O que o INE nos diz da economia? Estamos numa enorme alhada. Imaginem, por breves instantes, que todas as empresas do país são, apenas, uma só. Pois, no ano passado, esta grande empresa, para sobreviver, pagar salários e investir, teve de pedir emprestado às famílias e ao resto da economia mais de 4 mil milhões de euros, 2% do PIB... e, ainda assim, a produtividade caiu! Agora, não imaginem, é real; a poupança e os excedentes das famílias, voltaram a cair e todos sabemos o que é isto: sem poupanças não há investimento. Não há futuro.
Utilizar poupanças externas para pôr a economia a mexer? Bem, isso são empréstimos dos estrangeiros. Mas tem um problema. É que os bancos estrangeiros "farejaram" que estamos no limiar do défice externo (outra vez; em 2018 um frágil provisório excedente nas contas com o estrangeiro de apenas 0,2% do PIB) e começam a esganar crédito aos bancos deste sítio...
Esta é a razão porque o País está nos seis/cinco países que menos crescem entre os 28 da UE. Este é o motivo porque Costa e família condenam o País a crescimentos anémicos, abaixo de 1,5%, para os próximos anos... a começar já em 2019.
A coisa é muito pior. O défice do fanfarrão Centeno é tudo menos virtuoso. O pior nível de investimento público (em % do PIB), desde há dezenas de anos, levou a uma perda de mais de 1,5 mil milhões de euros nos bens do Estado (os economistas chamam a esta coisada de "consumo de capital fixo") seja em desgaste nas rodo-ferrovias ou no simples raio X do hospital da vila. Ou seja: Costa, em 2018, aumentou a carga fiscal para "record da democracia" e ainda vive à custa dos impostos pagos no passado (que pagou o raio X do hospital) e dos futuros impostos (alguém no futuro vai pagar a reparação da máquina ou da estrada).
Esta família socialista vive à conta. Do fiado. É isto que o INE nos diz.
Estamos alegremente a empobrecer enquanto o governo anda maldosamente a enganar-nos. Infelizmente estes gráficos não mentem. E a ratoeira em que este governo meteu o país está bem explicado no texto . Há sempre quem não queira ver apesar da experiência recente com Sócrates.
O crescimento é medíocre e está a descer como não pode deixar de ser com o alarve corte no investimento. E a pergunta que já se impõe é : como sair disto ?
Até 2023, as nossas taxas de crescimento andarão na casa dos 1,5%. É difícil imaginar um cenário mais medíocre.
É cultural, poupar não é connosco. E sem poupança não há investimento. E sem investimento nacional avança ( se avançar) o investimento estrangeiro.
E, é claro, a nossa economia vai fazer o que os outros não querem fazer. Mas quanto a este problema o governo não diz nada. A verdade é que com as actuais políticas e com a actual solução governativa não é assunto que tenha solução. É chapa ganha chapa gasta .
"Se não tivermos capacidade de desenvolver a nossa economia por nós próprios, ela vai ser desenvolvida por outros. Mas vai ser desenvolvida tornando-nos no canal de distribuição dos produtos dos outros, e não numa fonte de criação de riqueza, e sobretudo de riqueza de conteúdo elevado", avisa.
Quando isto acabar vamos estar como sempre estivemos. Na cauda e com todos os problemas que nos mantêm abaixo da média europeia .
Na maior parte dos países da Europa beber um copo de água juntamente com o café numa esplanada custa 0,50 euros. A primeira reacção é " um copo de água não se nega a ninguém" mas depois vale a pena pensar no que se passa nas esplanadas portuguesas.
O copo de água é quase sempre pedido e é quase sempre desperdiçado. A água, pelo menos em grande parte fica no copo. Se houvesse uma "taxa moderadora" os clientes pensavam duas vezes.
As bebidas açucaradas praticamente só têm água, açúcar e uns ingredientes duvidosos mas são vendidos por um preço muito mais elevado . Pelo que se sabe o preço da água praticado para a indústria dá larga margem de manobra para praticar preços que tenham em conta as mais-valias que os produtos encaminham para a economia . Lavar carros paga o mesmo que um produto que é exportado ?
Em nossa casa uma garrafa cheia de água dentro do autoclismo poupa metade da água deitada na sanita. . Em cada autoclismo bem entendido. O que representa isto em milhões de lares ?
O banho é uma necessidade diária mas a maior parte de nós transformou-o num prazer, e se é prazer quanto mais melhor. E antes do banho temos a torneira aberta e a água a correr para aquecer . Em média gastam-se doze litros.. Quanto representa em milhões de lares ?
E não me venham dizer que a maioria de nós tem tino para poupar água se não lhe forem ao bolso. Não temos razão para poupar nem paciência .
Com esta receita extra substituía-se a canalização que perde entre 40% a 60% da água tratada.
Era só preciso termos políticos capazes e gente solidária . E, já agora, o governo, seja ele qual for, não dê uma abébia aos grupos de interesses que lhes asseguram os votos.
Vai chegar um momento em que toda a água utilizada vai ser aproveitada para as actividades menores como lavar ruas, regar jardins e limpar retretes, mas isso implica meios de distribuição paralelos que custam milhões.
Já vai quase nos 250 mil milhões. Ainda se estabilizasse, mas nem isso. É recorde atrás de recorde . A crescer.
Claro que o governo vai apresentando razões para esse perigoso comportamento. Mas não se pagou uma parte ao FMI ? Pagou mas apesar disso cresceu.
Se eu em minha casa, pagar as despesas, o rendimento for todo usado e não fizer poupanças e no fim do mês o descoberto bancário subir o que é que isso quer dizer ? Gasto mais do que ganho. Razões há, várias, uma delas é que pago despesas directamente na conta bancária.
Ainda se fosse só num mês aqui, outro acolá, ainda vá mas é todos os meses .Alguma coisa é. Outra hipótese é que vou fazendo empréstimos para ter uma almofada nos meses mais difíceis ( e a nível nacional são muitos daqui para a frente) . Trocar dívida com taxas mais altas por dívida com taxas mais baixas (outra hipótese) , mas isso não faz crescer a dívida. É troca por troca.
Alguma coisa será, mas uma coisa é certa, se houvesse supéravites se houvesse dinheiro, encaminhava-se para pagar a dívida o nosso maior problema.Mas não, ela, a dívida, cresce.
A economia continua a depender fortemente da procura interna. O crescimento do PIB no 2.º trimestre do ano (2,8% em termos homólogos) espelha essa realidade. O crescimento do crédito ao consumo e das importações (com saliência para os bens de consumo de particulares como automóveis e aparelhos de tecnologia) já ditaram o regresso ao desequilíbrio da balança comercial e ao défice externo.
Basta a economia acelerar um pouco para que o endividamento aumente e a poupança caia significativamente, quando deveria acontecer o contrário.
A poupança é o garante do investimento e só este pode criar emprego e crescimento sustentável. A poupança das famílias está a um nível que é menos de metade do valor médio da União Europeia (4,5% do PIB em Dezembro passado) e com tendência para diminuir. Por isso, tem que ser incentivada.
As exportações, a substituição de importações e o investimento são o caminho para o crescimento económico sustentável. As empresas e os projectos que contribuam decisivamente para a balança comercial e para o PIB devem ser financeiramente apoiadas. Ao contrário, devemos parar de sustentar os "zombies".
Há que parar o endividamento, caso contrário, vamos a caminho de situações que já conhecemos e que nos infernizam a vida.
Andamos a vender os anéis para financiar o excesso de consumo. As famílias e as associações sem fins lucrativos portuguesas tiveram, no primeiro trimestre de 2017, um rendimento disponível bruto mais baixo do que as despesas de consumo. Um saldo do consumo negativo de 624 milhões de euros.
Isto é, consome-se mais do que se ganha. O saldo desta natureza é o mais baixo desde qu há registos (1999). Para suprir esta diferença andamos a vender os anéis e o acumulado já vai na bonita soma de 14 mil milhões de euros.
A diferença é que antes alienávamos bens para financiar o investimento das famílias, agora vendemos bens para financiar o consumo. Uma limpeza na queda da poupança.
Até o sucesso do nosso consumo que alguns insistem afirmar ser o pináculo do nosso crescimento, está assente na confiança dos consumidores, e na poupança dos outros, pois nem os anéis que vendemos nos chegam para pagar o excesso de consumo.
Nós por cá deixamos de poupar e o que mais fazemos é endividarmo-nos. Somados os défices do estado, da segurança social , das famílias e das empresas andamos nos 500% do PIB .
O estado cativa a eito e não paga aos seus fornecedores, como na saúde . As cativações têm este resultado .
"temos que eliminar o défice público e o externo. E o crescimento tem que ser pelas exportações e investimento e temos que olhar para a poupança. É preciso ter medidas de carinho da poupança, nas famílias e empresas", salientou. "Este Orçamento em parte aceita a prioridade do investimento e exportações em vez do consumo, mas não podem vir dizer isso cá para fora, por causa do PCP e do Bloco de Esquerda. E promove muito pouco a poupança. Baseia-se na ideia de que quem poupa é rico e quem se endivida é pobre e eu não acho que seja assim". diz Rui Rio .
Porque como já hoje é evidente a chamada "viragem da austeridade" foi feita à custa de um brutal aumento dos impostos indirectos e do aumento generalizado dos preços dos bens essenciais bem acima da inflação.
Os empresários acreditam que "o modelo seguido nos últimos anos conduziu a uma situação muito difícil de mudar. Mas temos que mudar. O Estado não se reestruturou, ao contrário das instituições e empresas e estas fazem-no com o olho no mercado. No Estado, o mercado são os contribuintes e se olharmos para a evolução da carga fiscal o que aconteceu foi o aumento cada vez mais dos impostos", segundo Nunes de Almeida.
O BE tem um preconceito ideológico fatal: quem acumula riqueza fá-lo ilicitamente ou através da exploração de trabalhadores. E o PS pela voz do PM vai pelo mesmo caminho só o PCP é mais comedido, afinal sempre disse que tem pouco ou nada a ver com os parceiros e ainda menos com o governo.
Não é que o PCP odeie menos os que acumularam dinheiro mas sabe que, em Portugal, a acumulação de riqueza fez-se ao longo de gerações, de avôs para netos e tem respeito pelo esforço e pelo povo e o seu trabalho. Ao contrário o BE e este PS acham que quem poupa só pode ser um criminoso.
A Mariana Mortágua e a maioria dos seus camaradas nunca trabalhou nem investiu, não criou um único posto de trabalho. Andou na escola pública que nós todos pagamos ( os criminosos), passou para uma universidade pública que todos nós pagamos ( os criminosos) e agora frequenta em Londres uma universidade para se doutorar com uma bolsa que nós todos pagamos ( os criminosos). Paralelamente é deputada auferindo um vencimento do estado, que nós todos pagamos ( os criminosos) muito superior ao da esmagadora maioria dos portugueses.
Aqui para nós. Com esta vidinha o que é que se pode esperar da menina ? Ela responderá que quer devolver parte do que o povo lhe deu ajudando os mais pobres. E nós que trabalhamos desde os 16 anos andamos a fazer o quê ? Saberá ela que nós ( os actuais criminosos) fomos quase todos pobres ? Pergunte ao pai que ele sabe.
Vem aí o imposto sucessório o imposto mais injusto de todos. Porque depois de uma família remediada ou mesmo pobre, andar uma vida a pagar todos os impostos para poupar alguma coisa para deixar aos filhos e aos netos, o estado assalta o que resta. A poupança de uma vida.
Já pagou o IRS, o IVA, o IMI, o IC e tudo o que o estado foi inventando para o roubar e no fim vai pagar mais um imposto sobre todos os outros impostos. Em duplicado.
É que os ricos vão continuar a manter as suas residências da Quinta do Lago e da Quinta da Marinha a coberto de uma qualquer off shore mas os pobres e remediados não têm por onde fugir. E são esses que, como sempre, são os espoliados, os que pagam sempre. A argumentação é sempre a mesma. Os ricos são umas centenas, em grandes números contribuem com pouco, mas os pobres e remediados são aí uns quatro milhões. Há que malhar neles.
Quem tiver poupado à volta dos cem mil euros e os querer deixar aos filhos e netos prepare-se para vender os bens que poupou para poder pagar às finanças o imposto sucessório. E é pela mão do PS e do BE que este roubo sem nome será perpetrado. Nestas coisa o PCP costuma pensar duas vezes, quando puder leva tudo mas a todos. É menos injusto. E dizem eles que a austeridade acabou e que não há mais impostos. É só esperar pelo Orçamento de 2017.
E é assim meus caros, não poupem, gastem em cervejolas e em carros novos, amantes e em cruzeiros pelo mundo. Bons jantares regados com Pierre-Chandon a 150 Euros a garrafa e almocem todos os dias fora de casa. Mas por quem sois não poupem.