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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Os salários dos trabalhadores em greve são esmagados pela elevada carga fiscal

A greve dos trabalhadores camionistas de matérias perigosas é um conflito entre os baixos salários e a elevada carga fiscal. Como acontece em praticamente todos os sectores em Portugal.

Se o estado aliviar a carga fiscal é possível às empresas aumentar os salários no mesmo nível por forma a manter o mesmo preço final.

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Ao preço do produto, acrescem os custos de toda a logística necessária para levar o produto da porta da refinaria até às estações de serviço. Esta componente logística compreende os custos de transporte, armazenamento e distribuição, bem como a margem de comercialização. Tudo somado, esta fatia representa 9,7% no gasóleo e 8,4% na gasolina.

A maior fatia na constituição do preço dos combustíveis é a carga fiscal (IVA e ISP). Este fator é diferente de país para país e explica, quase na totalidade, a diferença de preço entre Portugal e Espanha. No caso português, a carga fiscal constitui quase metade do preço final do gasóleo e mais de metade do preço da gasolina.

Se o governo quiser resolve facilmente o assunto.

 

Os "medicamentos - milagre" chegam sempre ao doente

O verdadeiro problema é se há ou não o medicamento. Se não houver não há sequer margem para discussão do preço. Por isso a primeira prioridade é assegurar que as condições que levaram a indústria farmacêutica a produzir o medicamento se mantenham. E, nessas condições, a financeira é fundamental porque é essa condição que permitiu juntar todas as outras .

É, claro, que um medicamento inovador tem que ser caro. Anos de investigação, milhões em investimento em novos equipamentos, desenvolvimento de novas tecnologias. E, também é claro, que chega primeiro a uns que a outros. Mas chega, se não existir é que não chega a ninguém.

Todos os medicamentos hoje conhecidos foram, no seu tempo, "medicamentos-milagre". O meu pai dizia-me que nos anos 40 as crianças no verão morriam como tordos. Sem água tratada, sem saneamento básico, as "febres" matavam a eito, só as forças da natureza se safavam. Mas a penicilina quando foi descoberta era pouca para chegar à frente de batalha onde os soldados morriam de infecções. Hoje há antibióticos para combater todas as infecções e chega a toda a gente.

Há meia dúzia de anos chegou o medicamento que cura a hepatite C. Em Portugal, onde chegou tarde, já há 14 mil pessoas curadas. Muito caro mas mais barato do que estar a tratar esses doentes durante 20 anos de uma doença que, com sorte, se mantinha crónica.

No cancro também estão a chegar medicamentos inovadores que abrem a esperança de a doença ser controlada e curada numa percentagem cada vez maior de doentes.

E está a chegar o "medicamento-milagre" para todas as Matildes de Portugal.

Que a ideologia não mate a esperança de milhões de doentes limitando a indústria farmacêutica na produção destes "medicamentos-milagre" .

 

A sorte do governo é se os Lisboetas não aderirem

Barcos para atravessar o Tejo só em 2021. Comboios para entrar em Lisboa só lá para 2023. Extensão do Metro só lá para 2023 . E se os Lisboetas aderirem ao transporte público ?

A redução do preço do tarifário é bom para os que já utilizam os transportes públicos e mau para todos os outros contribuintes que pagarão a factura. Para os que quiserem trocar o transporte individual pelo transporte público será uma grande desilusão. Basta usar o Metro para se perceber isso. Não cabe nem mais um passageiro e as estações ( parte delas) já foram alargadas para seis carruagens .

Se crescer a procura como é que se acomoda numa oferta que não responde já hoje ? Não acomoda .

Uma coisa é uma medida de justiça social que é boa outra, bem diferente, é melhorar a vida dos Lisboetas em termos de transportes. E isso não se faz a curto prazo e com o Estado sem dinheiro para investir nem mesmo a médio prazo. E a dívida cresceu nos últimos três anos 20 mil milhões de euros.

Ficam os votos .

 

Transportes : Se a oferta está uma miséria como raio se vai aumentar a procura ?

O investimento nos transportes públicos caiu imenso e a degradação dos respectivos serviços é dolorosa. Ninguém põe isso em dúvida  . Assim sendo como é que se vai aumentar a procura baixando o preço sem aumentar e/ou melhorar a oferta ?

Trata-se de uma golpada eleitoral. O resto do país vai pagar via orçamento a poupança nos bolsos dos lisboetas e dos portuenses. Onde há ( muitos) votos.

Os problemas da degradação dos transportes públicos aumentarão a médio prazo mas a curto prazo ( antes das eleições) a população vai sentir no bolso a poupança.

Há quem diga que a habitação à roda das grandes cidades vai ganhar muito com esta medida. Mas, pergunto eu, olhem para a IC 19 ( Lisboa-Sintra) : quando é que aqueles milhares de pessoas que torram dentro dos carros três horas/dia vão ter oportunidade de trocar o carro por transportes públicos ? Naqueles comboios cheios como latas de sardinha, permanentemente atrasados e perigosos ? A Ponte 25 de Abril vai descongestionar-se ? Mais comboios  na linha de Cascais a caírem de podre ? E a entrada a norte via aeroporto mudou, muda ? E a ponte Vasco da Gama ?

Onde está o dinheiro para investir em mais e melhores meios de transporte público ? A isso o governo não responde.

Sem mais e melhor oferta não haverá redução da utilização do automóvel

Para quem já utiliza a rede de transportes pública a baixa de preço é bem vinda( é bom para as famílias de mais baixo rendimento) mas é pouco para fazer mudar quem não utiliza. Sem uma melhor oferta - mais veículos, melhor conectividade, mais pontualidade, menos greves - a medida de Medina não terá impacto significativo.

Nesse aspeto, vale a pena ouvir o professor José Manuel Viegas (provavelmente a pessoa em Portugal que mais sabe de transportes), quando diz que a redução de preços pode ser muito importante para quem já usa os transportes públicos, nomeadamente as famílias de baixos rendimentos. Mas que não terá nenhum efeito na substituição do automóvel pelo transporte público. Também diz que: “O problema ataca-se com uma revisão global do esquema de serviços que são oferecidos à população. Se quisermos atacar o problema fundamental, o primeiro passo é redesenhar a rede. O verdadeiro problema que leva as pessoas a vir de carro é a má qualidade da rede, para muitas pessoas e muitas ligações que as pessoas têm de fazer. Era por aí que teríamos de começar”.

Medina já está em campanha eleitoral . Lisboa é para os socialistas uma rampa de lançamento para outros voos.

 

As inexistentes folgas orçamentais que PCP e BE querem gastar

Que havia folgas. Que deviam ser gastas em salários e nos serviços públicos. Mas bastou o preço do petróleo aumentar para retirar do orçamento 1,2 mil milhões de euros.

O Orçamento do Estado deste ano (OE 2018) foi alicerçado na hipótese de o preço médio do barril de crude ficar perto dos 55 dólares (54,8) neste ano.

No entanto, o crescendo de tensões envolvendo Estados Unidos, Irão, Israel e Rússia está a levar a uma forte subida do custo da matéria-prima. A pressão é tal que, em abril, no Programa de Estabilidade o governo atualizou a sua previsão para o petróleo para 65,9 dólares. É 20% acima do que está no OE.

No início deste mês, a Comissão Europeia elevou ainda mais a fasquia, assumindo agora uma média de 67,7 dólares por barril neste ano.

No ano passado, Portugal precisou de importar mais de oito mil milhões de euros em produtos energéticos (petróleo e combustíveis incluídos), mas só exportou metade desse valor. Tem aqui uma balança comercial muito deficitária.

Além de fazer abrandar a economia, o crude mais caro traz inflação para a economia e agrava o défice comercial.

Petróleo a 75 dólares, no Orçamento está a 54,8 dólares

O preço do crude está a subir e já há quem antecipe problemas com o preço em alta. Este é um dos factores que tem beneficiado a recuperação dos países importadores o que é o caso de Portugal.

Terá impacto no défice e irá desequilibrar a balança comercial. Mas o problema é que a tendência é de não ficar por aqui. Pode chegar aos 100 dólares/barril com óbvio impacto também no crescimento da economia.

Parece que o melhor mesmo é ter prudência e não gastar o que não temos .

Alegrem-se, vamos todos ser aumentados

Para além das taxas e taxinhas que todos os dias nos caiem no regaço ( hoje o IMI das casas recuperadas) temos uma geral de aumento dos preços.

Isto apesar da inflação andar abaixo dos 2% que o BCE tem como objectivo mas isso também não interessa nada, não é verdade ? Feitas as contas lá se vai uma parte considerável dos aumentos poucochinhos dos salários e das pensões.

Aumentos em produtos de primeira necessidade mas o que está a dar é Marcelo no hospital e a golpada do financiamento dos partidos. Ah, o aumento do salário mínimo não tem nada a ver com isto ( com a produtividade ) e a carga fiscal sobre as empresas também não.

Se bem me lembro as associações patronais avisaram mas pronto, ficamos assim, até porque sem fazer contas quem é que está contra a subida do salário mínimo ?

 

ALEGREM-SE! AFINAL TODOS VAMOS TER AUMENTOS!
Luz……………………………. 2,5%
PÃO ………………………….. 5/10%
TRANSPORTES……………… 2,5%
AZEITE………………………… 20%
LEITE…………………………… 5%
COMBUSTIVEIS (estimado)……3%
PORTAGENS…………………….1,4%
TABACO………………………… 1,4%
IUC……………………………….. 1,4%

FIQUEMOS POR AQUI…..

Se aumentam o preço do pão vendam croissans

"Esta actualização de preço vem reflectir, segundo o dirigente, o aumento dos custos de produção. A começar pelo eventual aumento do salário mínimo nacional para 600 euros já no início de 2018, reclamado pela CGTP. Mas não só: o aumento dos preços dos combustíveis e os custos mais elevados de energia, gás e electricidade também vão puxar os preços do pão para cima. "O que vem aí, em termos de agravamento dos custos de produção, não permite alternativa", afirma o presidente da Associação de Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte."

Fala-se num aumento do preço do pão de 20% o que para os que foram beneficiados com a reposição de rendimento representa uma parte considerável do rendimento reposto. E há que contar com todos os outros aumentos que a seu tempo chegarão.

Entretanto, o secretário de estado já diz que quer falar com o PSD e CDS porque com a esquerda o acordo está esgotado.

Para quem ainda há pouco tempo dizia que o PS nunca mais ia necessitar de falar com a direita...