Os representantes parlamentares do INICIATIVA LIBERAL, CHEGA e LIVRE não terão direito a fazer qualquer intervenção parlamentar nas discussões quinzenais com o governo. Percebe-se, há que tirar palco apesar de haver um precedente com o PAN.
É, claro,que isto vai rebentar nas mãos do PCP, BE e PS porque não se para a água de um rio com a palma das mãos. O que está a acontecer em Portugal no espectro partidário é o mesmo que já aconteceu em toda a Europa e de que a Espanha é um bom exemplo.PODEMOS, Ciududanos, VOX chegaram para ficar e fazem hoje parte das soluções.
Ao nosso país as evoluções ( e revoluções...) chegam com uma década de atraso, sempre assim foi.O que significa que a chegada do LIVRE, INICIATIVA LIBERAL e CHEGA é só isso.
Chegaram para ficar e vão crescer com o jogo partidário quer os partidos do regime queiram ou não.Já escrevi que se juntarem os votos num BLOCO de DIREITA, à semelhança do que fez o BE, já chegam acima dos 4%, tanto como o PAN e com direito a bancada parlamentar.
Está nas mãos da esquerda perceber que vai acontecer contra a sua vontade ou com a sua concordância. Mas está escrito nas estrelas.
O partido do Brexit obteve 30% dos votos. É legítimo dizer-se que o partido do remain é apoiado pelos 70% que não votaram Brexit ?
Não há dúvida que os que votaram pela saída da UE estão empenhados e convencidos que é o melhor para o seu país. Qualquer pessoa que partilhe dessa convicção não deixaria de votar. Não se trata de ideologia ( pelo menos para a grande maioria) trata-se de uma vontade clara movida por uma forte convicção. Serão poucos os que deixaram escapar esta oportunidade de defender algo tão concreto.
Os 70% que não votaram pela saída têm entre si quem é convictamente contra o Brexit, quem é convictamente a favor do Remain e quem não tem opinião. Não se pode falar numa vitória do partido de Farage e ainda menos de uma vitória do Brexit.
O que se espera agora é que os partidos que apoiam a permanência coloquem como discussão nuclear nas próximas eleições legislativas a permanência do Reino Unido na União Europeia. É que se há uma ilação a tirar dos resultados da eleição de ontem é a que os partidos que defendem os valores da UE saíram fortemente reforçados.
Quando Vitor Gaspar quis mexer na TSU houve como poucas vezes uma reacção da sociedade civil forte e clara que obrigou o governo de então a recuar. É o que está a acontecer agora com a lei do financiamento dos partidos.
PCP e Verdes ( que outros?) já vieram dizer que estão contra o veto do presidente da república que reúne o acordo da maioria dos cidadãos. E apostam na devolução da proposta a Marcelo sendo este obrigado a promulgar a lei.
Os partidos sem um efectivo escrutínio da sociedade civil rapidamente se transformam em seitas com as suas regras próprias e sem compromisso nenhum com os cidadãos/contribuintes. Este é um padrão que caracteriza os partidos totalitários . Só há partidos diferentes porque a isso os comunistas foram obrigados pela força da sociedade civil em 1974/5 . E só se dão explicações à sociedade civil se o presidente da república vetar e a população exigir. Sem essa indignação o PCP comporta-se como é apanágio da sua natureza totalitária.
Indignação civil é a resposta . Os partidos portugueses são assim, quanto muito, investigáveis. E é isso que, na sequência da polémica recente, muitos órgãos de media têm feito e muito bem. Desde a trama que levou à aprovação (quase) clandestina das alterações ao financiamento partidário, às finanças ruinosas de alguns partidos que estão falidos, passando ainda por outras estórias não menos miseráveis como as avenças dos assessores políticos na Câmara Municipal de Lisboa, não tem faltado investigação de qualidade. Na verdade, o que falta é outra coisa. O que falta é indignação civil.
Mas nem assim o PCP recua . O que é isso da sociedade civil ?
Vamos ver quem é que mudou de opinião acerca das competências do Tribunal Constitucional .
Os partidos estão a limpar os "balanços" e a resolver os problemas fiscais em causa própria.
Marcelo devolve o problema aos deputados e a António Costa e este assobia para o ar (como sempre faz) antes de o enviar novamente para o veto do presidente que, constitucionalista, o vai enviar para o TC.
E, assim, todos de mãos lavadas, teremos partidos mais trá(n)s...parente .
É na agenda política que serão concretizadas muitas das linhas apontadas no Manifesto. Para começar, "o Estado deve ter limites na sua capacidade de endividamento e apropriação de recursos das pessoas ou organizações, nomeadamente através de taxas ou impostos". Esse limite não está quantificado, admitiu o secretário-geral da IL. "Está muito aceso este debate" na sociedade portuguesa, "até na Iniciativa Liberal", reconheceu Rodrigo Saraiva.
Outro ponto em debate será o federalismo. "Claramente europeístas e globalistas", os liberais portugueses recusam o protecionismo mas mantêm em aberto a discussão sobre o federalismo, que "também vai ter de ser concluída na convenção".