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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Repugnante : o caminho para a servidão

"O caminho para a servidão.
(E o partido que faz isto foi o mais votado (a seguir à abstenção) nas últimas eleições. Triste...)

Transcrevo o texto do Francisco Mendes da Silva, sobre a notícia.

"Aqui há uns anos houve uma polémica séria no Reino Unido quando foi apresentada uma proposta de lei nos Comuns que permitia as penhoras de bens dos contribuintes, por dívidas tributárias, por simples iniciativa do Fisco - isto é, sem prévia autorização de um juiz. Ao que julgo saber, na altura a proposta foi retirada. De facto, uma das linhas vermelhas das sociedades democraticas e liberais é - ou devia ser - esta: o Estado não pode penhorar património das pessoas sem verificação e autorização judicial prévia. Em Portugal já ultrapassámos essa linha vermelha há muito. E desde então tem sido um permanente escorregar no plano inclinado, até ao ponto absolutamente miserável que a notícia abaixo ilustra. Eis um bom tema para um partido da direita que queira falar sobre a vida das pessoas (em vez de querer mandar na vida das pessoas)."

A dívida de que pouco se fala e é uma tragédia social

A dívida das famílias e das pequenas empresas ao Fisco, à Segurança Social e aos bancos. Histórias de abusos, de casas e bens penhorados que deixam famílias na penúria. Histórias de selvajaria fiscal. E, no entanto, o poder político vive sem qualquer problema com todas elas.

O Livre / Tempo de avançar apresentou um pacote de medidas para atenuar o problema. Propõe um fundo de resgate para pessoas e pequenas empresas. Defende a redução das taxas dos juros. Quer libertar totalmente da dívida com a entrega do imóvel...

Responder a problemas concretos com soluções concretas. A uma emergência social deve-se responder com soluções de resultado imediato.

É mais importante do que os programas e promessas que se não podem cumprir. Devolução de salários e pensões, alívio da carga fiscal, por a economia a crescer com um estalar dos dedos, criar emprego sem investimento privado.

Era isto que deveria ser discutido e não os casos e o passa-culpas.

PS : Daniel Oliveira escreve sobre este assunto hoje no Expresso