Outra grande vitória de António Costa e do seu governo era a criação de emprego .Como o governo não tinha feito nada para beneficiar as empresas e chamar investimento estrangeiro logo se percebeu que era emprego precário . Assim veio assim se foi.
O Turismo cresceu em Portugal devido à insegurança nos países nossos concorrentes. Crescia o turismo crescia o emprego, precário, mal pago e de baixa formação. Os jovens formados com altas competências continuaram a emigrar.
Foi esta a vitória que Costa e seus muchachos nos venderam. Veio a primeira rabanada de vento e logo tudo se desmoronou.
Num país onde a iniciativa privada é vista como parente pobre, carregada de impostos e de barreiras, só conseguirá crescer economicamente de forma sustentável com reformas estruturais difíceis de fazer, contra os inimigos da criação de riqueza. E não será este partido socialista que se associa a partidos contrários à liberalização da economia que alguma vez o fará.
O PS, PCP e BE que enchem a boca com emprego precário deviam ter a honestidade de pedir perdão a estes 400 000 desempregados.
João Vieira Pereira : Este texto tem de começar com um aviso sobre conflitos de interesse. Tenho um familiar que sendo precário do Estado há mais de 10 anos vai ficar sem emprego por ter recusado a proposta que lhe fizeram, de passar a receber metade do salário. Uma chantagem ignóbil: menos salário em troca de um emprego para a vida.
Há mais gente com emprego ? Parece que sim. Pelo menos todos os precários que trabalhavam para o Estado e os bolseiros e investigadores que trabalham para as Universidades arranjaram emprego fixo. É mau ? É, porque como disse o reitor da Universidade de Lisboa este é o "maior golpe sofrido pela Universidade na sua independência e sustentabilidade".
Vamos todos pagar empregos que não sabemos se são ou não necessários, sem um estudo prévio sério .A esquerda a distribuir empregos para a vida. Quando o estado não conseguir encontrar mais receitas nem mais empréstimos vamos arranjar um qualquer PEC IV salvador.
Outro truque é fazer altas retenções mensais do IRS na fonte . O estado obtém assim um empréstimo sem juros e arredonda as contas mensais. No ano seguinte, já depois das contas estarem apresentadas e aplaudidas como grandes feitos, faz as devoluções aos contribuintes.E o que mostra isto ? Que o pagamento das despesas não se faz de uma só vez no fim do ano, faz-se ao longo do ano e que são precisas receitas mensais .
E também se corta no investimento, mas a narrativa é que há crescimento de 20% em relação a 2016. O que não se diz é que o executado está muito longe do previsto para 2017.
Felizmente que a economia da Zona Euro está a crescer e vai mascarando a realidade portuguesa, comprando mais os nossos produtos. Mas as reformas para a mudança não se vê nem uma.
Quando chegar nova crise ( e só não sabemos quando) vamos encontrar os nossos velhos problemas . É isto o que a geringonça nos está a preparar.
É como os incêndios, apagam-se mas as condições para novos fogos ficam lá todas. António Costa como ex-ministro da Administração Interna sabe disto como poucos.
Os bons. Os empregos permanentes, bem pagos e com direito a férias e a outros direitos adquiridos. A questão é que os criam para eles mesmos . Há sindicalistas há mais de 20 anos com emprego seguro e bem pago. Sem avaliação e sem mérito. Especialistas em arruadas, manifestações e obedecer ao partido - mãe.
Criticando a política social e laboral do atual Governo, Arménio Carlos pediu que o dia das eleições legislativas, 4 de outubro, seja usado como um “dia nacional de luta” para que haja uma “rutura com o Governo PSD/CDS e de apoio à política de esquerda e soberana que a CGTP defende”.
A imaginação é que não é muita . O PCP defende uma politica patriótica e de esquerda. Parecido, não ?
Os treinadores de futebol não tem como proteger-se das más prestações da equipa e dos maus resultados. Trabalham por objectivos e ganham por objectivos. Ganham muito, claro!
Um trabalhador que ganhe muito mas cujo posto de trabalho está sempre na contingência de ser ocupado por outro, é um precário? Então a diferença não está na segurança do emprego, está no vencimento? Isso quer dizer que quem ganhe muito é sempre precário e que quem ganha pouco tem que ter emprego para sempre?
E, quando se ganha mais que os outros trabalhadores e, mesmo assim, há mais segurança no trabalho ? Não há produtividade, não se obtêm resultados, não se fazem avaliações, não se mede o mérito...
Percebem o raciocinio dos sindicatos da função pública? E percebem onde isto nos leva?
PS : claro, que, se os sindicatos não apresentam resultados ( manifs, reinvindicações...) também podem passar de nababos a precários...