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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Prender os privados no Forte de Peniche

É óbvio que num espaço de 20 000 m2 é possível preservar os lugares históricos conjuntamente com um bonito e rentável espaço de hotelaria e lazer. O problema é que nesta frase simples está lá a palavra  "rentável" e  implícita a palavra "privada". Temos o caldo entornado.

Em Portugal há vários anos que frequento a cadeia de pousadas nacionais todas elas a funcionar em espaços com história. Lindíssimas, bem conservadas e melhor frequentadas. E, no estrangeiro, é frequentíssimo. Já dei o exemplo de uma parte do Palácio onde ainda vive a família real inglesa está aberta ao público . Não consta que os parentes de suas altezas tenham caído na lama. Mas o estado magnifico do palácio e dos seus jardins mostram bem que tem financiamento assegurado pelas visitas e estadias do público.

Como se pode ler aqui os naturais da terra estão de acordo com o projecto de o estado entregar a exploração do espaço aos privados, assegurando os lugares históricos. Eles já estão fartos de promessas e o que vêm é a Fortaleza degradar-se e os 20 000 visitantes/ano não perderem mais de 5 minutos na visita.

Já hoje uma parte do Forte alberga museus e oficinas de artistas plásticos que obviamente podem e devem coexistir com a pousada e com os lugares históricos.

Pede-se agora aos peticionários de sempre, que deixem a Fortaleza ser uma fonte de financiamento para manter lugares históricos que de outra forma acabarão no esquecimento. É assim que "não se apaga a memória".

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O Forte de Peniche e os sítios históricos de um lugar

Só um cego em gestão é que não tirava partido dos factos e sítios históricos existentes no forte. Esses sítios são para serem visitados e constituem uma mais valia na exploração hoteleira do monumento.

Já em 2008 a Câmara de Peniche colocava em cima da mesa a criação de uma pousada no forte, ideia imediatamente repudiada pela auto denominada comissão " não apaguem a memória".

Apagar a memória do forte de Peniche era tirar-lhe uma parte importante que faz dele um potencial lugar turístico e hoteleiro. Basta lembrar que o Palácio em que vive a rainha de Inglaterra tem uma parte das suas instalações abertas ao público e podem ser visitadas a troco de um bilhete. Nada que incomode a Rainha e sua família.

O que parece certo é que o Forte de Peniche ou avança para a exploração comercial e turístico do lugar ou, irremediavelmente, cairá em ruína.

O presidente da Câmara de Peniche ( independente eleito pela CDU) afirma que toda a vereação da Câmara está de acordo quanto à instalação no forte de uma pousada e que já foram apresentadas duas maquetas de arquitectura - uma de Siza Vieira e outra do Grupo Pestana que não avançaram.

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