Não podemos ter uma civilização tecnológica avançada sem recursos minerais estratégicos, que são vitais para a indústria eletrónica de alta precisão, os computadores, telemóveis, todo o tipo de gadgets eletrónicos, e depois também as baterias e os materiais para a transição energética. Neste contexto o país deve desenvolver um projeto e uma visão para atrair investimento externo e construir consórcios internacionais para aproveitar estes recursos”.
“Os países que estão interessados podem ser a Alemanha (que já concorreu no Pacífico à exploração de uma zona com sulfuretos polimetálicos), a França, os EUA e Canadá, para além do Japão e da Índia”, .
António Costa Silva alerta para “a necessidade de lançarmos, em particular nos Açores, as bases de uma grande Universidade do Atlântico, em ligação com as outras Universidades portuguesas e Centros de Investigação, transformando os Açores numa plataforma tecnológica para o estudo do clima, do oceano, da terra e da meteorologia”.
Eram dois jovens engenheiros ucranianos que numa manhã apareceram aqui no largo . Vi-os descer ao inferno. Não tinham emprego e as ajudas eram poucas e estavam a terminar. No mínimo ajudá-los a voltar à terra natal mas nem isso.
Estes dois jovens foram os que mais me marcaram mas tive outras experiências igualmente desoladoras . Falei com eles, ajudei-os no possível mas os chineses têm razão. Sem cana de pesca não se apanham peixes.
Deixar entrar gente no país sem cuidar de lhes assegurar condições de uma vida digna é criminoso .Sabemos o que se passa na agricultura no Alentejo e no Algarve onde centenas de imigrantes são explorados. Nas ruas de Lisboa sem abrigos imigrantes é um ver se te avias. E sabemos como o país nunca conseguiu tirar da pobreza 10% de portugueses. E pior, há portugueses que trabalham mas nunca conseguiram sair da pobreza.
Os serviços públicos estão pior que nunca miseravelmente às mãos da frente de esquerda . Mas é esta mesma geringonça que untada de bondade abre a porta aos pobres que nos procuram descuidando o pequeno pormenor de lhes proporcionar oportunidade de usufruírem uma vida decente.
Entre dois whiskies e um arroto a esquerda dorme descansada.
Em nenhuma outra época da História se viveu assim como hoje. Este “assim” refere-se a um puzzle gigante de possibilidades que já se entranharam de tal forma na nossa génese de cidadão europeu que quase passam despercebidas. Mas a verdade é que aquilo que podemos hoje – viajar livremente, comprar produtos noutros países, usar a mesma moeda, trabalhar e estudar no espaço europeu ou comunicar sem pagar roaming, para referir apenas alguns exemplos – só é possível porque integramos a União Europeia (UE). Nós, portugueses, embarcámos nesta aventura no dia 1 de janeiro de 1986 e, desde então, a abertura em termos de liberdades, direitos e garantias tem sido a maior conquista.
No estado social é possível fazer pior do que no tempo da Troika . Infelizmente para todos nós, começamos neste momento a receber os presentes envenenados de uma política de distribuição de dinheiro à custa dos serviços públicos, num Estado já de si muito frágil.
Se nada se fizer, caminhamos a passos largos para uma sociedade ainda mais desigual. Terão acesso à saúde, a dinheiro na velhice e à educação os que tiverem muito dinheiro.
Estamos a perder tempo, a desperdiçar a oportunidade do crescimento da economia, da descida do desemprego e dos juros historicamente baixos para salvarmos o Estado que nos garante apoio na doença, no desemprego e na velhice e que dá a todos iguais oportunidades de educação. Pior que a troika é possível .
Desde os incêndios e as suas vítimas em número record, a Tancos, às mortes pela legionella num moderno hospital público, à limpeza de listas de doentes para que não se conheçam os atrasos como aponta o Tribunal de Contas, ao bloco operatório que não se constrói no IPO de Lisboa porque espera por 5 milhões de euros há mais de um ano.
Na Segurança Social finge-se que não existe problema nenhum e não se discute o que é um magno problema .
O governo devia estar a aproveitar o momento positivo que atravessamos para fazer as reformas sem as quais a nossa economia não é sustentável .
Os serviços públicos a definhar às mãos das clientelas politicas dos partidos que apoiam o governo.
Um elefante no meio da sala da Educação que não se remove por falta de vontade política. Porque interessa a muitos e que promove a desigualdade de oportunidades.
"Como muito bem apontou Maria de Lurdes Rodrigues, no DN: “A associação entre residência e acesso à escola oferece-se como um princípio simples de organização do serviço de educação. Porém, quando a desigualdade social e económica se traduz em segregação residencial este princípio transforma-se numa armadilha. As escolas ficam encerradas nos respetivos territórios, tornando praticamente impossível a concretização da igualdade de oportunidades. A associação rígida entre residência e acesso à escola tem efeitos perversos, podendo contribuir para o aumento tanto das desigualdades escolares com das desigualdades sociais”
Casa roubada trancas na porta. A UE vai ao baú e tira de lá as grandes medidas que podem fazer toda a diferença. Normalização da taxa fiscal para as empresas, apoio ao Fundo de desemprego a nível europeu, mais investimento e postos de trabalho e menos rigidez no Tratado Orçamental.
...mas que remete para projectos que estão já há algum tempo na gaveta, designadamente no domínio da segurança (como a criação de uma guarda fronteiriça europeia para melhor prevenir actos terroristas), da competitividade e do desemprego, através do reforço da convergência de políticas na Zona Euro "incluindo nos domínios social e fiscal".
No âmbito do euro, está há já algum tempo na calha a harmonização da base tributável e das taxas de imposto sobre as empresas, assim como a harmonização de critérios mínimos para algumas prestações sociais - passo prévio fundamental para que se possa eventualmente avançar com o financiamento europeu de parte do subsídio de desemprego, como vem sendo proposto desde 2012.
Já é tempo que a UE dê provas de solidariedade sem deixar cair o rigor nas finanças. Há mais vida para além do déficite.