A conversa da treta a que se referia Catarina Martins
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Somos tão transparentes e tão bons . Os maus que nos governam é que nos roubam e andam de mão dada com o grande capital e com os países onde predomina a ditadura.
Pablo Iglesias e o partido Podemos estão a ser investigados por alegado financiamento ilegal proveniente do regime iraniano, informa o El Confidencial. A Unidad de Delincuencia Económica y Fiscal (UDEF) da polícia nacional espanhola terá em sua posse documentos que demonstram que o líder do partido de esquerda e uma das grandes revelações das últimas eleições, recebeu dinheiro através de uma produtora iraniana sediada em Espanha, que serviria de veículo para o dinheiro viajar de Teerão para contas associadas ao Podemos.
Nova sondagem dá a Nova Democracia à frente do Syriza na intenção dos votos.
Ao mesmo tempo, também a popularidade de Alexis Tsipras estará a afundar-se rapidamente, com 28,8% dos inquiridos a responder que o preferem para primeiro-ministro, valor muito distante dos mais de 40% que assim respondiam há cerca de um mês e já muito próximo do que recolhe Evangelos Meimarakis (na foto), líder do ND, encarado por 27,1% dos inquiridos como o melhor candidato a liderar o próximo Governo.
A vida das pessoas faz-se de pequenas coisas como pagar as contas .
O PODEMOS em Espanha já vai, nas sondagens, em 4º lugar. Foi fugaz a sua liderança. Curiosamente o PP, actual governo, já está no 1º lugar. Quem está a crescer é o CIUDADANOS.
Sempre considerei muito importante que um destes partidos recentemente formados chegasse à governação. Não só mostra que em democracia qualquer um pode ganhar como, retirar da zona de conforto quem não tem que apresentar resultados é o melhor teste à eficácia das propostas.
Continuar agora a dizer que a dívida não é para pagar ou é para reestruturar já não dá frutos. De repente o milagre que estaria para acontecer na Grécia passou a pesadelo. Com uma mão à frente e outra atrás, o orgulhoso povo Grego lambe as feridas.
Cá por casa, os nossos, com medo de serem chamados à responsabilidade, já se pulverizaram. É tão bom aparecer na televisão a defender os pobrezinhos.
As sondagens apontavam para uma forte vitória da extrema direita de Le Pen( anti UE e anti euro) mas foi o centro direita de Sarkozy que ganhou. E na Catalunha quem ganhou foi o PSOE embora o PODEMOS e o Ciudadanos tenham entrado no parlamento com forte representação. A vacina da Grécia começa a produzir anticorpos.
Na França, Holland sofre forte derrota. Uma projecção, realizada pela CSA, dá um máximo de 31% à coligação liderada por Sarkozy e 24,5% à FN. Já o Partido Socialista terá obtido 20% dos votos, o que traduz uma clara derrota para o partido do presidente Hollande.
Na Grécia, os cofres vazios obrigam a continuas reuniões. Sem reformas não há dinheiro.
O Syriza e o Podemos estão a invadir o eleitorado de esquerda e de centro esquerda liderados por políticos com carisma e com ideias formatadas e credíveis, embora em ruptura com o sistema. Teria acontecido o mesmo em Portugal se Louçã, Rosas, Miguel Portas, Ana Drago ainda liderassem o BE?
O que aconteceu com o BE foi que, com a renúncia daqueles líderes, o partido entrou em desagregação, chefiado por políticos imberbes e sem credibilidade. Catarina Martins sabe discursar, fazer a pontuação, realçar a mensagem mas, o problema, é que não tem nada para dizer. Parece uma menina no recreio da escola. Diverte-se mas à solução não trás nada.
O líder da bancada, mais consistente, não é capaz de passar da visão a preto e branco que tem sobre o mundo. Ouvido uma vez ouvido para sempre.
Na segunda fila da bancada Mariana Mortágua é demasiado nova embora mostre uma preparação muito acima dos papagaios seus camaradas. Com mais dez anos podia ser a líder ideal para substituir Louçã. Está no lugar certo no tempo errado.
Na Grécia o Syriza cresceu à conta, principalmente, do partido socialista. Em Espanha o Podemos cresce à conta do PSOE. Em Portugal nascem partidos em confronto com a esquerda tradicional.
"Há diferenças entre Podemos e Syriza, mas um elemento em comum: ambos absorveram o eleitorado comunista e estão a conquistar o espaço político dos socialistas. Na Grécia, as primeiras vítimas foram PASOK e KKE, que em 2009 somaram mais de metade do eleitorado grego e agora têm apenas 9,5% (somados). Em Espanha, a IU ameaça implodir e o PSOE surge nas sondagens em terceiro lugar, com uma votação muito inferior aos valores tradicionais."
Em Portugal temos o BE que se pulverizou em vários novos partidos e movimentos. O PCP contenta-se com os seus 10% e a força que tem nos sindicatos e em tudo o que é "público". O PS anda a fazer de conta que não percebe o que dizem as sondagens após três anos terríveis de governação da maioria PSD/CDS. Aliás, António Costa dá mostras de desorientação como se viu na última semana mais uma vez. Passou de ex- Pasok a ex-Syriza numa só semana e já diz que não interessa ser de esquerda ou de direita.
Os Populistas têm uma situação que já não é a que era e ainda não é a que vai ser . O melhor mesmo é prometer tudo e depois logo se vê.
Não parece ser o caso, Catarina. Desde logo, porque "cá de baixo" se percebe que o PODEMOS e o Syrisa não querem sair da União Europeia e do Euro. Depois, porque enquanto o BE vai desaparecendo numa deriva autofágica irremediável, o PODEMOS e o Syrisa crescem nas sondagens. Há aqui matéria para nos tirar o sono, Catarina.
Por outro lado o BE jura que é, verdadeiramente de esquerda, enquanto o PODEMOS diz que é "cá de baixo" em alternativa aos "lá de cima". Ora isto levanta outro problema. De esquerda e de direita, há gente em todos os estratos sociais, enquanto "cá de baixo", somos todos, com excepção de uns quantos que passam pelas administrações dos bancos depois de terem passado pelos governos de esquerda. Que os ex governantes de direita façam o mesmo a gente percebe agora aquela malta snob de esquerda...
E que dizer do afrontamento injustificável ao partido verdadeiramente de esquerda que é o PCP? É que este não perdoa, Catarina, em menos de nada, o BE é rejeitado nas manifestações de rua, nas "grândoladas" e nas Aulas Magnas. E o BE, não representando nada nem ninguém desaparece . Ora não tendo votos, não tendo câmaras e não conseguindo juntar-se às manifestações do PCP resta o quê ao BE ?
E que dizer a todos aqueles que saíram do BE exactamente por quererem ter a mesma posição política do PODEMOS e os "bicéfalos" não deixaram? Isso não vai nada bem, Catarina.
Basta saltar para dentro do circulo político próximo do poder para que os novos partidos apresentem as mesmas nódoas. O PODEMOS, o novo partido em Espanha que espantou meio mundo com as sondagens a dá-lo como primeiro partido, já foi ultrapassado pelo PSOE. Razão? Um dos seus dirigentes tem um currículo pouco limpo.
"Desta forma, o PSOE poderia agora ser chamado a governar, apesar de ter a pior votação da sua história. Um cenário possível, devido ao fim do tradicional bipartidarismo, consequência da afirmação do Podemos no mapa político espanhol. Depois de uma subida fulgurante, a jovem formação mostrou pela primeira vez uma desaceleração, numa semana marcada pela apresentação do programa económico e pela controvérsia surgida em relação à atribuição de uma bolsa universitária a um dos seus dirigentes, Íñigo Errejón."
O programa económico para agradar a uns desagrada a outros e a natureza humana faz o resto.
Oferecer tudo a todos eis a chave do sucesso do Podemos! Garantir a passagem do estado providência para o estado do bem-estar onde nada falta. Eis o insucesso dos partidos. O Podemos garante 140 000 milhões para distribuir pelos cidadãos pobres, remediados e milionários. Acolhe indiscriminadamente todas as aspirações possíveis e impossíveis - especialmente as impossíveis -
O facto é que o Estado-Providência já não satisfaz; é preciso um Estado de Bem-Estar. E é esta insatisfação, esta aspiração que os partidos responsáveis não conseguem transmitir e muito menos podem traduzir em resultados práticos, que está na raiz da sua generalizada condenação e na génese de movimentos inorgânicos e transitórios, fóruns de discussão, associações e novas formas de activismo de toda a ordem que competem com os partidos pela representação popular.
Os partidos comunistas europeus desapareceram todos depois de passarem pelo exercício governamental. Há melhor exemplo ?