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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Todos eles excluem a saída ou a dissolução da União Europeia

São nacionalistas ou populistas mas com excepção de Le Pen e de Salvini todos eles excluem liminarmente a saída ou a dissolução da União Europeia.

Não há dúvida de que os movimentos populistas estão a crescer na Europa, mas, apesar de serem normalmente amalgamados num só bloco, têm visões muito diferentes. Le Pen ou Salvini são claramente contra a União Europeia (quase que replicando o Brexit). Mas os partidos que estão no Governo na Polónia, na Roménia, na Eslováquia, na República Checa ou na Hungria, de tendência populista, são provenientes de todas as famí­lias polí­ticas (conservadores, socialistas, liberais, PPE). Todos eles excluem liminarmente qualquer saí­da ou dissolução da União.

O mesmo se diga da direita radical de austrí­acos, finlandeses, dinamarqueses ou até de grande parte da AfD alemã. Há também o populismo de esquerda, seja na versão Cinco Estrelas (pouco enquadrável), seja na versão Podemos ou Melenchon. Também aqui há imensas matizes. Não pode esquecer-se que todos eles são muito nacionalistas e isso faz com que o interesse de uns choque fortemente com o interesse dos outros.

E o Brexit é uma lição.

Voto preferencial, já!

Paulo Rangel apresenta no Público um importante artigo sobre a reforma da vida política e sobre a vida interna dos partidos. Com coragem e o discernimento que falta a quase todos.

"Os partidos da maioria – e, em particular, o PSD, de que sou militante – têm-se reclamado de uma agenda reformista para o país. Mas têm centrado a execução dessa agenda nos domínios económico e financeiro, subordinando a dimensão político-institucional à sua relevância económico-financeira. Não pode recriminar-se o sobrepeso do Estado na vida económica e financeira e ignorar o excesso de peso dos partidos (e do seu aparelho de poder) na vida política. Não pode querer-se, em nome das gerações futuras, libertar a sociedade civil e manter, em estado de menoridade, os cidadãos das gerações presentes. De resto, não é de excluir que uma parte daquele peso excessivo do Estado anda associado ao peso excessivo das máquinas partidárias." E o Presidente da República, estando no seu último mandato não terá uma palavra importante a dizer sobre este tema tão importante, ele que sempre se viu fora da vida partidária?

PS . aquele "sou militante" é do Paulo Rangel