Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

O Brêxit abre caminho a um partido pró- União Europeia

Ao contrário do que acontece em Portugal o Brêxit, junta os conservadores ingleses pró-UE e os trabalhistas ingleses pró-UE já que nenhuma deferença essencial os separa quanto à Europa. E a formação de um novo partido pró-UE começa a tomar forma.

Por cá, bem ao contrário, os interesses partidários resultaram na geringonça. Dois partidos anti-UE foram chamados a apoiar a governação que é pró-UE. É, claro, que mais tarde ou mais cedo o cenário Luso bateria de frente no paradoxo incontornável da maioria assim constituída.

Uma vez que nenhuma questão fundamental separa os conservadores pró-UE e os trabalhistas pró-UE, já começou a delinear-se uma cooperação prática entre ambos os partidos. Mas para que qualquer aliança parlamentar deste tipo tenha legitimidade democrática, deverá apresentar-se não apenas como uma coligação de parlamentares com a mesma opinião mas sim como um novo partido político, com um programa que confronte de forma realista os desafios das mudanças tecnológicas e da globalização.

É esta legitimação democrática que António Costa não tem mas que lhe está, a ele e a nós, a custar muito caro. Como teriam votado os portugueses se o PS tivesse anunciado na campanha eleitoral que se juntaria aos partidos comunistas anti-UE ? E esta é a principal razão de o actual governo não realizar uma só reforma estrutural que faria se governasse sozinho.

Na mais velha Democracia do mundo estas golpadas não têm lugar.

Agora já somos todos neo-liberais

Eu por mim estou no mesmo sítio. Pela União Europeia e pela Zona Euro. Mas há quem há bem pouco tempo incendiava o controlo do défice, o pagamento da dívida e o Tratado Orçamental. Nada menos.

São os mesmos que apoiam as políticas do governo PS e que para consumo das suas clientelas de vez em quando exigem a saída da Europa.

As exportações eram uma treta segundo a contorcionista Catarina, mas são as exportações que puxam pela economia, o melhor resultado de todos : em 2007 crescerão muito acima do crescimento do PIB e das importações dos países que compram os nossos produtos. As exportações portuguesas continuam a ganhar competitividade.

Voltamos a convergir 17 anos depois o que tira argumentos à extrema esquerda que teve que meter a viola no saco. Crescemos à conta das exportações (9,6%) e do investimento (8,8%) tudo vinda da europa. Mercados importadores e dinheiro para investir.

Claro que o PCP nunca perde como sabemos desde que há eleições em Portugal. E o BE com o Siryza na Grécia a ser um aluno bem comportado e o Podemos em Espanha a perder influência, só lhe resta aderir ao neoliberalismo triunfante.

Eu, por mim, estou no mesmo sítio.

 

Se 80% dos europeus são a favor da UE como é que os partidos anti-Europa chegam ao poder ?

Oitenta por cento dos europeus ( 72% para ser mais exacto) são a favor da União Europeia e da Zona Euro .Como é que os partidos anti-UE podem ganhar eleições com maioria absoluta? Ganhar ( com maioria relativa) podem mas não chega para governar.

Só se for como acontece em Portugal. Mas não por terem ganho eleições. Em conjunto PCP+BE valem 14% dos votos.

  1. Em França, Le Pen, até pode ganhar eleições mas jamais fará maioria absoluta sozinha ou em conjunto com outros partidos. A maioria absoluta está do lado dos partidos pró-europeus. O mesmo se passa na Holanda onde a maioria absoluta dos mandatos são pró-UE .

Na Alemanha, Merkel e Schultz representam dois partidos ( juntos fazem maioria absoluta) pró-UE. O mesmo na Espanha e, até mesmo a Grécia,( tão fustigada pela austeridade) tem uma população maioritariamente pró-UE. O Syriza ainda não teve tempo de sair ? Mesmo o Reino Unido com o seu Brexit, abriu brechas profundas entre a Inglaterra, a Irlanda e a Escócia, e não falta quem queira voltar mesmo antes de sair.

Mas a ideia que passa na comunicação social é que estamos à beira de os partidos anti-UE, sejam de direita sejam de esquerda, tomem conta do poder e desarticulem o espaço europeu.

Estamos muito longe disso. Felizmente . Mas esta lega-lenga do sair veio para ficar