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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Gostava de votar num partido assim

"Esta gente não precisa de migalhas. Não precisa que se aumentem os actuais apoios ou que se acrescente uma alínea à lei onde se possam encaixar melhor. Precisam de uma mudança de paradigma. Precisam de ser respeitados. E respeitá-los é, também, deixá-los decidir o que fazer da vida e apoiá-los da mesma forma como seriam apoiados se ficassem institucionalizados."
O artigo de hoje de Luís Aguiar-Conraria é dos melhores que escreveu, parece-me, tem aliás o melhor dos ingredientes para se fazer uma boa discussão de opções políticas: uma forte base na realidade concreta de pessoas e factos concretos.
Para além de eventualmente levar alguém a ler o artigo, o que me interessa é que o que o Luís diz sobre a deficiência é, com adaptações, válido para tantas outras coisas que serviria facilmente como a âncora programática de um partido liberal:
em vez de financiar escolas, o Estado deveria financiar alunos, em vez de financiar creches, o Estado deveria financiar famílias, em vez de financiar hospitais, o Estado deveria financiar doentes, em vez de financiar empresas de transportes, o Estado deveria financiar utilizadores, em vez de criar equipas de sapadores, o Estado deveria financiar pastores, em vez de fazer áreas protegidas, o Estado deveria pagar a gestão de serviços de ecossistema a quem a faz, etc., etc., etc..
Não é uma mezinha, não é uma bala de prata, não é uma solução sem dificuldades e que não precise de importantes adaptações a cada situação concreta, incluindo a gestão de riscos associados, que são altos.
Mas que eu gostaria de ter um partido que fosse absolutamente claro nisto para, ao menos uma vez na vida, votar no que quero, em vez de votar contra o que não quero, lá isso gostava.

O grande capital é o Estado

O grande patrão é o Estado mesmo não contando com toda a iniciativa privada que roda a sua volta.

E a falta de liberdade económica?

É a mais óbvia. É muito óbvio que há um Estado excessivo no tamanho, excessivo nas dependências que cria. O grande capital em Portugal, a instituição que gera maior "faturação", o grande patrão é o Estado. Se para além disso considerarmos as empresas do setor privado que dele dependem direta ou indiretamente, temos um país que se entende a si próprio, à sua economia e ao seu crescimento com base no Estado. Há excesso de regras, regrinhas, impostos, taxas... Há, por um lado, um sistema demasiado complexo, que dificulta o investimento privado. E que, por outro lado, cria dependências.

Partido Liberal - mais uma voz a enriquecer a Democracia

Para se fixar entre o PS e o PSD está a ser criado o Partido Liberal que este fim de semana acelerou a recolha de assinaturas com vista a concorrer às eleições europeias e às legislativas próximas.

O "manifesto Portugal mais liberal" está já disponível no site da associação e divide-se em quatro capítulos: o homem e o Estado; Progresso económico e social; Liberdade e responsabilidade; E paz e prosperidade. "O nosso manifesto inspira-se no de Oxford, mas é feito para o Portugal contemporâneo", assegura Rodrigo Saraiva

O grupo começou por trabalhar num manifesto que tem por base o Manifesto Liberal de Oxford (1947), que alojou numa plataforma digital - https://manifesto.liberal.pt/ - e para o qual pediu os contributos de quem se identifica com os ideais liberais.

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Vem aí o Partido Liberal

Para se situar à direita do PS e à esquerda do PSD. Em democracia mais uma voz com propostas diferentes é sempre uma mais valia.

"A supressão da liberdade económica conduz ao inevitável desaparecimento da liberdade política. Opomo-nos a tal supressão, quer esta se deva à estatização da propriedade ou a monopólios, cartéis ou trusts privados. Apenas admitimos o controlo do Estado sobre as tarefas que excedam o âmbito da iniciativa privada ou nas áreas em que a concorrência já não funcione“, pode ler-se num dos pontos essenciais do manifesto de Oxford."

A nível de ideologia, o co-fundador da associação explica que os promotores querem “um Portugal ainda mais liberal”, pois acreditam que “Portugal já é liberal”. Essa visão liberal da sociedade está, acreditam, desenvolvida “em termos sociais” em Portugal, mas “na questão económica e de organização do Estado ainda há muito a fazer.”

Eu alinho . Na verdade um dos grandes problemas, senão mesmo o maior, " é que na questão económica e de organização do Estado ainda há muito que fazer ". Touché !

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