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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Segunda medalha póstuma da estupidez

Que teria havido suicídios entre a população de Castanheira de Pêra ao mesmo tempo que se punha a correr que as equipas de psicólogos já tinham abandonado o terreno. Uma coisa dava com a outra mais, as duas confirmavam-se mutuamente.

O Provedor da Santa Casa do lugar e candidato à câmara já veio dizer que foi ele que induziu em erro Passos Coelho. Mas esse não é o problema. O problema é que a oposição devia estar calada, deixar o governo a falar sozinho e, quando, convencido que a tragédia tinha passado então a oposição devia avançar com os resultados de trabalho sério feito no terreno, sem falhas e sem almofadas.

Mas não, encolhida entre o medo de magoar as pessoas que sofreram na pele e o medo de perder o timming e deixar morrer a tragédia na mente das populações, o PSD parece o "carlinhos das anedotas" na sala de aulas. Sempre que abre a boca sai asneira.

Ora, conhecendo nós o manhoso Costa e o afectuoso Marcelo, o que se podia esperar era que o tempo se encarregasse de esquecer o assunto. Outubro vem longe e a silly estação mal começou. Mas Costa temia e teme com a imprevisível reacção da população e contra essa pouco ou nada pode fazer. A população tem hoje a certeza que não pode confiar no estado e que o governo não é competente . Daí a oferecer a Costa uma vida "depois tragédia" bem menos  confortável é um fósforo.

Em lume brando permanece o fecho das turmas em escolas associadas que eram um centro de actividade económica nos vários locais. Nas autárquicas o PS vai pagá-las com língua de palmo. Não esquecem as famílias que tiveram que mudar de escola, nem os professores no desemprego nem os agentes económicos locais com dificuldades acrescidas.

Felizmente que a Associação das Escolas Privadas em Associação travou o combate e não deixou que os partidos da oposição se suicidassem .

 

 

Não é a primeira vez que a extrema esquerda deserta

Não é a primeira vez que PCP e BE deixam o PS a falar sozinho . Um mês após a posse do actual governo foi o PSD que deixou passar um Orçamento Rectificativo que PCP e BE chumbaram.

Agora com a TSU o PS, em vez de acordar com os seus apoios parlamentares , ataca a oposição por esta fazer ...oposição.

Mais uma vez fica provado que a actual solução governativa está longe de ser estável, muito menos credível. Quando surge algo menos popular, a sua durabilidade é logo colocada em causa. Hoje está à vista que Cavaco Silva foi enganado. É que o PS comemora habitualmente com os seus amigos, mas no final da festa espera sempre que sejam os seus adversários políticos a ajudá-lo a pagar a conta.

As amplas liberdades na Venezuela

Um opositor do regime foi assassinado a tiro na Venezuela. Nada que não aconteça frequentemente nos países onde a segurança, o estado de direito e a democracia estão ausentes.

Entre janeiro e março foram assassinadas 4 696 pessoas. O país está à beira de uma implosão social. Faltam os géneros de primeira necessidade e o povo assalta lojas e centros comerciais. A recessão  e uma economia disfuncional gerida pelo Estado estão a obrigar muitos neste país de 30 milhões, que pertence ao grupo dos exportadores de petróleo, a reduzir o consumo e a comer refeições menos equilibradas.

As famílias estão em filas das 5 horas da manhã às 3 horas da tarde e já têm que saltar refeições.

O centralismo democrático em todo o seu esplendor. É para isto que nos querem fora da União Europeia.

O PS vota a favor e o PC e o BE votam contra

O PSD abstém-se e deixa passar. A carripana está à mercê da oposição. É esta a tal posição conjunta estável e credível ?

PSD preferiu destacar a falta de apoio dos partidos à esquerda. "Afinal a estabilidade e a coesão dentro da maioria de esquerda não existe. Nos compromissos internacionais não aconteceu", afirmou e deputado social-democrata.

Ao início da tarde, as duas propostas foram aprovadas. No caso da Grécia, o PS votou a favor, o Bloco e o PCP contra e o PSD e o CDS abstiveram-se. Já no caso da ajuda à Turquia, o PS e o CDS votaram a favor, o BE e o PCP contra e o PSD absteve-se.

No PS ( que governa apoiado em dois partidos anti-Europa ) há gente preocupada : Aquilo que não me parece apropriado doravante é que se usem os assuntos europeus para quebrar um largo consenso nacional sobre a integração europeia. Seria um erro estratégico grave. Porque ninguém se iluda: Portugal ainda vai precisar de solidariedade europeia.

Esqueceu-se António Costa quando embarcou na aventura. Vai ter que pedir desculpa.

Irresponsabilidade é governar sem estabilidade

António Costa agita-se porque os partidos à sua esquerda e seus apoiantes preparam-se para votar contra várias medidas inscritas no orçamento, ficando mais uma vez à mercê do PSD. Vai pedir desculpa o primeiro ministro ?

Irresponsabilidade é formar um governo que não é estável nem credível. Que tem como apoiantes dois partidos da extrema esquerda que têm como objectivo sair da Zona Euro.

O PS, pela mão de José Sócrates, assinou o memorando de ajuda externa ao país em 2011 e, no entanto, a posição do partido foi sempre negar as suas responsabilidades no compromisso internacional negociado. Os seus mais destacados dirigentes, na Assembleia da República, nos sindicatos, na rua, na Aula Magna, com as suas grândoladas nada  mais fizeram que obstar ao cumprimento dos compromissos internacionais.

Irresponsabilidade é derrubar um muro que o PCP nunca quis derrubar e mesmo assim fazer dos comunistas seus parceiros no governo. Irresponsabilidade é chamar para o arco governativo o BE que tem como única razão de ser lutar contra o Tratado Orçamental e a Zona Euro.

O PSD devia vender caro o seu voto para que fique claro que o governo cai se e quando a oposição quiser  mas, não perdendo de vista, que a "solução conjunta" precisa de mais um tempinho de lume brando.  

 

 

 

A oposição e as boas noticias

Ontem, num frente a frente com Santana Lopes, António Vitorino disse que o PS tem que saber conviver com as boas noticias . Ricardo Costa aqui, diz o mesmo.

Que PCP e BE não gostem estão no seu papel. A velha mas a sempre presente politica do "quanto pior, melhor", serve para quem não quer a UE, nem o Euro nem o sistema. Mas o PS não pode aparecer aos eleitores como se não gostasse que o país esteja melhor. Ninguém gosta de más noticias e os mensageiros quase sempre se dão mal .

Depois é difícil negar a realidade o que exige piruetas e artifícios arriscados. Há por aí demasiados exemplos. A criação dos 207 000 empregos roça o suicídio.

As pessoas gostam de boas noticias que sejam credíveis mas não gostam de noticias irrealistas principalmente quando ainda exibem nódoas negras. O PS tem na verdade que mostrar que o copo está meio cheio não pode defender que está vazio . E por uma razão simples. Porque não está.

Os riscos de syrização do PS

Se o governo estivesse na oposição e a oposição no governo, muito provavelmente, os argumentos do governo seriam os da oposição e os da oposição seriam os do governo. E o que é mais preocupante é que socialistas democráticos e social democratas, muito provavelmente, terão que se entender logo a seguir às eleições.

Este sectarismo explica a permanência na sociedade e na política portuguesas de problemas cuja solução muito contribuiria para a melhoria do país e do bem estar do povo .

"É preocupante que em Portugal tantos alinhem por um processo mental e discursivo que segue os padrões típicos da extrema-esquerda – para quem todos quantos não partilham o respectivo programa extremista são necessariamente mentirosos, estúpidos e provavelmente traidores do “Povo”. Mais ainda quando o que está em causa é precisamente saber até que ponto o PS será capaz de evitar os riscos de syrização do partido."

Alternativa, logo se vê

A extrema esquerda reduziu o seu original objectivo à demissão do governo. O desemprego aumenta? O governo deve ser demitido. O desemprego desce? O governo deve ser demitido. Chove? O governo deve ser demitido. Faz sol? Governo para a rua. Alternativa? Governo para a rua e depois logo se vê.

O Partido Comunista, perdida a "luz" soviética revê-se na miséria de Cuba ou na "democracia socialista" Coreana dominada por uma dinastia de loucos.Tem como objectivo politico : eleições, já! Solução para os Estaleiros Navais de Viana do Castelo? Eleições, já! Como pagar a dívida? Eleições, já! Alternativa. Eleições e depois logo se vê.

O Partido socialista podia e devia olhar para os socialistas que estão no poder em França ou na Alemanha, ou mesmo para a Grécia. Mas não. O PS tem uma alternativa. Crescer. Como se baixa o déficite? Crescer. Reforma do estado? Crescer. Alternativa. Crescer e depois logo se vê.

No governo Portugal tem dois partidos cuja objectivo é chegar a Maio e caminhar sobre as águas até às eleições de 2015. Assim estamos. A crise levou também alguma racionalidade que , de resto, nunca foi muito abundante ( Expresso - Luis Marques)

O governo e a oposição querem o mesmo

À medida que os sinais se consolidam, no crescimento da economia, na descida do desemprego, maior é o barulho e as tentativas de a oposição levar o poder para a rua. Com a escalada da escadaria, com a invasão dos ministérios, com magnas reuniões tudo a abrir os telejornais. É, claro, que não há coincidências. A verdade é que a oposição e o governo querem o mesmo.

Querem a troika daqui para fora e a boleia do resto da Europa que está a sair da crise. Querem chegar a Maio/Junho no poder para distribuir os fundos comunitários de apoio. Muitos milhares de milhões que bem aplicados na economia de bens transaccionáveis terão um forte efeito no crescimento do PIB e na criação de postos de trabalho.  Além disso há as privatizações...

Governo e oposição correm os últimos sete meses. Mas a oposição tem uma enorme barreira no seu caminho. Para chegar ao poder precisa de eleições antecipadas o que, transformaria a prova numa maratona. Seis meses até dar posse a novo governo. Taxas de juro a subir. A economia a estagnar e o desemprego a voltar a crescer. Mas os partidos da oposição, desesperados, querem eleições antecipadas. Apesar de ninguém saber qual seria o resultado.

Governo e oposição estão numa corrida a dois a ver quem chega primeiro à meta, Maio/Junho. Passos Coelho já disse que um eventual chumbo do Tribunal Constitucional não o fará desistir. Até já foi falar com alguns dos fiscais de pista, em Bruxelas, para explicar o que fará nos vários cenários possíveis. Teve luz verde desde que não passe para a pista do adversário.

A oposição perdeu uma boa ocasião de estar calada

Não reconhecer que o país criou mais riqueza, que há mais dinheiro nas empresas, que esse dinheiro veio de fora é uma calinada de todo o tamanho. Temos uma oposição obtusa, pouco séria e antipatriótica.

A exportação de carros baixou drasticamente mas, em contrapartida, aumentamos enormemente as vendas de produtos refinados do petróleo. Deixamos de  consumir internamente mas exportamos. Há melhor? Não há, mas este caso concreto é mostrado como uma quase heresia.

Sobre esta riqueza produzida o estado vai arrecadar mais impostos e as empresas vão ter dinheiro para investir em maquinaria e em inovação. Mas para a oposição quem ganha são os bancos. O capital!

Exportamos cada vez mais  produtos alimentares o que quer dizer que já produzimos o que comemos. A balança comercial e de pagamentos com o exterior é positiva coisa nunca vista.

Mas para o PC, o BE e o PS o país está pior. Pois se o país em 2011 estava em bancarrota, pedindo ajuda ao exterior como pode estar pior? Não aprenderam nada com a criação de emprego. Odeiam que o país esteja a sair da situação complicada em que o deixaram. Nem o facto da Zona Euro estar também a acompanhar o movimento positivo os convence. Vivem das dificuldades do povo.

É lamentável!  Saber perder, ser séria é o que se pede à oposição.