É que o país a manter-se pobre tem vítimas. Os pobres, esses 2 milhões de cidadãos que mesmo trabalhando não saem da pobreza. Mas quem grita contra a exploração dos recursos naturais são os mesmos de sempre e que não são pobres.
Primeiro, no meu tempo, foi o nuclear. Segundo os verdes de então seria uma desgraça. A verdade é que na Europa nunca houve desastre nuclear nenhum. Um dia numa visita a fábricas na Alemanha reparei que para onde quer que me virasse tinha no horizonte uma gigantesca fábrica nuclear. De volta campos verdes lavrados. Há cancro entre aquela gente que por ali vive e trabalha? Não mais do que no resto do país.
A Alemanha que tem 40 centrais nucleares, a Espanha com 30, a França com 40, o Reino Unido, os países nórdicos...passados 50 anos não há notícia de desastres nem de prevalência de cancro.
O petróleo é explorado na Europa. Lá em cima no mar do Norte, em França ( há uma plataforma a 40 Kms de Paris) e também não há noticia de desastres.
Por cá, antes pobres. O nuclear, destruiria o negócio do vinho do Porto. O petróleo, o turismo no Algarve. O Lítio, o vinho verde e os aquíferos. Só desgraças que nos levariam ao inferno.
Mas como bem se vê com o aperfeiçoamento da tecnologia no mundo ocidental, a desgraça é ser pobre. E cá continuamos cantando e rindo...
"Dá-me impressão que neste país tudo o que tenha algum potencial de exploração parece que é posto em causa. Tem de ser feito de acordo com a legislação e regras ambientais do país, ponto final.” ( Mira Amaral)
Os que impedem as actividades económicas são também os que criticam a pobreza . No caso do petróleo os últimos argumentos esgrimidos em recente Prós & Contras já não são apenas de índole ambientalista mas também económicos e financeiros .
No Mar do Norte há cerca de 600 poços de petróleo explorados por países ricos e há um poço em exploração a cerca de 40 Kms de Paris mas, é claro, que são crimes cometidos contra a humanidade.
Estando toda a livre iniciativa sob suspeita, sendo sempre vista toda a despesa do Estado como virtuosa e todo o lucro empresarial como iníquo, ou muito próximo disso, afigura-se justo tirar o máximo possível a «quem acumula» .
"É politicamente correto dizer-se que não pode haver prospeção de petróleo na costa portuguesa. Mas porquê? Prejudicar o turismo? Riscos de derrames nas costas? Em Portugal fazemos tudo para sermos mais pobres do que os outros. Os que já são ricos ainda fazem mais prospeção de petróleo. Faz-me confusão os preconceitos e ir atrás dessas correntes de opinião."
Notícias dos últimas dias. Um resumo do que precisam saber:
- O Estado (Fisco) vai começar a cobrar cotas por pagar (com as respectivas multas) das ordens profissionais, preparem-se que é uma questão de tempo até o Estado português cobrar as cotas do Benfica em atraso;
- Saiu uma sondagem estes dias, onde o Bloco de Esquerda cai uns pontos valentes, devido ao caso Robles. Para inverter a situação acordam um dia e lembram-se de propor (mais) um imposto sobre mais-valias imobiliárias. Num país carregado de impostos e que taxa as mais-valias a torto e a direito (por isso ninguém investe neste rectângulo pois não compensa), a agenda do debate é marcada pela malta do Bloco e em vez de se discutir redução de impostos e burocracia fiscal, fala-se em criar novos impostos;
- O PCP, para não ficar atrás do Bloco nessa cruzada contra o grande capital, acordou no dia a seguir e lembrou-se de também sugerir mais um imposto, um adicional ao IMI. Tudo em nome do interesse nacional (dizem eles);
- O preço do petróleo tem subido estes dias e bem, há um furacão a ameaçar a costa este dos EUA, possivelmente o pior dos últimos 30 anos, e ameaça as plataformas petrolíferas e as pipelines. Mas Portugal pode-se dar ao luxo de recusar o petróleo que pode ter na costa. Todos nós sabemos o quão prejudicial é explorar petróleo por isso ele é explorado em poucos países e só na Europa, a titulo de exemplo, o petróleo é explorado em Espanha, Eslovénia, Eslováquia, Geórgia, Bulgária, Lituânia, Grécia, Itália, Croácia, Sérvia, Polónia, Alemanha, Dinamarca, Reino Unido, Noruega, etc.. Só a Noruega anunciou recentemente centenas de novos furos para os próximos anos, mas nós sabemos o quanto os Noruegueses são burros e nós somos espertos, pois nem um furo deixamos fazer. Aposto que a Grécia e Itália (por exemplo) tem sofrido imenso no turismo devido à exploração de petróleo.
Explorar petróleo no fundo do mar a 5 000 metros da superfície é bem mais seguro para o ambiente do que as centenas de petroleiros que passam a 40 kms da nossa costa. E faz bem à nossa economia.
Há milhares de explorações de petróleo existentes hoje em alto-mar; só no mar do Norte, na Noruega e no Reino Unido são 184 (janeiro de 2018). Muitas delas em zonas turisticamente sensíveis, no mar de Ibiza, no golfo de Cádis, a 30 quilómetros da fronteira portuguesa, a 40 da Torre Eiffel, em Paris, em terra a 50 quilómetros de Amesterdão, a 45 de Cannes no mar, Chipre, ilhas gregas, etc. numa atividade que é mais segura do que conduzir um carro;
Portugal possui uma fileira do petróleo com alguma tradição e a refinaria de Sines, que é considerada uma das dez mais eficientes da Europa Ocidental. Encontrar petróleo em território nacional seria importante para o seu abastecimento, com a mais-valia a permanecer em mãos nacionais;
Com os royalties assim obtidos o Estado poderá melhorar salários e pensões, financiar o Serviço Nacional de Saúde e a Educação. Não é coisa pouca.
"Não foi identificado qualquer ecossistema marinho vulnerável", nem o local de perfuração fica situado numa área protegida, destacou. "Não foram detectados impactos negativos significativos decorrentes da operação. Os impactos identificados são temporários e passíveis de minimização. A operação de sondagem e pesquisa obedece a técnicas e procedimentos robustos de segurança". Em termos de impactos negativos decorrentes da operação, apontou que possam existir "resíduos" no local de perfuração.
O furo de pesquisa vai ter lugar 46 quilómetros ao largo de Aljezur. Durante o processo de consulta pública, foram recebidas "duas mil" exposições de entidades e cidadãos. A Eni é a operadora deste consórcio, detendo 70%, com a Galp a deter os restantes 30%.
O Orçamento do Estado deste ano (OE 2018) foi alicerçado na hipótese de o preço médio do barril de crude ficar perto dos 55 dólares (54,8) neste ano.
No entanto, o crescendo de tensões envolvendo Estados Unidos, Irão, Israel e Rússia está a levar a uma forte subida do custo da matéria-prima. A pressão é tal que, em abril, no Programa de Estabilidade o governo atualizou a sua previsão para o petróleo para 65,9 dólares. É 20% acima do que está no OE.
No início deste mês, a Comissão Europeia elevou ainda mais a fasquia, assumindo agora uma média de 67,7 dólares por barril neste ano.
No ano passado, Portugal precisou de importar mais de oito mil milhões de euros em produtos energéticos (petróleo e combustíveis incluídos), mas só exportou metade desse valor. Tem aqui uma balança comercial muito deficitária.
Além de fazer abrandar a economia, o crude mais caro traz inflação para a economia e agrava o défice comercial.
A Noruega tem petróleo e passou de um país pobre para um dos mais desenvolvidos países socialmente. A Venezuela também tem petróleo mas está na bancarrota tal como Angola.
Na Noruega foi criado um Fundo financeiro dos mais poderosos do mundo com o dinheiro do petróleo por forma a assegurar que o petróleo também beneficia as gerações futuras. São 230 mil milhões de Euros que são aplicados em todo o mundo por forma a criar riqueza. Também é um dos accionistas da EDP aqui em Portugal.
O dinheiro do Fundo só é aplicado em obras públicas se estas forem autorizadas depois de uma discussão pública alargada que garanta o apoio da maioria da população e que beneficiem as gerações vindouras.
Como é de ver na Noruega não há dívida pública monstruosa nem encargos financeiros que, como acontece cá, nos levam couro e cabelo. Nem há PPP que levam o país à ruína. Nem se lançam obras para satisfazer clientelas.
Por cá andamos a fazer manifestações contra o petróleo no mar do Alentejo .
O preço do crude está a subir e já há quem antecipe problemas com o preço em alta. Este é um dos factores que tem beneficiado a recuperação dos países importadores o que é o caso de Portugal.
Terá impacto no défice e irá desequilibrar a balança comercial. Mas o problema é que a tendência é de não ficar por aqui. Pode chegar aos 100 dólares/barril com óbvio impacto também no crescimento da economia.
Parece que o melhor mesmo é ter prudência e não gastar o que não temos .
Quem o afirma é um professor de uma universidade americana. "Computadores sobre rodas" é o que vem aí e puxados a energia eléctrica. Não esteja surpreendido na Alemanha já há quem pense assim
O petróleo cairá para os 20 dólares o barril o que colocará os produtores em muitos maus lençóis. São milhões de postos de trabalho que serão reconvertidos . A nova indústria está a ser desenvolvida pela Apple e pela Google e não nas marcas tradicionais de automóveis .
Com energia limpa tudo vai mudar ao nível do ambiente e as grandes cidades vão ser mais limpas e menos barulhentas. Desde a AutoEuropa que não conseguimos atrair um investimento estrutural com uma grande criação de postos de trabalho e a formação de um cluster.
Nós cá em Portugal temos lítio, sol e gente capaz, o grande objectivo era conseguir trazer para o país a gigafábrica de produção de baterias .