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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A Grécia também já saiu do Procedimento dos Défices Excessivos

Escassos meses após Portugal a Grécia também já saiu do Procedimento dos Défices Excessivos. O que mostra bem que a boa situação da Zona Euro está a contribuir de forma decisiva para as boas notícias . E há mais países que já saíram ou estão a sair.

É a evolução natural de uma situação que após tratamento apresenta resultados positivos.

Não há razões para Portugal embandeirar em arco após dezassete anos de não crescimento da economia, há reformas a fazer tal como na Grécia. Aliás, é bom não esquecer que duas das maiores agências de notação financeira ainda nos mantêm na classificação do "lixo".

É preciso ainda cerca de um ano para sabermos se a actual evolução é fruto da conjuntura ou se trata mesmo de uma evolução que veio para ficar. O que para já é certo é que a situação melhora de forma global em toda a Zona Euro o que, há bem pouco tempo era dado como altamente improvável senão mesmo impossível .

A evolução da Grécia e de Portugal é a prova que sem contas públicas equilibradas a economia não cresce, e os povos vivem esmagados por elevadas cargas fiscais .

E há a dívida que teremos que pagar ao longo dos próximos trinta anos.

 

 

Este governo vive da propaganda

Portugal saiu do Procedimento dos Défices Excessivos o que foi tomado como uma grande vitória só possível pelo génio de António Costa.

" Moscovici sublinhou que, “em 2011, 24 Estados-membros [da EU] estavam sob PDE”, e, “após a saída da Grécia, restarão três países da UE em défice excessivo: o Reino Unido, que não é da zona euro e é mesmo candidato à saída da UE, França e Espanha, cujos défices deverão ficar abaixo dos 3% este ano ou no próximo, o mais tardar”.

Por outro lado, prosseguiu, “olhando globalmente para os números, o défice médio da zona euro era de 6% em 2010 e de 1,4% previsto para este ano”.

Como é fácil de ver o foguetório da saída nada ou pouco tem a ver com as políticas do actual governo. A não ser que os tais 21 países que saíram do Procedimento de Défices Excessivos devam tal feito à geringonça. 

 

Não podemos passar por outro processo tão traumático

processo traumático é gastar como se não houvesse amanhã, levar a dívida a 130% do PIB, o défice a 11,2% ou é sair da bancarrota com medidas que empobrecem colectivamente ?

A situação actual que está a tirar o país da bancarrota seria possível sem o programa da troika ? E seria possível fora do quadro da UE e da Zona Euro ? É que não podemos dispensar a disciplina orçamental e financeira a que os tratados europeus nos obrigam.

O BE já anda a pressionar o governo para gastar a margem conseguida com mais despesa pública . O PCP continua a falar em chantagem e constrangimentos . Isto é, prontinhos para levar o país novamente para a situação de que estamos a sair. O processo traumático que não podemos voltar a ter, como disse hoje António Costa, é um dos objectivos da extrema esquerda. E voltar a questionar a UE e exigir a saída da Zona Euro. 

O PS olha em volta e vê os partidos irmãos a soçobrar e a desaparecerem do espectro político. Basta rever a situação em vários países europeus. Em Espanha, na França, na Alemanha, no Reino Unido ... e, manda a prudência, alinhar com as políticas europeias . Bem podem apregoar que "têm uma alternativa" mas, como está bem à vista, cumprem com os tratados europeus. 

O PS e o CDS não deviam "ir além da troika" porque não só a troika foi longe demais como em várias decisões estava errada, como os próprios reconhecem.

Com as elites que temos, a classe política irresponsável e a tendência congénita para desbaratar "em mulheres e copos" a disciplina orçamental e financeira europeias são um balsamo.

Olhemos pois, para a saída do Procedimento dos Défices Excessivos e para as obrigações daí decorrentes, como uma garantia e não como uma festa.

Mas o chefe de Estado foi mais além e deixou um aviso ao Executivo: "Apelo a que se converta esta decisão em mais confiança cá dentro e lá fora em relação a Portugal, mais investimento, mais crescimento e mais emprego. (…) Amanhã, o trabalho continua." Marcelo explicou que este é um "passo fundamental mas não é o último passo".

 

 

 

Seria péssimo sair do PDE e voltar a entrar

As previsões do PIB para 2017 - à volta dos 2% - sofrem um recuo já em 2018 . E o abrandamento continuará até 2021 . Para a Zona Euro espera-se que a recuperação se mantenha robusta.

“O PIB tem uma aceleração para 1,7%, que até poderia ser ligeiramente superior, não nos espantaria que fosse 1,8%, e depois tende a abrandar até 2021”, explicou Teodora Cardoso, presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP). Já a nível de finanças públicas, “a principal conclusão deste relatório é que ainda que tudo corra bem a nível do Procedimento por Défices Excessivos, ficamos com um grande espaço ainda para cobrir de ajustamento estrutural a que ficaremos submetidos logo após a saída”,

A Comissão Europeia também prevê uma desaceleração já em 2018 . Mas se a Comissão alinha com as previsões de Mário Centeno para este ano, o mesmo não se pode dizer para 2018. Onde o Governo vê uma ligeira aceleração do crescimento para 1,9% e descida do défice orçamental para 1%, a Comissão antecipa uma travagem da economia para 1,6% com um défice orçamental de 1,8%. As previsões para o mercado de trabalho estão no entanto alinhadas: 9,3% espera o Governo, 9,2% estima a Comissão.

Bem diz Marcelo que tem um primeiro ministro irritantemente optimista .