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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Perceber Marcelo e o seu labirinto

Face aos relatórios das diversas instituições internacionais que avisam para a débil situação de Portugal, que pode fazer Marcelo senão  apoiar o governo ? Vai falando no défice e até diz que o mérito é deste governo.

Se Marcelo tomasse outra atitude,  nesta situação, as taxas de juros disparavam para níveis incomportáveis, elas que já estão a roçar o limite. E que fazia Marcelo a seguir ? Eleições ? Ainda se ao menos o PS tivesse garantida a maioria absoluta...

O PSD e o CDS juntos também não chegam lá, por isso, eleições antecipadas seriam uma perda de tempo e de dinheiro, ao que há a acrescentar as várias eleições em 2017 em outros países europeus. À má situação económica e financeira acrescentávamos uma ainda maior debilidade na vertente política.

Quando isto for evidente, Marcelo terá margem para obrigar PS e PSD a concordarem na solução dos grandes problemas nacionais que passam todos pelo quadro europeu.

A alternativa é novo resgate que ninguém quer. Enquanto isso, BE e PCP vão puxando pela despesa pública tornando tudo mais dificil.

 

 

Sondagem - a indecisão dos 15%

Maioria e PS afastados por 0,2%. Ninguém descola . Já se tinha percebido que se acentua o baixo nível da discussão política . O desespero é mais que evidente . Manipulação de estatísticas, análises desfocadas e puras mentiras já entraram na campanha. Mas não chega para levar os resistentes à decisão em quem votar.

Fixados os fiéis há agora 15% do eleitorado que não esquece . Nem a pré-bancarrota nem o memorando. São os 15% que votaram na maioria nas legislativas de 2011 (50,5%) . Vamos seguir o caminho seguro trilhado nos últimos quatro anos ou vamos entrar em políticas que não provaram ? Eis a angústia . 

Mas António Costa vê Passos Coelho aproximar-se na aprovação dos portugueses.

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Se os reequilibrios vierem do PS são maus

É esta a mensagem que foi captada pelos contribuintes. Se a devolução dos salários e pensões vier do PSD/CDS e chegar ao bolso dos portugueses, acreditam que é para durar . Mas se vier das promessas de António Costa, é mau, é porque se trata de "um golpe de mão" nas contas públicas, como ir buscar o dinheiro à Segurança Social.

Há um maior  conhecimento, por parte do cidadão comum, das "grandes linhas com que se coze". Se os reequilíbrios sociais vierem a partir do crescimento da economia, da expansão das exportações, da criação de postos de trabalho, os portugueses têm mais confiança. Não vão lá com promessas.

A sondagem hoje vinda a público mostra isso mesmo. Quando António Costa atraiçoou António José Seguro, o PS esteve  6/7 pontos acima da coligação PSD/CDS.  Depois iniciou-se um movimento muito interessante. Apesar do PS não baixar na intenção do número de votos o PSD/CDS, cresceu sempre mais, estando agora com a mesma percentagem.( PS 37,3%; PSD/CDS 37,2%) O comportamento do Syrisa na Grécia e do Podemos em Espanha pode explicar esta aparente contradição. E, claro, a alternativa, ou a falta dela por parte do PS.

O que aconteceu, recentemente, no Reino Unido, embora com as suas particularidades, reforça o comportamento racional das intenções de votos dos eleitores portugueses. Os partidos da coligação estão proibidos de cair na demagogia mas podem fazer chegar parte da riqueza criada  aos bolsos dos portugueses.

A forma e a velocidade como a retoma da economia se traduzir na vida real dos cidadãos é a chave.

Sondagens - PS deixa-se apanhar pela coligação PSD/CDS

O PS, embora a subir, deixou-se apanhar pela coligação PSD/CDS. PS (37,3%) ; PSD/CDS ( 37,2%). Isto já depois do Programa para a década do PS e da assinatura do acordo de coligação PSD/CDS. E, é claro, que  ninguém acredita nas promessas de António Costa. Devolver salários e pensões em contrapartida de descapitalizar a Segurança Social é tão absurdo que a maioria prefere a segurança de políticas que estão a dar resultados.

Um alto funcionário de Bruxelas, já ontem anunciou que vem a Portugal em Junho para discutir com as entidades portugueses a possível devolução aos contribuintes das medidas provisórias, atendendo à margem conseguida com o bom comportamento da economia.

Segundo esse responsável sobre essa matéria não há divergências. E as eleições são em Outubro.

As sondagens mostram que o problema não era Seguro

António Costa não descola nas sondagens. O PS continua na frente como sempre esteve com Seguro mas PSD/CDS resistem. O problema é mesmo a falta de alternativa que o PS representa face ao eleitorado. E o facto de 74% dos eleitores quererem manter-se no Euro faz o resto.

A questão é que as alternativas, após três anos de austeridade e com os primeiros sinais positivos a aparecerem, não podem ser muito diferentes das políticas seguidas. E o Plano do BCE tem inicio em Março ( compra de dívida) e o Plano de Investimentos de Juncker está a ser preparado e chegará à economia em meados do ano.. Tudo isto para além dos subsídios (27 mil milhões) que estão a ser injectados na economia em projectos de bens e serviços dirigidos especialmente para a exportação.

Qualquer mudança nas actuais políticas que colocassem em perigo todo este trabalho de relançamento da economia ( após, insiste-se, a primeira fase de controlo das contas nacionais) teria um efeito profundamente nefasto. Não se vê como é que se discute a dívida ao mesmo tempo que se recebem apoios tão poderosos. E com taxas de juro tão favoráveis e com o pagamento antecipado ao FMI.

E como se vê com a Grécia não se pode contar com perdões.

PSD e BE a mesma luta

Bem tentam mas não conseguem que o PS de António Costa se defina. Só depois das eleições.É que assim o PS vai ter espaço para dizer tudo e o seu contrário. Depois das eleições já pode dizer a verdade. Vai continuar no essencial a política ditada pelos compromissos europeus.

O PS quer estar nos dois lados do rio, à esquerda e à direita, e assim colher votos ao centro que é onde se ganham as eleições. Tirar votos ao PSD e ao BE. Para isso precisa de não se comprometer com medidas concretas que, por serem concretas, são diferentes no PSD e no BE. 

É o que se chama pescar em águas turvas. António Costa, o mesmo discurso à porta do PSD e do BE. Quem diria? 

António Costa ataca CDS mas poupa PSD

Nos últimos dias tivemos uma curiosa mudança na liça política com o ponto alto na corajosa entrevista de Francisco Assis. O que é que temos?

Mesmo com a entrada em cena de Costa as sondagens mostram que o PS está muito longe da maioria absoluta e a tendência vai ser de descida à medida que as soluções milagrosas não apareçam. Os grandes problemas nacionais têm que ser encarados e vão obrigar a cedências  . Com o PCP é impossível e a extrema esquerda não está agora a fragmentar-se para se unir após as eleições. Por aí o PS também não vai encontrar resposta nem vai conseguir maioria. Resta a direita e o centro direita. O CDS não terá score para fazer maioria com o PS nem com o PSD pelo que resta o "centrão".

Face aos movimentos e partidos que nascem na Europa é fácil perceber que nós não estamos imunes e quem mais perde com isso é o PS e o PSD. Mesmo que não queiram vão ter que encontrar soluções. E o que tem que ser pode muito. Daí que as vozes dentro de ambos os partidos comecem a posicionar-se.

Ana Drago na TVI mostrou preocupação por considerar que a coligação PS/PSD é possível e muito provável. Com a União Europeia e o Euro em pano de fundo é muito mais o que aproxima os dois partidos do que  os separa e, o país, não pode ciclicamente ter crises profundas que abalam por completo a confiança na democracia. Chega de recreio:

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Referendar a Constituição segundo Alberto João

Jardim largou hoje a deixa. Embora a Constituição não possa ser referendada, se o povo em referendo aprovar uma nova Constituição quem é que se vai opor ? Mas esta solução é à Alberto João, habituado como está lá no meio do Atlântico a fazer o que quer. No país todo vai ter que ser pelo caminho dos 2/3 de deputados na Assembleia da República. PS e PSD depois do comportamento dos juízes do Tribunal Constitucional não vão deixar que um órgão não eleito continue a ter a última palavra sobre um documento que se dá a interpretações políticas.

Marcelo não vai tão longe mas já hoje se referiu à necessidade de a reforma da Segurança Social ter um acordo prévio do PS e do PSD para passar no Tribunal Constitucional. É que ao contrário do que diz António Costa, o país tem que responder aos problemas de curto prazo que não cabem, nem no tal plano a dez anos ( muito necessário) nem no crescimento da economia ( que com sorte criará emprego em quantidade daqui a cinco anos). Até lá temos que cumprir o Tratado Orçamental e esse objectivo vai cair no colo do próximo governo que o mais certo será PS/PSD. E com as condições políticas assim reunidas a Constituição terá que ser adaptada a um país que aderiu à União Europeia e que, por essa razão, tem que cumprir determinados objectivos internacionais a que se obrigou.

Acreditar numa coligação à esquerda é cegueira ou propaganda

António Costa deixou cair rapidamente a hipótese de se coligar à esquerda com PCP ou BE. O PS vai abandonar a UE e o Euro e repudiar o Tratado Orçamental? Há ingénuos que acreditam outros, menos ingénuos, querem forçar o PS a atraiçoar a sua matriz ideológica. António Costa vai esperar para ver o que acontecerá no PSD. A faixa social democrata com Rui Rio, por exemplo, ganha o partido depois de sair do governo? O que António Costa pode prometer depende mais do PSD e de Passos Coelho do que do PS e de si próprio.