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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A crise na Europa é má mas em Portugal será muito má - II

Depois de quatro anos de tantas vitórias Portugal impreparado sofrerá com a actual crise como só sofrem os pobres. E ficará numa situação que nos arrastará para mais sacríficios sem resolver nenhum dos problemas fundamentais.

Portugal deverá sofrer uma das mais pesadas recessões num grupo de 14 países analisados num novo estudo. A dívida dará um dos maiores saltos. E temos 18% de portugueses na pobreza sem nenhuma esperança de nos próximos anos viverem melhor.

É isto o Portugal de sucesso. Um rotundo falhanço.

Os países do Sul da Europa - Portugal incluído - estavam já entre os mais frágeis antes do vírus, devido à sua estrutura produtiva e à sua elevada dívida externa. Agora junta-se a queda abrupta do sector do turismo de que tanto dependem (e que não será momentânea) e uma dívida pública ainda maior.

Antes de mais uma constatação, o modelo que o nosso país perseguiu nos últimos vinte anos foi um fracasso completo. Portugal, descontando países em guerra, deverá ter sido o terceiro pior país do mundo, em termos de crescimento económico. Só visões profundamente alienadas podem dizer que íamos bem ou que “somos os melhores do mundo”

Portugal com o actual modelo continuará a situação de pobresa sem resolver nenhum dos problemas fundamentais . Nos últimos quatro anos não resolveu nenhum.

Não temos que ser pobres.

Repugnante é não sermos capazes de sair desta tristeza

Em média nos últimos 20 anos a nossa riqueza produzida não cresceu mais de 1% ( 80% do tempo o PS esteve no governo). É o caminho para nos mantermos como um dos países mais pobres da Europa. Um dos quatro mais pobres para ser mais preciso.

E não é assim tão difícil sair desta apagada e vil tristeza. Bastava conseguirmos atrair mais uma AutoEuropa que representa 1,9% do PIB.

À volta da AutoEuropa cresceu todo um cluster de mais de setenta empresas altamente qualificadas, pagando altos salários e com uma produção também dirigida para a exportação. Mas como há o preconceito em relação às empresas e muito especialmente ao investimento estrangeiro acrescido de uma insuportável carga fiscal poucos se atrevem a arriscar. A não ser no imobiliário ( construção civil nenhuma inovação e baixos salários) e no Turismo que paga mal .

Mas na verdade o que conseguimos com este modelo de desenvolvimento é ter a segunda dívida mais elevada da Europa, uma carga fiscal pesadíssima  e salários baixíssimos. E os dois milhões de pobres persistem. Isto é, não conseguimos resolver nenhum dos problemas estruturais que sempre nos afligiram.

Quando chegou a crise anterior quem foram os países que ficaram com a corda na garganta ? Entre eles estávamos nós. E  agora com a presente crise quem é que não está preparado para enfrentar a crise ? Entre eles estamos nós.

O desprezo com que os países do centro e norte da Europa nos tratam dói muito. É repugnante, sim, mas a culpa é inteiramente nossa.

Um dos quatro mais pobres países da Europa

Ultrapassados pelos países do Leste Europeu que entraram na UE vinte anos após Portugal.  O que fizeram estes países na economia para terem estes resultados ? O que é preciso fazer por cá? Proposta de mais um grupo de trabalho.

"Não podemos ficar parados à espera que todo este desastre se concretize sem fazer nada para o contrariar", alerta o Fórum para a Competitividade na nota de conjuntura de fevereiro divulgada esta terça-feira, 3 de março. O objetivo é estudar o que está a ser feito nesses países para que consigam "tão bons resultados e Portugal compare tão mal com eles". 

O que há a fazer é mudar de modelo de desenvolvimento assente na intervenção do estado de que o PS é líder apoiado pela extrema esquerda.

A pobreza e a poluição andam de mãos dadas

  1.  

    Sem capacidade de inovação e sem novas tecnologias não há qualidade de vida. Não é por acaso que na Europa nunca tivemos desastres ecológicos, derrame de petróleo ou destruição de uma central nuclear. 

Entre o negacionismo reacionário e o anticapitalismo primário, há-de haver um meio-termo civilizado na protecção do planeta. E esse meio-termo não há-de estar dependente do fim do crescimento económico, mas da reorientação do crescimento, nas políticas públicas e nas opções privadas, segundo pressupostos de sustentabilidade.

A solução para a emergência ambiental não está em refrear a criatividade natural do ser humano, nem numa demanda impossível contra o nosso egoísmo intrínseco. Está na nossa liberdade e na nossa infinita capacidade de inovação tecnológica. Determinada, é claro, pelo desejo permanente de melhorarmos a nossa condição. O que salvará o planeta é o capitalismo.

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Se não há dinheiro para a Saúde e para a Educação então é mesmo pobreza

O dinheiro vai para onde ? Quais são as prioridades ? Ou será mesmo que não há dinheiro ? É mesmo pobreza?

Os 2 milhões de pobres sem serviços de saúde capazes e sem escolas irão viver toda a sua vida na pobreza, sem elevador social e, consequentemente, sem oportunidades iguais aos que podem aceder a melhores serviços ?

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Não basta a existência de uma rede de ensino gratuito. É necessário que esta seja de qualidade para colocar os jovens em igualdade de concorrência no mercado do trabalho.

Um sistema de saúde gratuito, mas de qualidade duvidosa, aumenta a tendência para a procura de serviços mais onerosos, deteriorando o nível de vida.

As opções políticas esbarram inevitavelmente na escassez de recursos para as concretizar, mas no combate à pobreza, a qualidade da Educação e da Saúde deviam ser prioritárias. ( Manuela Ferreira Leite - Expresso)

O combate à pobreza

Fomos pobres, somos pobres e seremos pobres a não ser que o caminho seja outro.

O combate à pobreza só será eficaz se, em vez de nos preocuparmos com o combate aos ricos, investirmos fortemente na educação ao mesmo tempo que se estimula o crescimento económico.

Só um investimento do Estado na educação, acompanhado da criação de medidas que estimulem o crescimento económico, é que permitirá arrancar Portugal à sua pobreza.

E o crescimento económico só se fará com uma economia de mercado forte porque dotada de empresas e empresários fortes, sem medo de investir e desenvolver os seus negócios, o que só pode acontecer quando a burocracia e a carga fiscal deixarem de constituir obstáculos ao desenvolvimento da economia por parte da iniciativa privada.

A pobreza é um problema a cor da pele não

Leio que há, em Portugal, mais de dois milhões de pessoas em risco de pobreza e de exclusão social. A pobreza é um problema, um gigantesco e injustíssimo problema, para os que a sofrem, mas a cor da pele não o é, ou já não o é, felizmente. Do que precisamos é de melhorar a condição económica e social de todos os pobres e não de quotas ou de outras formas de “discriminação positiva” só para alguns.

Nos tempos que correm tem-se lançado mão de quase tudo para criar e acentuar de forma artificial a oposição ou a disputa entre brancos e negros. “Museu da Escravatura” versus “Museu dos Descobrimentos”, lembram-se?

O pântano de Guterres, a bancarrota de Sócrates e a pobreza de Costa

Nos últimos 27 anos o PS foi de longe o partido que mais tempo esteve no governo . Os resultados não foram bons. O pântano de Guterres, a bancarrota de Sócrates e a pobreza de Costa não enganam e, para mais, muita gente que está hoje no poder também esteve nesses governos.

Portugal caminha para os últimos lugares na criação de riqueza entre os países da União Europeia. O PIB de 2018 é igual ao PIB de 2008 e já está a desacelerar para 1,9% em 2019. Sempre a descer até 2021 no mínimo. A falta de investimento vai fazer-se sentir nos próximos anos.          A degradação dos serviços públicos e a dívida que continua a crescer não deixam dúvidas e, com estas condicionantes, manter ou reduzir o défice só à custa da elevada carga fiscal a maior de sempre. Com a geringonça ou com algo semelhante não se percebe como sair do círculo vicioso.

A falta de investimento faz-se sentir no SNS ( a actividade dos hospitais privados cresceu mais que a dos hospitais públicos e assim continuará), os professores afiam as facas para paralisarem a escola pública com greves, a ferrovia lá para 2023 terá mais comboios ( os actuais andam a deixar cair os motores) .

E o custo para o PCP do apoio ao governo com expulsão de membros históricos também não ajuda.

Porque te ris, António ?