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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O grande problema de Costa é se a crise chega antes das eleições

António Costa anda mais humilde, mais prudente e sente-se na obrigação de dizer que não há dinheiro para todos.

Com o corte no investimento e as cativações a degradação dos serviços públicos mostra-se implacável para o governo . É a realidade a bater à porta depois do discurso "irritantemente optimista" . E o crescimento do PIB é poucochinho e já está em desaceleração .

Com o PC e o BE a descolar da geringonça e os sindicatos em guerra aberta o governo tenta dividir o bolo pelas clientelas. E, repetidamente, vai anunciando o maior investimento do século com obras que já anunciou várias vezes. Mas, claro, mesmo que as obras públicas arrancassem já os seus efeitos positivos não chegariam a tempo das eleições.

As sondagens estão a arrefecer e tudo indica que a maioria absoluta está perdida . Como é que os eleitores se irão rearranjar com os novos partidos ? E PC e BE não sobem nas intenções de votos.

A abstenção irá crescer e haverá 40% dos votos livres que baralham e voltam a dar. Os dados estão longe de estar lançados. 

O "governo de Sócrates" é o grande problema para António Costa

A transformação do "problema Sócrates" no " problema do "governo de Sócrates" é o grande problema de António Costa. E o caso de Pinho mostra-o à evidência .

À medida que o processo avança mais gente das empresas do regime e do governo de Sócrates ( alguns dos quais são hoje ministros incluindo o primeiro ministro) serão chamados à responsabilidade nem que seja por inacção. Estavam no governo de Sócrates quando tudo aconteceu e não viram nada ?

António Costa foi o número dois de Sócrates é difícil perceber que não tenha percebido nada. Não que tenha estado envolvido mas que tenha contribuído com o silêncio. Vai chegar um momento que a inacção lhe vai custar caro.

Ana Gomes já percebeu isso mesmo e empurra o PS para se antecipar e branquear o problema. É que se não for o PS a fazê-lo outros o farão.

Os problemas de Portugal não acabaram. Estão piores

Os avisos são cada vez mais frequentes e vindos de quem sabe.

Quando, finalmente, as taxas de juro subirem, Portugal caminha para ser “um dos países que mais vão sofrer com isso”, porque “a competitividade ganha nos últimos anos já está a ser prejudicada pelas políticas” de um Governo que está a fazer com que Portugal esteja a “voltar à tendência pouco saudável que só foi interrompida momentaneamente pela crise financeira“.

Ralph Solveen sublinha que “as melhorias ao nível da competitividade (de preço) que foram conseguidas nos últimos anos já estão a começar a perder-se, sobretudo devido à ação do Governo“.

A Espanha é um exemplo Portugal é um problema

A Espanha até é capaz de ir para eleições novamente mas navega para porto seguro. Não caiu no logro de eleger para governar partidos extremistas anti-europeus. E é preciso não esquecer que o ambiente internacional é o mesmo para os dois países.

Assim, de um lado está "o exemplo espanhol" que, "com determinadas reformas e um esforço suficiente para estabilizar o seu sistema bancário, virou a esquina de vez em 2013", afirma a agência na nota, exemplificando com o facto de "o investimento ter aumentado rapidamente, levando a um crescimento do PIB perto de 3% e a uma recuperação significativa do emprego." Recorde-se que Espanha pediu um resgate financeiro para a banca, não tendo tido repercussões no resto das políticas económicas e financeiras. 

Mas, sublinha o Berenberg, "o grande problema [de Portugal] é o crescimento interno. Apoiado por três pequenos partidos de extrema-esquerda, o Governo minoritário socialista que ascendeu ao poder em Novembro de 2015 inverteu algumas reformas-chave, aumentando o salário mínimo e o número de feriados. Para um país com um desemprego ainda elevado, esta é uma maneira de deter o investimento em vez de o promover."

A Berenberg questiona se Portugal estará prestes em entrar numa nova crise, depois de um "fraco crescimento económico de 0,2% no segundo trimestre" e de a agência DBRS "ter alertado para a possibilidade de rever o ‘rating’ de Portugal", o país fica numa situação fragilizada. "Uma descida de ‘rating’ da DBRS fará com que as obrigações soberanas de Portugal sejam ilegíveis para a compra do BCE", realça.