São as PME existentes que representam 80% do emprego e 60% das exportações que pagam isto tudo. O SNS, a SS , a Educação, a Justiça e o resto. O Estado pagador é antes de tudo o Estado cobrador.
Dizem alguns que as empresas pagam mal. Pois pagam mas a solução é bem fácil. O Estado reduz a carga fiscal e a diferença assim obtida distribui pelos salários dos trabalhadores que ganham menos. Ganham todos. O Estado fica com menos e precisa de fazer melhor as contas, as empresas ficam na mesma situação e os trabalhadores e as suas famílias ficam a viver bem melhor. É fácil.
Os políticos é que não querem. Para quem julgava que era de outra maneira estava muito enganado. E como os trabalhadores a ganhar mais descontam mais para o IRS e para a SS o Estado recebe de volta mais dinheiro. E no IVA, porque as famílias gastam mais. Não é esta a política defendida por PCP, BE e aquela parte do PS que devia estar no Bloco ?
O Orçamento é uma soma algébrica, tiras de uma lado e metes no outro, só não aumentam os salários e as pensões de miséria porque a TAP, o Novo Banco, o Montepio ( brevemente) e os negócios fraudulentos que o Estado faz mamam quase tudo e deixam quase nada.
Ou julgavam mesmo que os pequenos e médios empresários é que querem que os empregados recebam baixos salários ? Para quê, para aumentarem o lucro e pagarem cavalares IRC ?
A forma certa em que ganham todos, crescem todos, é pôr a economia a crescer, coisa que não acontece há 20 anos. Distribuir miséria por todos não tem nada que saber, mais tarde ou cedo estamos a bater no fundo como se vê com a política de António Costa.( aumentos de salário em 10 E e pensões em 14 E ? A humilhação maior é de quem dá ou de quem recebe ?)
Eu voto em quem estiver ao lado de quem cria riqueza, de quem melhora as condições para a economia singrar. Para termos melhores salários, melhores pensões, um SNS sem lista de espera onde se morre sem tratamento, uma Justiça com prazos decentes .
A UE chegou a acordo numa bazuca imediata de 540 mil milhões de euros destinada ao sector saúde. A seguir virá uma bomba para o sector da economia .
Como o plafond para cada país é de 2% do PIB para Portugal virão 4,6 mil milhões de euros. Na anterior crise com a Troika vieram pedidos 76 mil milhões. Para constar e não esquecer.
Tendo em mente a situação das empresas, o Eurogrupo congratulou-se pela intenção do Banco Europeu de Investimento de criar um fundo de garantias com 25 mil milhões de euros que podem ser alavancados ao ponto de fazer chegar até 200 mil milhões de euros em programas de financiamento, sobretudo para pequenas e médias empresas europeias que se viram afetadas por esta crise.
A plataforma SURE vai “conceder aos estados-membros assistência financeira durante este tempo de crise, na forma de empréstimos concedidos em custos favoráveis por parte da União Europeia aos seus estados-membros, num valor até 100 mil milhões, partindo o mais possível do orçamento comunitário”. A plataforma SURE “vai apoiar os esforços para proteger os trabalhadores e os postos de trabalho, ao mesmo tempo que se respeitam as competências nacionais na área dos apoios sociais”,
A grande novidade do acordo obtido esta quinta-feira, porém, poderá estar no “banco de suplentes”. E falamos, aqui, de uma iniciativa de Espanha e de França para a criação de um “Fundo de Recuperação” a pensar no relançamento no pós-crise sanitária.
Já vamos em 43,7% do PIB mas precisamos de chegar a 50%/PIB para tirar o país dos crescimentos medíocres.
Recordando que as exportações têm sido o motor da recuperação económica, sendo que nos últimos dez anos o peso no PIB aumentou de cerca de 30% para 43,7% (1.º semestre de 2019), sublinha que a aposta em mercados externos é uma realidade com tendência de crescimento.
E foi precisamente a pensar nas metas do crescimento e da diversificação que o PE aponta o foco para três mercados, apostando em concreto em Espanha, Alemanha e Angola (que representam 34% das exportações); e para três setores estratégicos, o agroalimentar, metalomecânica e e-commerce. “Temas como a alimentação saudável (aposta em produtos com menos sal, gorduras ou açúcar) ou a economia circular, fazem parte da equação do futuro do comércio mundial e os especialistas convidados são atores importantes que darão pistas às PME para se posicionarem na vanguarda destas tendências
Finalmente, diversificar porque esta é a mais fácil e mais saudável forma de crescer. Dois terços das exportadoras (cerca de 33 mil) exportam apenas para um país e que os cinco principais países de destino representam cerca de 61% do nosso mercado”, conclui. Em seu entender, “se conseguirmos consolidar, crescer e diversificar estamos no bom caminho para continuarmos a aumentar o peso das exportações no PIB. Estamos a evoluir neste sentido sendo que as exportações já representam 44% do PIB, mas os outros países europeus da nossa dimensão têm valores superiores a 50% e a média europeia é de 46%”.
Então o primeiro ministro não diz que crescer se faz pela procura interna ?
As PME só ganham 5,8% dos concursos públicos quando a média na Europa é de 51%. Mas gosta das grandes empresas rentistas que vivem à conta do dinheiro dos contribuintes.
Mas as PME repreesentam 80% do emprego e 60% das exportações. Há maior prova do centralismo do estado ?
Mesmo assim, as PME lusas continuam a criar emprego. Mais precisamente, 133.800 novos postos de trabalho até ao final de 2020, diz a Comissão Europeia
Em território nacional, há exatamente 888.421 PME que têm ao seu lado 875 grandes empresas, o que significa que representam 99,9% do tecido empresarial do sector não financeiro. Empregam 2.5999.955 trabalhadores (77,4%) e somam 59,5 mil milhões de euros em valor acrescentado (68,3%). Mas no que respeita a concursos públicos, as PME lusas estão em clara desvantagem face às congéneres europeias: o seu peso no valor total dos contratos adjudicados fica nos 5,86%, longe da média comunitária de 51%.
São estas empresas que precisam de um Estado amigo do empreendorismo.
E sem o financiamento adequado da economia como é que o PIB cresce sustentadamente ? Não cresce.
As PMEs não têm acesso ao crédito e quando têm é mais caro que o das suas congéneres dos outros países europeus. Então como é que relançamos as empresas ? Não relançamos.
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"Portugal ainda não resolveu o desafio de financiamento da sua economia. O seu sistema bancário é frágil, com um rácio de malparado de 19,5% e com a distribuição de crédito ainda a contrair. Apesar de terem sido dados passos de emergência, o custo do crédito para as PME continua acima dos pares europeus", pode ler-se na avaliação da accionista da COSEC.
Estas dificuldades de financiamento estão também na base do número elevado de falências que, depois de terem caído 23,3% em 2016, deverão continuar a recuar em 2017 e 2018. No entanto, mesmo com descidas em dois anos consecutivos, a Euler Hermes estima que as falências continuem 42% acima do nível de 2007."
Claro que a situação tem melhorado desde a bancarrota( e vai continuar a melhorar) mas os pontos fortes já cá estavam e as fraquezas é que são novas:
Forças
Melhorias da competitividade, graças a reformas estruturais
Rede moderna de infraestruturas
Grandes empresas com presença internacional
Bom desempenho de alguns sectores industriais e inovadores
Potencial de turismo
Sistema eficiente de I&D e mão-de-obra relativamente qualificada
Fraquezas
Dívida pública elevada, apesar de esforços de consolidação
Dívida privada elevada
Sector bancário frágil, travando o financiamento da economia
Em 2014 as empresas desalavancaram o seu crédito num montante nunca visto. O pagamento de créditos, principalmente à banca, dá espaço para que as empresas possam com mais facilidade obter novos empréstimos para assegurar a sua actividade.
"...A responsável do BPI acrescenta que há “sinais positivos no mercado de crédito, pois os prémios de risco cobrados pela banca começam a estreitar, alimentando uma envolvente financeira mais favorável, potenciadora de mais crescimento e emprego"
De acordo com Paula Carvalho, neste momento já se “está a começar a assistir a um desagravamento e a uma alteração da tendência” de aperto no financiamento às empresas. “Veja-se o crédito às empresas exportadoras que continua a aumentar”.
Tradicionalmente, destaca o relatório da Comissão Europeia, as Pequenas e Médias Empresas (PME) “desempenham um papel muito mais importante na economia portuguesa do que nos outros países da União Europeia” e são “as empresas mais vulneráveis”. Os dados apresentados pela Comissão Europeia mostram que, no caso das microempresas, estas representam 95,4% do total das empresas nacionais (quando a média na UE é de 92,4%) e são responsáveis por 42,8% dos postos de trabalho (contra 29,1% da UE).
Desde 2009 que o dinheiro não chegava às empresas a taxas de juro tão baixas. Há cinco anos que as pequenas e médias empresas (PME) portuguesas não beneficiavam de custos de financiamento tão favoráveis. Estatísticas divulgadas ontem pelo Banco de Portugal mostram que os juros dos novos empréstimos concedidos em Novembro do ano passado a empresas deste segmento se situaram, em termos médios, abaixo da fasquia dos 5%, o que já não acontecia desde Dezembro de 2009.
Crédito mais barato às empresas é condição fundamental para a retoma da economia e é mais uma ajuda às empresas exportadoras, tornando-as mais competitivas.
É preciso determinação, ter uma ideia para o país, e não se acomodar ao que já está feito e que tem sucesso à custa das rendas internas e excessivas sem concorrência. Não é por acaso que em Portugal , governo após governo, os interesses cirandam ao redor de empresas majestáticas controladas pela banca e pelos empresários do regime. São as PMEs que garantem 60% das exportações e 80% do emprego. Criar postos de trabalho no estado é fácil e mais tarde ou mais cedo a factura chega.
As Pequenas e Médias Empresas não deviam ser castigadas por estarem localizadas onde estão. Na Alemanha, e porque o Estado é prudente e disciplinado as PMEs são financiadas a taxas de juro metade das portuguesas. E nem assim as PMEs nacionais têm acesso a crédito. O BCE está atento a esta realidade e tudo aponta que nas próximas semanas injecte até 40 mil milhões de euros nos bancos para que estes possam financiar as PMEs a taxas competitivas. Este programa será um poderoso instrumento para alanvacar as economias dos países em dificuldades e para combater alguma preocupação de se estar a instalar um período de deflação.De salientar que Mario Draghi, recordou há poucos dias numa conferência organizada pelo BCE em Sintra que persistem grandes disparidades na concessão de crédito às empresas da zona euro. Enquanto na Alemanha apenas 1% das empresas têm problemas de financiamento, em Espanha esta percentagem sobe para 25%. No caso português afecta um terço das empresas. É, claro, que o BCE, paralelamente, tem que monitorizar o programa para ter a certeza que o dinheiro chega mesmo à empresas.