Repugnantes estes gajos pá...
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Há amúos e interpretações várias sobre a lista de países que o novo presidente angolano apresentou como sendo os mais importantes, deixando de fora Portugal.
Mas quem são os tais países importantes ? Como é fácil de ver são os mais poderosos e os mais ricos.
"Angola dará primazia a importantes parceiros, tais como os EUA, República Popular da China, a Federação Russa, a República Federativa do Brasil, a índia, o Japão, a Alemanha, a Espanha, a Franca, a Itália, o Reino Unido, a Coreia do Sul e outros parceiros não menos importantes, desde que respeitem a nossa soberania", disse João Lourenço.
Portugal está na lista "desde que respeite a soberania" o que é uma forma de confirmar o que a oposição angolano proclama. Segundo a UNITA, Portugal "verga" sempre aos interesses angolanos mas a verdade é que o ex-vice-presidente angolano está a ser julgado pela justiça portuguesa.
E a pergunta é : queremos estar na lista ?
Está melhor e vai continuar a melhorar . Surpresos ? É o que dizem as pessoas que responderam ás perguntas. " O país está melhor? e " No próximo futuro" . Um guia para os perplexos .
Melhorou sim, pouco mas melhorou. O gráfico abaixo mostra o valor médio das respostas à pergunta “Como avalia a situação actual da economia portuguesa”, numa escala de 1 (muito má) a 4 (muito boa), do Eurobarómetro. De Novembro de 2013 para Junho de 2014 subiu, e continuou a subir.
Vê-se o mesmo quando se olha para a resposta à pergunta “Quais são as suas expectativas para os próximos doze meses: os próximos doze meses serão melhores, piores ou iguais, no que diz respeito à situação económica em Portugal?” (fonte).
Andam a enganar-se porque querem. O povo tem sempre razão.
Deixem as ideologias e partidarites de lado e leiam com atenção . Temos um país a sair em marcha acelerada do buraco em que o meteram. E isso explica as sondagens .
O crescimento da despesa é mais do que compensado pelo acréscimo de receita que as administrações públicas conseguem no mesmo período, com uma subida de 2,43% face aos primeiros dois terços do ano passado, ou seja, mais 1173 milhões de euros de receita conseguida.
O défice orçamental caiu mais de 1400 milhões de euros de julho para agosto devido a um crescimento considerável da receita do Estado, em especial da receita com IVA, baixando para menos de quatro mil milhões de euros.
Do lado da despesa da Administração Central, o que sobe mais é o investimento. Segundo as contas da DGO, o investimento estará a subir quase 40%, um aumento de 421,7 milhões de euros face ao registado há um ano.
Agora digam que não percebem...
A cultura dos cidadãos. Partilhamos o mesmo sistema político, económico e social. No entanto, os países do norte da Europa são mais ricos e justos. E não caiem em crises por desleixo na governação ou por o estado ser cúmplice no enriquecimento sem causa de corporações e empresas. Há uma cultura de valores que é uma barreira que impede o abuso e que não é mais que a participação activa da sociedade civil. Formada por indivíduos cultos e para quem a cidadania é um valor e um dever de que não largam mão.
Ontem, encontrei por acaso, na sala de espera de um consultório, um "capitão de Abril " um dos "perdedores do 25 de Novembro" segundo as suas próprias palavras. Trouxemos à conversa o exemplo do General Eanes, "um dos vencedores do 25 de Novembro". E, ambos, reconhecemos que o ex-Presidente da República é caso único ou perto disso, de um homem de estado credível e que muito honrou a nossa vida política. Porque não há mais e elegemos sucessivamente gente medíocre, sem experiência e dependentes do poder económico?
É aqui que entra a falta de cultura cívica das nossas sociedades. Mesmo os "literariamente" cultos deixam-se embalar por intereses mesquinhos, partidários e corporativos. Quem está no poder não tem contrapesos como se vê na Justiça que não funciona ou na comunicação social que em vez de investigar publica recados.
Sem uma sociedade civil livre, culta e interveniente, os países como o nosso vão andar em crises sucessivas e nos últimos lugares de todas as tabelas que medem a liberdade, a justiça e a igualdade de oportunidades.
Leiam Vital Moreira, no "Causa Nossa" - Constitucional 1, 2, 3, 4. -
"O Tribunal foi do 8 ao 80 quanto aos efeitos das inconstitucionalidades que declarou."
"Todos, incluindo os que agora festejam, vão perder bem mais que um mês de vencimento por ano"