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BandaLarga

as autoestradas da informação

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António Costa não diz quem paga aos "lesados" do BES

UM DIGNO SUCESSOR DE SÓCRATES
Além da separação de poderes, uma das virtudes de uma democracia liberal é o escrutínio. O escrutínio gerado entre governo e oposição, ou entre poder político e comunicação social. O escrutínio tem um efeito dissuasor crucial e é essencial para a preservação do normal funcionamento de um regime democrático consolidado. Por isso, quem preza a democracia liberal só pode ser inimiga da sombra e de acordo secretos.
António Costa convive mal com o escrutínio e tudo faz para o evitar. O acordo alcançado com os lesados do GES é apenas o último exemplo disso mesmo. É inadmissível que um primeiro-ministro proponha um acordo a um conjunto de investidores, mas depois se recuse a prestar esclarecimentos sobre o papel do Estado e dos contribuintes nesse acordo.
O primeiro-ministro está a comportar-se de forma politicamente indigna. Pouco importa. A luz fará o seu caminho e aquilo que António Costa quer esconder acabará por ser do conhecimento público. A nódoa que fica, mais uma, é que dificilmente sairá. Aparentemente, temos um sucessor à altura de José Sócrates.

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Desagregação grave na maioria parlamentar diz Francisco de Assis

DESAGREGAÇÃO GRAVE
“O que me parece mais importante, do ponto de vista da análise deste processo, é que provavelmente assistimos ao primeiro momento de uma desagregação grave da actual maioria parlamentar”, afirmou Francisco Assis, na sequência da demissão de António Domingues da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e a propósito do voto do BE no Parlamento (Rádio Renascença).
O que dizer sobre esta observação do eurodeputado do PS?
Só estará surpreendido quem acredita que é possível a Geringonça cumprir a legislatura, o que suponho que não é o caso de Francisco Assis. Como também não integro esse grupo religioso, entendo que este caso apenas confirma aquilo que tenho vindo a dizer há muito: será uma questão de tempo até que as tensões e as clivagens intra-Geringonça lhe coloquem um ponto final.
P.S. – Ainda sobre a abstenção do PSD nos votos de pesar apresentados pelo PCP e pelo PS relativos à morte de Fidel Castro, é da mais elementar justiça acrescentar que houve cinco deputados que votaram contra: António Costa da Silva, Bruno Vitorino, Emília Cerqueira, Pedro do Ó Ramos e Pedro Alves.

Perceberam ? Eu também não

DA HIPOCRISIA
Cito: "A questão que continua colocada na actual fase da vida política nacional é a da escolha entre enfrentar os constrangimentos e chantagens do grande capital e da União Europeia e afirmar uma política alternativa em ruptura com a política de direita e de submissão nacional", afirmou Jerónimo de Sousa (Lusa).
Logo, em profunda coerência, apesar de criticar Orçamento do Estado (OE) de "submissão" do Governo, o tal OE que não faz a "ruptura" necessária, Jerónimo de Sousa aprova-o. Perceberam...?

Centeno decapitado sem piedade - por Paulo Gorjão

ANTÓNIO DOMINGUES [2]
“A lei que impõe a apresentação da declaração de rendimentos” e o Governo “preza (...) o cumprimento da legislação”, frisa o secretário de Estado, Pedro Nuno Santos. “Se fosse essa a nossa intenção tínhamos alterado a legislação que implica a apresentação e a entrega da declaração rendimentos”, acrescenta, dizendo desconhecer se a não entrega da declaração foi uma condição negociada pelo presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), António Domingues, para aceitar o cargo. “Não tenho conhecimento disso e os detalhes sobre essa matéria devem ser questionados obviamente ao ministro das Finanças”, diz Pedro Nuno Santos (DN/TSF).
Eis como, com total sangue frio, Pedro Nuno Santos não mexe um dedo para auxiliar Mário Centeno. Antes pelo contrário, remete o foco das atenções para si, ajudando a enterrá-lo politicamente ao vivo e a cores. O ministro das Finanças é um corpo estranho à tribo dos militantes do PS, por isso, como se constata, dela não terá qualquer manifestação de lealdade.
Como se costuma dizer, não há fumo sem fogo. A forma como Pedro Nuno Santos isola, sem piedade, Mário Centeno parece confirmar que está mesmo a prazo (Sol), apesar do desmentido irritado de António Costa (RRenascença).
Desde o primeiro dia que o Governo tem conduzido o dossier CGD com os pés e com extrema inabilidade. Não era agora que tudo iria mudar.