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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Porque é que o "rating" de Portugal não melhora ?

A ideia que passa é que tudo está melhor mas, a verdade, é que o que está melhor são as perspectivas. Isto vai lá, as pessoas acreditam , se isto continuar assim, se não houver nenhum colapso interno ou externo...

A resposta é mais simples do que parece. Se se olhar para o que de facto se alterou, foram as perspetivas, de crescimento, das exportações, do investimento, dos empresários, dos consumidores. Os factos são: o défice reduziu, mas continua mais negativo do que o desejável. A sua redução depende, fundamentalmente, do crescimento económico que não é de todo controlável pela governação nacional, dependendo mesmo de muitos fatores exógenos que ninguém consegue controlar. A restruturação profunda do setor estatal não foi ainda executada. A Segurança Social continua a ser um problema a médio prazo. A dívida pública é das maiores da Zona Euro e uma das maiores do mundo (4.ª), acima dos 133% do PIB. Apesar de tudo, continuamos alvo das medidas.

Portugal deve ainda pensar que alguma desta recuperação económica se deve a um dos nossos maiores parceiros comerciais, Espanha, bem como a Europa como um todo, que têm vindo a verificar um crescimento económico digno de registo (3,2% e 1,9%). Este facto, "per si", demonstra a dependência externa, mas também a vulnerabilidade a outros fatores geopolíticos que nos poderão sempre afetar de forma decisiva.

Não faltam razões para cuidados e caldos de galinha

Anda mas é para trás

As perspectivas para a evolução da economia estão a perder gás. A geringonça anda mas é para trás. Ao longo do último ano, o PS baixou a sua previsão de crescimento da economia portuguesa de 2,4% para 2,1% para depois a fixar em 1,8% no Orçamento do Estado que entrou em vigor neste mês. Este último número fica acima das previsões das demais organizações: a Comissão Europeia espera 1,6%, o Banco de Portugal 1,5% e o FMI 1,4% (já abaixo do ritmo de anual de 1,5% observado em 2015).

Ora a estratégia orçamental com a devolução de salários e pensões assenta na recuperação da economia que só existe nas previsões do governo

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