Não podemos ter uma civilização tecnológica avançada sem recursos minerais estratégicos, que são vitais para a indústria eletrónica de alta precisão, os computadores, telemóveis, todo o tipo de gadgets eletrónicos, e depois também as baterias e os materiais para a transição energética. Neste contexto o país deve desenvolver um projeto e uma visão para atrair investimento externo e construir consórcios internacionais para aproveitar estes recursos”.
“Os países que estão interessados podem ser a Alemanha (que já concorreu no Pacífico à exploração de uma zona com sulfuretos polimetálicos), a França, os EUA e Canadá, para além do Japão e da Índia”, .
António Costa Silva alerta para “a necessidade de lançarmos, em particular nos Açores, as bases de uma grande Universidade do Atlântico, em ligação com as outras Universidades portuguesas e Centros de Investigação, transformando os Açores numa plataforma tecnológica para o estudo do clima, do oceano, da terra e da meteorologia”.
Aproveitar a crise para relançar a economia da UE em bases sólidas. Hoje todos sabem muito mais sobre as debilidades da economia europeia e estamos muito à frente em relação há dez anos.
No entanto, se o plano de recuperação da UE em discussão for ousado, alinhado adequadamente a outras políticas favoráveis ao crescimento, incluindo o Acordo Verde Europeu, e focado no futuro, isso poderá ajudar as economias da Europa a tornarem-se mais sustentáveis, competitivas e coesas”.
A resposta da UE já está muito à frente da sua reação em crises anteriores e, quando os chefes de Estado da UE se encontrarem esta semana, terão a oportunidade de fazer mais ao decidir sobre um fundo de recuperação da UE que possa ajudar a consolidar o futuro dos países europeus”.
Recuperar a economia é, fatalmente, no que nos diz respeito, alterar o modelo de desenvolvimento, substituindo importações por produção própria e relançar o investimento que foi muito reduzido por este governo.
Só desta forma conseguiremos crescer a 3% por um período alargado de tempo, reduzir a dívida, obter saldos positivos nas contas externas e reduzir a carga fiscal.
Hoje num debate entre os economistas Ricardo Arroja e Ricardo Paes Mamede foi dito que nunca os números publicados pelo governo (PEC) foram tão submissos em relação a Bruxelas e às agências de rating. O governo joga tudo na saída dos défices excessivos e na saída da avaliação que coloca o país em "lixo" .
O saldo primário: receitas - despesas (com excepção dos juros) aponta para 4,9% . A probabilidade de este número ser atingido é de tal forma baixo que apenas dois países na Europa o conseguiram alcançar ambos no mesmo ano. Um dos economistas diz que dá um salário se este número for alcançado.
Para que o PIB possa crescer mais um bocadinho, o governo corta nas importações . O problema é que com menos importações a curto prazo beneficia o PIB mas a médio e longo prazo prejudica-o. Parece que as Finanças se entreteram a carregar a folha de excel com vista a atingir os números que nos vão salvar . A realidade fica à porta deste exercício .
Mas para além dos números irrealistas o que mais espanta é que o governo dá como máxima prioridade a contenção da despesa emagrecendo a Administração Pública . Todos já prometeram mas nenhum cumpriu.
O que é mais extraordinário é que sempre tivemos o PCP e o BE a bramar contra a submissão ao Euro mas agora nem piam. Estão metidos no bolso de António Costa . Vendem a alma para terem algum poder .
PS: Ricardo Paes Mamede navega nas águas do PS/BE, Ricardo Arroja nas do PSD ( salvo melhor avaliação)