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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Ante o drama no SNS já todos concordam em usar os privados

Como não podia deixar de ser agora já todos concordam na articulação entre o sector público e o sector privado na saúde. O debate entre os vários candidatos foi disso uma amostra muito evidente. Nenhum dos candidatos se atreveu  dizer que a saúde não é um negócio porque o que está à nossa frente é o negócio da morte a crescer assustadoramente.

O Tino, o mais genuíno deles todos, deixou cair a bomba . Se algum de nós estiver a morrer não pergunta se é público ou privado quer é ser tratado. Pumba ! embrulha e vai-te curar.

Agora a discussão é à volta dos preços e dos doentes covid. Aceitam ou não ?

Quanto aos preços estabelecem-se em negociações sérias, para isso basta os representantes do Estado saberem defender o interesse público. Não pode ser como nas PPP rodoviárias em que os representantes do estado, de todos nós,  aceitam rendas escandalosas. Não culpem os privados.

Quanto à aceitação de doentes covid - 19, teria bastado que a ministra, em vez de se orientar pela Internacional , se tivesse orientado pelo interesse nacional. Programava  a articulação entre os dois sectores . Mas para programar é preciso fazer ideia do que vai acontecer no futuro próximo e, nisso, a ministra sabe (sabia) zero.

Mas já foi um avanço. A partir de agora já sabemos que não é uma inevitabilidade ter listas de espera no SNS com doentes pobres a morrer sem tratamento adequado.

Tudo vale a pena se a alma não é pequena.

Quem pode vai aos hospitais privados como é o caso dos beneficiários da ADSE

Não se trata de ser melhor ou pior trata-se de acessibilidade e de conforto . Os hospitais públicos praticam na generalidade medicina de grande nível , mas estão frequentemente debaixo de uma grande pressão. Esperar 6 horas para ser atendido numa urgência não é solução mesmo que o "Protocolo de Manchester" tenha trazido menos ansiedade (  uma pré observação indica a gravidade dos sintomas e define a urgência do tratamento) .

E esperar meses nas miseráveis listas de espera para ser operado ou obter um exame é inaceitável e alguns desses doentes morrem sem tratamento . São todos pobres os outros que podem encaminham-se para os hospitais onde há vagas. Deixar sofrer e morrer não é solução !

Uma pessoa que se sinta doente está debaixo de uma ansiedade que não lhe permite ver com razoabilidade a situação. Consideram-se todos os que mais necessitam da atenção médica.

É, pois, natural que à medida que o nível de vida cresce mais cidadãos procurem o sector privado menos pressionado . Aconteceu assim em todos os países europeus mais ricos e está a acontecer por cá até que a balança entre os sistemas se ajuste . Tudo tende para o equilíbrio e a procura e oferta hospitalares não são excepções .

Esta pandemia também lutou contra a demagogia ideológica . As cirurgias que não se executaram, as consultas que não se realizaram e os milhares de mortes por doenças " não convid " mostram-no à evidência. Os funcionários públicos beneficiários da ADSE socorrem-se dos hospitais privados, se assim não fosse nenhum funcionário pagaria os 3,5% sobre o salário.

É preciso olhar pelo lado dos doentes.

 

Quantas mortes desde Março por falta de tratamento ?

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E não tenhamos dúvidas. Os doentes que morreram sem tratamento atempado são todos pobres. Porque só os pobres em Portugal não têm opção de escolha.

A pandemia esconde muitas coisas más mas também destapa muitas coisas más. Uma delas é o país ter oferta hospitalar no sector público e no sector privado e social e por razões ideológicas deixa-se morrer pessoas sem tratamento.

É uma vergonha que os partidos que defendem a proibição da liberdade de escolha não tirem agora as conclusões que se impõem e não se responsabilizem por estas mortes. Até porque na Europa o direito à saúde é universal e gratuito para o cidadão.

Não damos lição nenhuma aos países na Europa que vão na frente e onde a qualidade de vida é uma realidade há muitos anos.

Devíamos enquanto país pedir desculpa a estas famílias enlutadas.

Marcelo : SNS e privados já estão em contacto

Logo no dia seguinte à bravata da ministra da Saúde o presidente da República veio dar o tal empurrão. O senhor bastonário tem razão.

“Percebo a atitude do senhor bastonário da Ordem dos Médicos e de alguns antigos bastonários, preocupados com aquilo que eu entendo que é fundamental que os portugueses tenham a certeza de que existe, que é a capacidade de resposta do SNS e do sistema nacional de saúde em geral.

O sistema de saúde em geral pressupõe uma capacidade de resposta que vai para além do SNS e foi isso mesmo que os bastonários defenderam, em manifesto, dever ser desde posto em marcha.

Parece que a razão está a chegar e as listas de espera da vergonha do SNS têm destino marcado. A ver vamos.

Enquanto o governo procura um privado para a TAP

Os representantes dos trabalhadores preparam uma petição para manter a TAP na esfera pública.

O representante dos trabalhadores manifestou ainda preocupação com o plano de reestruturação que está a ser delineado — e que o Governo terá de apresentar em Bruxelas, na sequência da ajuda financeira à companhia — , assumindo, porém, que nos vários encontros que a CT teve com o ministro da tutela, Pedro Nunes Santos, e com a administração da TAP, não lhes foi avançada informação sobre o conteúdo do plano.

É claro que os trabalhadores estão fartos de saber que o governo procura um parceiro privado . 

"A companhia aérea portuguesa quer apresentar à Comissão Europeia um plano de reestruturação que já inclua o cenário de um novo parceiro. A informação foi avançada esta sexta-feira, 4 de setembro, pelo Público, que adiantou que, para cumprir este objetivo, a TAP vai contar com a ajuda de um banco de investimento, que deverá estar escolhido nas próximas semanas."

 

 

A TAP procura um parceiro privado

A TAP de bandeira tem os dias contados há muito. Não tem dinheiro, não tem rotas e agora não tem passageiros.

Analisados, agora, os números que foram recentemente publicados pela ANAC, não há dúvidas de que o casamento colapsou. A TAP vê a sua quota de mercado reduzir drasticamente nos principais aeroportos nacionais. No Porto, só um em cada 20 passageiros é que opta por voar na companhia de bandeira nacional, no aeroporto de Faro nem sequer é uma das dez principais companhias a operar e em Lisboa perdeu mais de 50% de quota de mercado.

A companhia aérea portuguesa quer apresentar à Comissão Europeia um plano de reestruturação que já inclua o cenário de um novo parceiro. A informação foi avançada esta sexta-feira, 4 de setembro, pelo Público, que adiantou que, para cumprir este objetivo, a TAP vai contar com a ajuda de um banco de investimento, que deverá estar escolhido nas próximas semanas.

Entretanto suga dinheiro como as turbinas dos motores sugam passarinhos.

Famílias aumentam despesa em Saúde no privado

O aumento da despesa das famílias em saúde justifica-se pela maior utilização dos serviços nos hospitais privados. Tal como aconteceu na maioria dos países europeus à medida que as famílias têm mais dinheiro cresce a procura no sector privado.

O SNS com listas de espera de milhares de doentes e com o descalabro nas urgências a tendência será sempre as famílias procurarem um serviço mais acessível.

A tendência não é nova e tem vindo a reforçar-se nos últimos anos. De acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a despesa das famílias portuguesas aumentou 4,4% em 2018 e os gastos no privado justificam este acréscimo.

Mas os seguros de saúde também têm vindo a ganhar peso. "Em 2018 e 2019, as sociedades de seguros continuaram a reforçar a sua importância relativa no financiamento do sistema de saúde (4,1% em 2018 e 4,2% em 2019), apresentando aumentos de 10,4% e 8,8%, respetivamente", indica o Instituto Nacional de Estatística.

Na Saúde há inúmeras instituições públicas que deveriam ser extintas

Eliminar, juntar e reduzir níveis intermédios no SNS é fundamental para melhorar eficácia e reduzir custos. Existem inúmeras instituições públicas que poderiam e deveriam ser automaticamente extintas ou fundidas para corrigir redundâncias, burocracias e desperdícios desnecessários dos recursos públicos.

Consideramos importante eliminar níveis de decisão intermédia desnecessários. O Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, tentou descrever a realidade atual quando descreveu a Administração Regional de Saúde do Norte como “máquina burocrática e inútil que sustenta poderes intermédios”. Mas, de facto, a ideia de extinção das ARS já não é nova.

Com base nas alterações anteriores, pensar um SNS totalmente organizado em Unidades Locais de Saúde, em que em cada Distrito, todos os Hospitais, Centros de Saúde e outras infraestruturas de Saúde estariam na égide de um só Conselho de Administração. Conselho de Administração com autonomia de gestão alinhada com a agilidade da gestão que acontece no setor privado. Há que ter a humildade de aprender com quem gere melhor. Precisamos de menos instituições mas com mais massa crítica.

O SNS vai recorrer ao privado para resolver as listas de espera

A ministra da Saúde diz directamente. O SNS não vai ser capaz de responder sozinho e, portanto, vai recorrer ao sector privado. Como é lógico e os doentes esperam.

Marta Temido fala “na enorme dificuldade” das listas de espera e admite que o Governo poderá vir a recorrer aos privados para colmatar esta situação.

Esta decisão absolutamente lógica e beneficiando os doentes vai ter uma oposição histérica da extrema esquerda porque para o PCP e BE a ideologia é mais importante do que tratar em tempo medicamente razoável os doentes.

Felizmente que no PS ainda há quem tenha sentido de Estado.

Diga o que o PM disser claro que haverá austeridade no privado

Certinho, certinho, os mesmos de sempre vão pagar mais impostos, chame-lhe Costa o que quiser, mas para quem tiver menos rendimento é austeridade.

O sector público, onde estão o grosso dos votantes do PS, PCP e BE, mais uma vez vão escapar ao prejuízo. Eles que já gozam de privilégios.

  1. Diga o PM o que disser, claro que haverá austeridade no sector privado.
  • Quem perder o emprego vai sentir austeridade. E desemprego é sempre no sector privado, não no Estado.
  • Quem está em lay off sente austeridade. Temos menos poder de compra.
  • Quem vir o seu salário reduzir-se sentirá austeridade. Ganha menos.
  • Quem vier a pagar mais impostos sentirá austeridade. E o mais provável é que o Governo aumente mesmo os impostos. Aposto singelo contra dobrado.
  • Para estas pessoas, dizer que não haverá austeridade é quase ofensivo.

 

  1. No sector público será diferente.. Aí não haverá nem cortes de salários na função pública, nem cortes de pensões. Não é uma escolha do PM. Não é exigível nem recomendável pelos especialistas.
  2. Primeiro: porque esta crise é radicalmente diferente da anterior. Não é uma crise de desequilíbrio orçamental. Logo, não é preciso uma austeridade de ajustamento no Estado.
  3. Segundo: na crise anterior os credores exigiram austeridade. Nesta crise, os empréstimos a contrair não terão essa exigência.
  4. Terceiro: esta crise é excepcional e irrepetível. Exige um novo pico de dívida, é verdade. Mas esse é um encargo excepcional. Pagar-se-á ao longo de 30, 40 anos, com pequenas poupanças, ano a ano.
  5. Posto isto, o importante era que o Governo garantisse uma distribuição equitativa de sacrifícios entre o público e o privado.