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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O Bloco de Esquerda incentiva a guerra social

 

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José Milhazes «Na véspera do jogo de futebol entre as selecções de Portugal e da Ucrânia, Mamadou Ba, conhecido dirigente da organização SOS Racismo, escreveu numa rede social: “Alerta à navegação: por causa do jogo Portugal-Ucrâniana (sic), a cidade de Lisboa está infecta de nazis ucranianos e tugas, preparados para a violência. Não andem sozinhos, nem em sítios desprotegidos” (…) Como é que um dirigente de uma organização anti-racista ousa rotular tão facilmente pessoas ou até povos? (…) Voltando às declarações de Mamadou Ba e dos seus camaradas do Bloco de Esquerda, elas têm um motivo claro: provocar a destabilização social a todo o custo, pois, como nos diz a História, os extremismos políticos gostam de pescar em águas turvas.

Além do mais, trata-se também de um dos meios para desviar a atenção do facto de como a actual extrema-esquerda apoia o Governo de António Costa. Só quem não quer ver, não vê.»

Até a paz social prometida é uma quimera

A paz social seria uma das consequências boas da geringonça mas nem isso é verdade. Após as reversões de tostões a extrema esquerda voltou ao seu ADN. Exigir mais e sempre para aqueles que já têm.

Os funcionários do Estado não desistem apesar de a comparação com os privados lhes ser favorável. Os que pagam isto tudo não fazem greve . Mas como está a acontecer em França pode ser que também fiquem fartos de pagar impostos mais e sempre e encham as ruas de protestos.

Mas enquanto as greves dos funcionários do Estado são formatados pelos sindicatos e outras organizações mais ou menos partidárias as revoltas dos trabalhadores privados são bem mais perigosas. Não são formatadas, não são controladas pelos partidos e a sua espontaneidade não permite saber até onde podem ir.

A sociedade civil dá mostras que está a chegar ao limite da paciência . Aquela de ir buscar dinheiro onde o há é capaz de não ser uma boa ideia, até porque não se percebe bem que quem já paga 50% do que ganha ou perto disso seja o tal que ainda tem dinheiro.

A União Europeia é antes de tudo um processo de paz

O ex presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso em recente entrevista colocava a questão. A União Europeia depois de sofrer duas guerras onde morreram milhões de pessoas é, antes de tudo, um processo de paz que visa evitar uma terceira guerra na Europa. E há setenta anos que a paz é uma realidade na Europa.

Como é que se pode estar contra ? Por razões ideológicas é razoável virarmos as costas aos outros países europeus e juntarmo-nos a países não europeus que não comungam das mesmas preocupações e objectivos ?

É que se as duas guerras anteriores resultaram, a primeira em 30 milhões de mortos e a segunda em 50 milhões a terceira, a surgir, com a Alemanha nuclear, bem como a França e a Inglaterra seria literalmente o fim do velho continente.

Claro que este processo de paz faz-se nos vários sectores da governação com medidas que não são mais que instrumentais. A Democracia liberal. A Economia social de mercado. O estado Social. O Estado de Direito. Há quem não goste mas 80% dos cidadãos europeus é assim que vota.

Por outro lado no mundo global actual só com a dimensão da União Europeia ( 400 milhões de pessoas) pode a Europa ombrear com os USA, a China, a Rússia e outros países bem maiores que o maior dos países europeus sozinho.

É incompreensível que a ideologia passe por cima da realidade . Para sobreviver a Europa tem que estar unida e entender-se.Não há outro caminho.

A Europa não foi construida, tivemos a guerra.

Europa :

Somos, hoje, 500 milhões de pessoas, 28 países (até ver), o maior PIB do Mundo, e o segundo maior PIB per capita. Temos um modelo de Estado de Direito Democrático consolidado. Somos capazes de tudo quanto quisermos ser capazes. Falta querer. E falta, acima de tudo, exigir nada menos do que o que podemos ter. Ou a Europa que nos prometeram ou um novo modelo de Europa, mas que garanta o essencial. Paz.

Espero, sou pai, acreditem que espero mesmo muito, que não tenhamos um dia de nos lembrar que na mesma Declaração, Schuman lembrou, referindo-se aos anos 30 e 40 que “A Europa não foi construida, tivemos a guerra.”. Só uma Europa unida pode resistir às instabilidades que possam existir, dentro e fora do seu espaço. Os populistas dos anos 20 e 30 já aí andam de novo.

Com o mesmo ódio, o mesmo asco ao outro, o mesmo apelo para as massas. Sejamos sensatos. Sejamos Churchill e não Chamberlain. Dava jeito.

Quanto custa a paz social ?

António Costa calou as manifestações de rua protagonizadas pelos sindicatos e profissionais da arruaça. Comprando-os.

Vai-lhes dando poder, oferecendo-lhes as empresas de transporte, enchendo a administração pública de bloquistas e comunistas . O silêncio destes profissionais da indignação é a maior prova que estão comprados. O que dás em troca para não sairmos à rua ?

Nos hospitais faltam medicamentos e enfermeiros . Nas escolas faltam professores e funcionários. As cativações reflectem-se nos maus serviços públicos. As empresas fornecedoras do estado não recebem.É isto a paz social.

O crescimento da economia ronda os 1% bem abaixo dos 1,5% do ano passado e das previsões acima dos 2% de Centeno. Mas segundo o governo o emprego cresce. Como ? Bem, não se sabe, se calhar é porque há novas formas de avaliar o desempenho do emprego, Costa dixit .

Os juros são três vezes superiores aos de Espanha e o pior é que subiram há quase um ano e não descem. Equivalem a 8 mil milhões tanto ou mais que o SNS. Paga-se como se a economia não cresce o suficiente ?

Vamos pagar com língua de palmo. Entretanto, Centeno, vai escondendo os números que não consegue explicar.

 

A União Europeia é um singular projecto de paz, progresso e solidariedade

Não voltar aos desastrosos anos 30, com a morte de milhões de seres humanos, é o primeiro objectivo da União Europeia.

...A União Europeia, concorde-se ou não, apesar das suas naturais fragilidades, tem sido um projeto de bem-estar, paz e solidariedade entre os europeus, após duas grandes guerras que devastaram o continente no espaço de duas gerações (1914 a 1945). Como projeto político, económico e sobretudo jurídico tem sido ainda um modelo singular de integração de nações na construção de um original tipo de império benigno, exemplar na história da humanidade. A sua construção e consolidação têm na base o modelo ordoliberal de origem germânica que perante cada novo problema encontra uma nova construção normativa que através do efeito spill over, acaba por impregnar as ordens jurídicas, os mercados e os sistemas administrativos dos diferentes Estados-membros.

É este acquis que é preciso defender. Ou seja, nós não precisamos de continuar a inventar novas soluções ou a anunciar mais integração, nós precisamos é de consolidar e melhorar o que já conquistámos neste inigualável percurso de prosperidade.