Eu respeito a Fé dos milhões de pessoas que por esse mundo acreditam nos milagres de Fátima. É quanto basta para não alinhar em petições demagógicas que só têm como objectivo tirar brilho à visita do Papa Francisco.
Todos os anos Fátima é visitada por centenas de milhares de pessoas que dessa forma dão mais esperança às suas vidas. Só temos que respeitar como temos que respeitar quem não crê. Sempre que um Papa visita Portugal há um pequeno grupo de pessoas que se agita incomodado, de nada valendo os muito milhares que o recebem com alegria . Entre essas pessoas há gente séria que fez de Fátima uma história que analisam . Não tenho nada contra mas incomoda-me que essas mesmas pessoas não respeitem a fé dos crentes.
É um negócio para muita gente que vive em Fátima e nas proximidades ? Seja, não vem daí nenhum mal ao mundo e, muito pelo contrário, já ouvi relatos comoventes de visitantes e de peregrinos de Fátima. Longe de mim tirar essa alegria a quem tem tão pouca.
Uma petição contra a visita de Francisco não serve rigorosamente para nada mas mostra a intolerância de alguns . E essa intolerância não se regista só em relação à religião. Também na política há muitas petições contra a liberdade de acreditar.
Não se pode mudar de regras quando se perde ou quando se ganha. A Democracia é assim, ganha-se ou perde-se por um voto. Já há uma petição a correr que angariou quase 100 000 assinaturas a pedir :
Nós abaixo-assinados pedimos ao governo que implemente uma regra que dite que se o voto na saída ou na permanência for inferior a 60%, e a adesão for inferior a 75%, deve haver um segundo referendo.
Depois do referendo de ontem não parece que a petição tenha pés para andar mas mostra quanto de desespero se apoderou dos ingleses, ainda para mais com a Escócia independentista a votar acima de 60% no "remain" .
É preciso cabeça fria mas a União Europeia tem que mudar, estar mais próxima dos países. Empobrecer os povos não é uma forma feliz mesmo que seja eficaz o que também deixa dúvidas.
Estou sempre a lembrar-me daquele dirigente europeu holandês que passa o tempo a ameaçar Portugal e Espanha com sanções num exercício estúpido de arrogância.
Menos Europa e menos integração parece ser o caminho. Pode ser necessário dar um passo atrás para dar dois passos em frente.
Uma petição em defesa da escola pública como se ela estivesse em perigo . Nesta medida não existe a menor atenção à qualidade relativa das escolas e da educação ministrada, aos interesses de pais e alunos, à estabilidade emocional de crianças e jovens. Não interessa se a escola é boa ou má, se os professores têm ou não qualidade, e faz-se tábua rasa do que pensam os cidadãos envolvidos. Conta apenas a classificação administrativa e o poder do sindicato. O mesmo ministro que decidiu alterar os exames com o ano lectivo em andamento impõe agora, em tempos de avaliação, uma enorme incerteza a centenas de alunos, sem se preocupar minimamente com os efeitos naqueles que são a sua responsabilidade.
E a Fenprof não está preocupada com as centenas de professores que ficam desempregados
Corre por aí uma petição contra a presença do FMI, o BCE e a Comissão Europeia em Portugal no dia das eleições. Dizem os promotores que a presença de tais "larápios" pode influenciar o resultado das eleições. Calculo que a influenciar, os beneficiários seriam os partidos a que pertencem os peticionários. Queixam-se pois de quê? Ou querem mais uma vez provar que amam tanto a democracia que não consentem ser beneficiados? Ou então, têm medo que os votantes se lembrem que os "larápios" foram quem nos emprestou dinheiro para nos aguentarmos nos últimos três anos ? Ou é só isto como os próprios escrevem : Está marcado para dia 25 de Maio, dia das eleições para o Parlamento Europeu, o início de um fórum do Banco Central Europeu, em Lisboa, com a presença dos presidentes do FMI, BCE e Comissão Europeia – precisamente os organismos internacionais que constituem a troika.
Assunto sério : Considerando os apelos da petição de reforço à petição pelo manifesto da despesa pública dos 74, pretendemos lançar uma petição que reforce a petição de reforço à petição original. O objectivo é apoiar o apoio à petição que pretende levar à assembleia da república a petição apoiada pelo apoio que estamos a apoiar com esta petição.
A trincheira da CGTP é o estado social que é uma expressão onde cabe tudo. Até os "serviços públicos" das greves e dos prejuízos sem fim. E as mordomias dos seus sócios sem cujas quotas não funcionam. Há que manter tudo como está mesmo que o país ande a pedir emprestado uma década e, no fim, vá à falência. Tudo o que pertence ao estado não pode mudar e, se mudar, é um "pacto de agressão" contra o estado social.
“Há muita gente a defender mais cortes salariais na função pública e temos de denunciar os ataques de que os trabalhadores no activo e os reformados estão a ser vítima, por isso, estamos a distribuir informação para explicar os nossos motivos”, disse a sindicalista.
É, isso, há muita gente que precisa de saber porque andamos a pagar os vencimentos a quem ganha mais do que nós.