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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A ganância não é de esquerda nem de centro nem de direita

É apenas ganância e não há sistema politico que mude a natureza humana. Neste caso das off shores estão lá todos, da direita, da esquerda e do centro. Democratas, autocratas, ditadores, comunistas, neocomunistas,  misturados com traficantes de armas, drogas e outros criminosos.

Não há sistemas políticos nem ideologias imunes aos defeitos humanos. Para isso há a lei e o estado para a aplicar. O problema é que a lei local não tem força a nível global. Há assim uma terra de ninguém onde mandam as sociedades de advogados e os banqueiros.

Esperemos pelo menos que a dimensão chocante deste caso leve a alguns ajustes, que agite as opiniões públicas nacionais e que a lei funcione contra a ganância.

O capitalismo precisa de transparência e de mecanismos de combate aos comportamentos ilícitos criminosos que minam a sua força enquanto sistema capaz de promover o crescimento e o bem estar.

PS : a partir de Luis Marques - Expresso 

Os dias de esconder dinheiro acabaram ?

O mundo agita-se com os papéis do Panamá. Vários países já anunciaram investigações, processos e revisão dos procedimentos. Os dias de esconder dinheiro acabaram ?

Que poderão dizer as autoridades que tornam possível a existência de off shores se não que tudo vai mudar ? Mas há que atentar que até um dos donos da empresa de advogados do Panamá que está na origem do escândalo já veio dizer que nas praças financeiras de Londres e Frankfurt há mais dinheiro sujo que no Panamá.

O problema é que nestas coisas do dinheiro temos a raposa a guardar o galinheiro como se vê nos inúmeros dirigentes mundiais envolvidos, e assim é difícil.

Desde 1977, são 39 anos de informação acumulada que revela “como uma indústria global de escritórios de advogados e grandes bancos vende o sigilo financeiro a caloteiros e traficantes de droga, assim como a bilionários, celebridades e estrelas do desporto”.

Os que agora reagem como virgens ofendidas ou estão envolvidos ou conheciam o esquema.

Estamos de acordo

O PS propõe-se lutar em Bruxelas para acabar com as off shores. Com excepção dos que têm dinheiro escondido lá fora e, se está escondido por alguma razão é, todos estão de acordo com a proposta. É uma medida poderosa contra a corrupção e a evasão fiscal. (...) a do fim dos paraísos fiscais no âmbito de uma política europeia de combate à fraude e evasão fiscais - que se estima representar cerca de um milhão de euros por ano. (...) defende que a Europa não estabeleça acordos de comércio "com países que não garantam respeito pelos Direitos Humanos, nomeadamente direitos laborais".(...) os socialistas reafirmam o desejo de querer "permanecer na zona euro" mas dotando-a "dos instrumentos que lhe faltam para termos uma verdadeira união, não só monetária mas também económica e social". Quem não está de acordo?


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/ps-quer-acabar-com-offshores=f869160#ixzz31EgGjnzB

Taxa-se a 7,5% e ficamos todos amigos

Submarinos, Monte Branco e ESCOM . Ricardo Salgado, BES , Banco de Portugal e Ministério Público. Explosivo? Nem por isso. Taxa-se os 8,5 milhões que desaguaram na off shore com 7.5% e ficamos todos amigos. Ganham todos como vai ser superiormente explicado. 

A offshore Savoices terá sido utilizada por Ricardo Salgado para receber "ganhos paralelos à sua actividade de banqueiro", segundo o "Sol". José Guilherme, empresário de construção civil e um importante cliente empresarial do BES, confirmou àquele semanário que terá remunerado o presidente executivo do BES por este o ter ajudado a entrar no mercado imobiliário angolano - sector onde Guilherme está hoje presente. "Eu era até para ir para outra nação, mas foi ele quem me indicou para vir para aqui", disse o empresário.

Já houve tempos em que a actividade bancária se pautava pela confiança e credibilidade. Agora o melhor mesmo é ter a mão na carteira.

Acabar com os paraísos fiscais é acabar com a pobreza ?

Há muitos milhões que fogem ao fisco. Tantos que só por si resolveriam o problema da pobreza a nível mundial. Isto, claro está, se não fossem desperdiçados pelos estados em autoestradas sem carros e em estádios sem jogos.

É que para acabar com os off shores, é preciso um ataque global, senão acabam por fugir para outros locais.Depois, é preciso aplicar bem o dinheiro. Que uma grande parte do dinheiro entregue às instituições de ataque à pobreza não chega aos pobres é ,infelizmente, uma certeza.

Em África, ferver a água, distribuir preservativos e pacotes de vitaminas salvaria muitos seres humanos da doença e da subnutrição. É mais uma questão de vontade política que de dinheiro.

Cá, em Portugal, não chega. Há muito que temos autoestradas a mais e os 20% de pobres continuam como há quarenta anos.

As off shores custam 1 bilião de euros/ano

Cerca de seis vezes o PIB Português . Só globalmente será possível combater os paraísos fiscais .Em causa está uma nova directiva europeia que que irá permitir aos 27 governos partilhar automaticamente informação sobre todas as fontes relevantes, nomeadamente investimentos, dividendos e rendimentos de capital, segundo o jornal ‘El País’ que dedica um extenso artigo aos paraísos fiscais.
O fim do segredo bancário, que pode combater a evasão fiscal e a fuga de capitais, vai estar em debate na cimeira europeia, que se realiza na próxima quarta-feira.

Um passo em frente no controlo da evasão e fraude fiscais.

Um golpe duro nas off shores

Uma grande investigação revelou uma imensa lista de milionários que têm contas em paraísos fiscais. O ICIJ e o The Guardian dizem ter mais de 200 gigabytes de dados relativos a operações efectuadas na última década nas Ilhas Virgens Britânicas mas também em Singapura, Hong Kong e nas Ilhas Cook, que serão revelados ao longo dos próximos dias.

Esta quebra de sigilo atinge em pleno a confiança que o anonimato destas contas dava aos especuladores de todo o mundo e às fortunas escondidas e que resultam de negócios sujos e fuga aos impostos.

É, claro, que tudo isto resulta de um novo paradigma que a crise dos subprime despoletou em todo o mundo, arrastando milhões de pessoas para a miséria.

Tio de Sócrates não tem nada a ver com a tomada do poder no BCP

A existência de uma off shore em que o tio de Sócrates é um dos accionistas, nada terá a ver com aquela operação, nunca explicada, da tomada do poder no BCP por parte da CGD e amigos a quem emprestava muito dinheiro para comprar acções. Para a trapalhada ser maior o outro accionista é o BPP de João Rendeiro o tal que lesou dezenas de depositantes. É, claro, que as coincidências são muitas principalmente quando andamos à chuva e ficamos molhados.

As investigações às offshores do Banco Privado Português levaram à descoberta de uma sociedade a Burgundy Consultants, partilhada pelo BCP, com ligações ao tio de José Sócrates. Uma investigação do programa da RTP, "Sexta às 9", desmontou uma offshore partilhada pelos dois bancos e com ramificações a um tio de José Sócrates.