Com o orçamento de 2019 já aprovado e a entrar em execução já no próximo dia 1 de Janeiro, o veto do presidente vai colocar em discussão a mesma matéria em que os mesmos negociadores não chegaram a acordo.
Na Madeira e nos Açores chegaram a um acordo mas não é argumento bastante. Os respectivos orçamentos só pagam os salários, as pensões no futuro são pagas pelo orçamento central.
Os sindicatos dos professores todos os anos entram em greve sobre as mais variadas matérias e sempre com a razão toda do seu lado. É difícil aceitar que tal comportamento não tenha outras razões estranhas ao interesse dos professores. Uma verdade tem que ser dita, hoje em Portugal o perigo de uma escola pública monopolista nas mãos dos sindicatos e do ministério é vista por pais e alunos como um pesadelo.
Os sindicatos mantêm como princípio a contagem integral do tempo; o Governo mantém como princípio a capacidade orçamental e o peso futuro nas reformas, garantindo que não pode ir além dos dois anos.
A Comissão Europeia prevê que a economia portuguesa volte a divergir da Europa. O problema não é só empobrecermos relativamente. É a economia não corresponder aos compromissos que temos. Portugal só pode prosperar significativamente através dos mercados globais, e para isso precisa de uma economia mais competitiva e flexível. A França, sob Emmanuel Macron, percebeu finalmente isso. Fazer de Portugal um paraíso fiscal para os reformados da Europa do norte não chega. Entretanto, o sobressalto das bolsas antecipa um ambiente de juros altos, menos confortável para sociedades endividadas. Talvez lamentemos um dia ter saído do trilho.
Nestes ataques ao governador do Banco de Portugal e à Presidente da Comissão de Finanças Públicas o que mais se estranha é a posição de algum PS . Do PC e do BE não se pode esperar outra coisa que não seja acabar com o pluralismo. Vozes contrárias às posições que querem impor à sociedade no seu todo são para ser amordaçadas e liquidadas.
Mas o que é mesmo ameaçador é a cobertura de Marcelo Rebelo de Sousa a essas posições reaccionárias e antidemocráticas que não se limitam a criticar mas que exigem a liquidação pura e simples dessas entidades que não alinham na cartilha oficial que nos querem impor.
Esta ilusão monista e autoritária teve expressão durante o Estado Novo na chamada “União Nacional”. E reapareceu durante o PREC com o célebre slogan “O povo unido jamais será vencido”. É bom recordar que o Partido Socialista sempre denunciou essas duas versões autoritárias da “democracia”, ou da chamada “vontade geral” — uma expressão tristemente celebrizada por Jean-Jacques Rousseau e depois retomada por todos os autoritários anti-pluralistas, de esquerda e de direita.
É preciso avisar a malta que o actual PS está a atraiçoar o PS democrático e lutador da liberdade de Mário Soares.
O presidente Hollande desistiu da corrida a um segundo mandato ao Eliseu. Esperávamos dele um braço de ferro com a senhora Merkel nas políticas a seguir pela União Europeia. Nada mais triste do que ver um grande país a subscrever a austeridade que os alemães impõem. Se os Franceses não conseguiram o que esperar de Portugal ?
Há, no entanto, uma nova aragem na União Europeia, com menos rigidez ao mesmo tempo que a crise vai ficando para trás. No entanto, os arames que juntam a situação ainda são frágeis. E há expectativas negativas como sejam, Trump, o Brexit, o resultado das eleições em Itália e a sempre presente revogação da política seguida pelo BCE.
Entretanto, à direita, aparecem nomes com novas ideias ( é claro que não me refiro a Le Pen). No quadro da União Europeia e na Zona Euro, há quem tente desatar o nó . Mais investimento, mais economia, mais igualdade entre quem tem direitos assegurados e quem não consegue emprego. Menos estado .
Discutem-se os perfis presidenciais de um nunca mais acabar de candidatos . Candidatos já no terreno, outros em pleno lançamento, outros ainda a fazerem de morto. Nas presentes circunstancias mais do que discutir ideias trata-se de conversa de "encher pneus".
Estou em crer que o resultados das eleições legislativas vai ser um factor determinante nas escolha dos candidatos dos partidos às presidenciais . Até pelo facto de as legislativas serem mais próximas no calendário seria mais curial que se discutissem estas e não as presidenciais.
O problema é que em relação às legislativas há pouco para dizer. Há crescimento da economia? Há aumento do emprego ? O resto é conversa fiada. Já ninguém vai em promessas. O Syriza encarrega-se de as desmentir e Holland é para esquecer. Discutir o quê se até Outubro a realidade vai apresentar respostas ?
Isto serve muito o governo e muito pouco a oposição. A situação no PS, seis meses após a tomada de posse de Costa, é reveladora. Não há soluções e o partido não descola nas sondagens. À esquerda o que se vê é a dispersão embora todos, sem excepção, apelem à convergência.
Ontem vi Eduardo Barroso bastante atrapalhado para justificar o "naipe" de candidatos a Presidente do Sporting. Titubeava em relação A José Couceiro, " bem, foi treinador no Porto, depois mudou para Belém, foi também director..." dando a entender que não lhe reconhecia curriculum. Ora, parece hoje evidente que Couceiro é o candidato da continuidade, com Roquette e Bettencourt a apoiá-lo.
Estas posições antagónicas em relação a Couceiro, destes personagens, mostram que na sombra há ainda muita água a correr debaixo das pontes...
Dias Ferreira diz tudo : "Nomes têm que agradar a Ricciardi " . Eu só por isto, já estou fora da corrida...
Já há uma lista bem nutrida de candidatos a Presidente do Sporting. Nos últimos três anos já tivemos dois presidentes, quatro treinadores e duas camionetas de jogadores. Mas as duas principais questões não se resolveram. A reestruturação financeira e a estabilidade da equipa de futebol.
Não vai lá com milagres, diz Daniel Sampaio que sendo psiquiatra sabe bem que nestas alturas é mais necessário um divã...