeia.

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Assis antecipa fim rápido do governo

Como aqui tenho várias vezes escrito António Costa procurará ser dele a iniciativa de derrubar o governo. É impossível que seja de outra forma tal a pressão a que se sujeita no actual modelo. Não pode contar com os seus "apoiantes" e depende do sentido de estado de Passos Coelho. É estar ligado à máquina .

Assis defende que a solução que Costa encontrou à esquerda o obriga a “governar em permanente estado de tensão procurando uma relação direta com o país, dramatizando deliberadamente os problemas que facilmente poderá antecipar”.

Com essa estratégia, acredita Francisco Assis, Costa coloca-se “numa dimensão quase suprapartidária” e ganha margem para ser ele próprio o criador de uma crise política que sirva o propósito de o libertar das negociações permanente à esquerda e de clarificar a situação política.

Dito de outro modo, será António Costa o mais interessado em encontrar um pretexto para ir para eleições antecipadas.

Onde o desemprego mais desceu

Portugal e Espanha. Em Outubro subiu 0,2 o que deu imediatamente para os detentores da verdade apregoarem aos quatro ventos que estava tudo a falhar. É a tal superioridade a que se atribuem. Uma falsidade. Mentem como os outros. "Apesar da subida da taxa de desemprego no mês de Outubro, em uma décima para 13,4%, Portugal continua a ser o país da Zona Euro onde a queda em termos homólogos é a mais acentuada."

"O número de casais desempregados fixou-se nos 11.563 em Outubro, menos 7,6% em termos homólogos e um recuo de 1,5% face a Setembro, segundo dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP)."

economia Portuguesa cresceu 1,1% no 3º trimestre face a igual período do ano passado empurrada pelo consumo das famílias. Estes dados mostram que as pessoas estão a viver melhor.

As quedas do BES e da PT mostram que o país está melhor

Cresceram à sombra do amiguismo, dos jogos de poder, dos investimentos sem retorno. Mantiveram-se à conta de favores e num ambiente que mudavam a seu belo prazer. Não tinham que cumprir regras nem compromissos e não davam explicações a ninguém. Não tiveram concorrência. Tinham aos seus comandos gente da melhor, os melhores gestores e CEOs ganhadores de prémios internacionais. Compravam tudo o que mexesse . E garantiam emprego "às famílias".

Até ao dia que tiveram que dar explicações. Que accionistas independentes e habituados à dura luta dos mercados concorrenciais se opuseram às batotas e às facilidades.Os amigos no poder abandonaram-nos arrastados também eles pela transparência e por instituições acima dos interesses mesquinhos que sempre os moveram.

De repente deixaram de ser pagos principescamente e passaram a indesejados. De "donos disto tudo" passaram a "devedores de todos". Afadigam-se agora a pagar milionariamente a advogados, também eles milionários, para os salvar perante a Justiça.

Se "estes" que estão agora no poder tivessem cumprido com o que lhes era exigido. O dinheiro sem falta e as leis cozinhadas com os temperos habituais. A vida seria como sempre.