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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O erro informático rodou três vezes imundo e grosso

Sempre é verdade que saiu o nome do juiz Carlos Alexandre por três vezes e que por três vezes foi dado como erro ? Esta dúvida veio acentuar ainda mais as dúvidas que rodeiam o processo em curso e que começou com a não renovação do mandato de Joana Marques Vidal.

Não acredito que o Juiz Ivo Rosa possa decidir por não enviar para tribunal todas as acusações que constam no processo Marquês . Mas pode deixar cair alguma delas. De qualquer forma há a possibilidade de recursos por parte do Ministério Público. 

E de recurso em recurso e com o muito dinheiro existente para pagar a justiça daqui a uns dez anos ainda a procissão irá no adro . E no futuro estaremos todos mortos incluindo os acusados. Até lá a vida é para ser gozada e o dinheiro ( muito) ajuda e de que maneira.

Entretanto zangam-se as comadres, Cavaco e Marcelo andam de candeias às avessas e Passos Coelho veio apontar o dedo à falta de transparência que levou ao afastamento da PGR. Daqui a uns meses com o comportamento da nova PGR saberemos se há ou não um processo de lavagem em curso.

Uma coisa é certa. Há muita gente no PS ( e não só) muito receosa do o que os arguidos possam dizer em tribunal . Há que os amansar antes de lá chegar.

Os dados estão lançados. Viciados ?

Depois a Justiça é que não anda

 No outro dia soubemos que das três cartas rogatórias que faltam para fechar a investigação da Operação Marquês , uma estava em recurso no tribunal porque um dos arguidos recorreu para impedir a divulgação das condições da sua conta bancária. Não sei se durante estes quatro anos não terá havido outros recursos e acções com vista a atrasar o processo.

No caso do inquérito parlamentar à CGD, também a própria CAIXA, BdP e CMVM interpuseram recurso com vista a não entregarem na comissão da Assembleia da República, a lista dos beneficiários dos empréstimos milionários que arrasaram a instituição bancária estatal.

Aquilo que agora ficou decidido é que a Relação considera que não é possível o recurso para o Supremo. Ou seja, o dever de segredo profissional invocado pelas entidades, para não revelarem documentos confidenciais aos deputados do inquérito parlamentar à CGD, pode ser levantado e os documentos podem ser revelados.

Há ainda um outro processo, colocado pelo Ministério das Finanças, também para evitar o levantamento do dever de segredo pedido pela comissão parlamentar de inquérito da Caixa, mas esta decisão da Relação é apenas sobre os reguladores e o próprio banco público. O ministro defende que, a haver divulgação dessa lista, haverá uma quebra de confiança irreversível. O Banco de Portugal teme as "consequências gravíssimas". 

Consequências gravíssimas para os envolvidos nas maroscas porque o contribuinte já está a pagar. Sem recurso !

 

Os arguidos atrasam propositadamente a Operação Marquês

Há três cartas rogatórias solicitadas à justiça Suíça que ainda não tiveram resposta . Numa delas, o ex-presidente da PT Henrique Granadeiro, apresentou recurso judicial com vista a impedir a quebra do sigilo bancário. Na primeira instância Granadeiro perdeu  mas recorreu.

O que nos é vendido é que a justiça se atrasa demasiado mas não nos contam o que o muito dinheiro é capaz de fazer. Ter um braço longo e poderoso pode levantar obstáculos de enorme dificuldade até porque correm em países estrangeiros.

"O terceiro pedido pendente junto das autoridades da Suíça, para obtenção de dados bancários, foi objeto de oposição por parte de um dos arguidos e decorre ainda prazo para eventual recurso para outra instância. Assim, neste momento não é possível prever a data da sua devolução”, lê-se no comunicado da PGR.

As coisas nunca são como parecem ser e não, a investigação não abusa de sucessivos prazos. Está pendente de outros prazos que não controla e que interessam aos arguidos.

Por onde ele passa / José cheio de graça

Agora é a Visão a publicar um texto sobre os livros de Sócrates e o seu verdadeiro autor. E como o dinheiro para pagar os serviços passaram pelos amigos e pelas contas envolvidas na Operação Marquês. Desta vez 100 000 euros.

É caso para dizer que Sócrates por onde passa deixa rasto, dúvidas e situações mal explicadas. Para além das compras do livro a esmo pelos amigos para aparecer no Top das vendas. Para os defensores de Sócrates a Visão é uma revista de direita e está o assunto encerrado. É pouco para um ex-PM .

Ana Gomes é das poucas socialistas que acha que as confissões do investigado sobre a ajuda do amigo é inaceitável e, que, são razões bastantes para ser afastado da vida política. Mas o PS anda muito incomodado com os aparecimentos públicos do ex-PM.

O dinheiro investido nos projectos literários de Sócrates é uma das peças-chave da investigação para tentar provar que o dinheiro de Santos Silva era na verdade de José Sócrates. Além dos pagamentos a Domingos Farinho e à mulher, a investigação tem reunido indícios de que cerca de metade dos exemplares vendidos terá sido comprada por pessoas próximas de Sócrates, com dinheiro do empresário e amigo Carlos Santos Silva.

Nas vésperas, juiz diz que não é rico e que não tem medo

Muitos escreveram sobre a entrevista do super-juiz mas só um percebeu o seu significado. Só um percebeu que faltou uma pergunta. Porquê agora uma entrevista quando está marcada para 15 de Setembro o fim da investigação a José Sócrates ?

A maioria dos analistas acha que o juiz cedeu à vaidade, ao aparecer na televisão, o pacóvio de Mação. Nada mais falso. O que o juiz veio dizer, nas vésperas, é que o que vier a acusar está livre de pressões, de medos , das escutas a que é sujeito. Ora, se não fosse uma borrasca de todo o tamanho que aí vem, o juiz não precisava de vir publicamente prevenir.

Referiu-se por três vezes aos amigos ricos que emprestam dinheiro mas que ele não os tem. Falou das suas dificuldades financeiras que o obrigam a trabalhar muito, chegando ao pormenor de dizer que trabalhou 49 sábados em 52 num ano. Que não teve heranças nem recentes nem antigas. Que ainda ninguém conseguiu encontrar-lhe rabos de palha apesar da espionagem organizada.

Há realmente uma pergunta que ficou por fazer mas cuja resposta ó óbvia. Só não a vê quem tem medo da resposta.

Câncio também não fez as perguntas óbvias a Sócrates

Admito que a maioria não faça as perguntas óbvias em determinadas situações. Mas a Justiça tem que as fazer.

Uma conhecida minha e respectiva família vivia à grande e à francesa. Grandes bombas, casas de luxo, viagens à volta do mundo e tudo isso era justificado por ser proprietária de uma farmácia. Hoje vive em Maputo depois de deixar tudo para trás. Estava na frente de toda a gente mas ninguém viu . E, no entanto, todos os que a conheciam estranhavam mas ninguém se atrevia a colocar a hipótese de tudo não passar de uma enorme fraude.

Mas quem beneficia desses esquemas também não faz perguntas ? Fernanda Câncio vê-se na necessidade de se explicar. Uma nova fase no processo que envolve Sócrates depois de conhecidas as razões do MP.

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Serão todos maluquinhos da cabeça ?

Há algum tempo num canal televisivo ouvi Maria José Morgado perguntar aos seus interlocutores : mas acham que toda a gente que está envolvida na investigação Operação Marquês é maluca ? Sendo magistrada do Ministério Público ela sabe o que é que isto quer dizer.  

A Operação Marquês, que investiga José Sócrates por suspeitas de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais, é composta de um vasto acervo documental. Ao todo, foram analisadas 1.900 pastas de documentos em papel, 5 milhões de ficheiros informáticos e 135 mil registos bancários. À contabilidade junta-se ainda uma centena de buscas e a audição de 60 testemunhas.

 

O balanço foi feito à agência Lusa por Amadeu Guerra, director do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), que dirige as investigações ao ex-primeiro ministro, para garantir que o organismo está a fazer "tudo o que está ao seu alcance", para concluir a investigação da Operação Marquês e proferir o despacho final, "no mais curto espaço de tempo".

Ou tal como no Brasil isto é o tal imperialismo ?

Armando Vara detido

O Ministério Público anda à procura de gente próxima de José Sócrates. Armando Vara já foi julgado e sujeito a uma pena de prisão efectiva na operação "Face Oculta". Há alguns dirigentes socráticos de que sempre se falou. Um deles fez saber, há bem pouco tempo, que não seria candidato a deputado em Outubro. O mesmo que disse na televisão que vivia com a ajuda do pai por não ganhar o suficiente.

O que se sabe das acções de que Sócrates é suspeito aponta para a cumplicidade de outros agentes do governo já que um primeiro ministro não assina contratos. E explica o prazo longo da prisão preventiva Sócrates. 

Em causa está o empréstimo concedido pela Caixa-Geral de Depósitos para a compra deste empreendimento ( Vale de Lobo ) uma operação datada de 2006 altura em que Armando Vara era administrador do banco.

A investigação a este processo de financiamento tem também em conta contas abertas no estrangeiro, designadamente na Suíça, por pessoas que movimentaram dinheiro que, acredita a investigação, pertenceria a José Sócrates.

Uma bomba que vai explodir em plena campanha eleitoral